🔴 GANHOS DE ATÉ R$ 1.000 POR HORA? ESTE MÉTODO PODE GERAR RENDA DE 7 DÍGITOS POR MÊS – CONHEÇA

Victor Aguiar
Victor Aguiar
Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.
Saldo positivo

Após muita volatilidade, dólar acumula queda de 1,83% em maio; Ibovespa sobe 8,57% no mês

Uma suavização nos fatores de risco domésticos e globais permitiu que o dólar se despressurizasse em maio e levou o Ibovespa de volta aos 87 mil pontos

Victor Aguiar
Victor Aguiar
29 de maio de 2020
18:29 - atualizado às 18:55
Selo Mercados FECHAMENTO Ibovespa dólar
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Maio foi um mês dividido em duas etapas. Na primeira, o Ibovespa e o dólar foram imensamente pressionados pelas turbulências no cenário político e pela incerteza na economia global. Na segunda, a tendência foi a contrária: o alívio tomou conta dos ativos domésticos, em paralelo à menor percepção de risco por parte dos investidores.

O mercado de câmbio apresentou um comportamento particularmente volátil: em 13 de maio, o dólar à vista fechou a R$ 5,9008, acumulando um salto de 8,50% desde o começo do mês. Pois nesta sexta-feira (29), a divisa americana terminou a sessão em baixa de 0,82%, cotada a R$ 5,3389 — o que representa uma baixa de 1,83% no saldo mensal.

Também tivemos movimentos amplos na bolsa: o Ibovespa foi aos 77.556,62 pontos no dia 15, mas, hoje, terminou em alta de 0,52%, aos 87.402,59 pontos, acumulando um salto de 8,57% ao longo de maio.

  • O podcast Touros e Ursos desta sexta-feira já está no ar! Eu e a Julia Wiltgen falamos sobre o resultado do PIB no primeiro trimestre e os outros assuntos que movimentaram os mercados na semana:

É claro que o bom desempenho visto no Ibovespa e no mercado de câmbio nem de longe anula a pressão acumulada no ano: o principal índice da bolsa brasileira ainda amarga perdas de 24,42% desde o começo de 2020, enquanto o dólar à vista sobe 33,08% nos últimos cinco meses.

Ainda assim, o comportamento visto ao longo de maio, com duas etapas bastante distintas, deixa claro que os investidores globais estão propensos a assumir riscos e tentar aproveitar quaisquer sinais de melhora no ambiente global, por mais fugaz que sejam.

Afinal, um sinal de que o cenário político brasileiro está menos pressionado sempre é bem vindo, assim como um indício de que a economia mundial está conseguindo estancar a sangria da crise do coronavírus. Mas não é razoável supor que a evolução positiva de uma variável implica numa melhora sistêmica das condições do mercado.

Leia Também

Por mais que um ou outro fator de risco se dissipe, ainda temos uma realidade bastante dura a ser encarada: a pandemia continua afetando as economias e não há uma perspectiva de retomada das atividades para um patamar semelhante ao visto no começo do ano, por exemplo.

EUA e China seguem trocando farpas num momento particularmente duro para a economia mundial. E, por aqui, o clima em Brasília segue tenso e o equilíbrio entre os poderes parece mais sensível que nunca — isso tudo em meio a uma crise de saúde pública que já deixou dezenas de milhares de mortos no país.

Veja o gráfico abaixo. Ele mostra o comportamento do dólar à vista e do Ibovespa ao longo de maio:

Ele deixa bastante claro que a primeira metade do mês foi de maior aversão ao risco, enquanto a segunda etapa foi de despressurização. Lembremos, então, o que motivou cada um desses movimentos.

Crises e cautela

Os primeiros 15 dias de maio foram marcados por um estado permanente de alerta entre os investidores: no Brasil, a relação entre governo e Congresso dava sinais de deterioração contínua e, em paralelo, a administração Bolsonaro e os governadores batiam cabeça em relação às diretrizes para combate ao coronavírus.

A sensação no mercado era a de que, a qualquer momento, uma nova notícia bombástica poderia surgir — e, de fato, tivemos muitas surpresas no cenário político nos últimos dias.

A começar pelos desdobramentos do pedido de demissão do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro. As acusações de interferência no trabalho da Polícia Federal desgastaram o governo e as especulações quanto ao teor do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril deixaram os investidores apreensivos.

Lá fora, tivemos oscilações no humor dos mercados globais na primeira metade do mês: dúvidas quanto ao processo de reabertura econômica, declarações mais pessimistas do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e uma possível segunda onda do coronavírus na Ásia inspiraram cautela redobrada aos agentes financeiros.

Sendo assim, o que mudou nos últimos 15 dias?

(Menos) crises e (menos) cautela

Tivemos uma certa amenização nos fatores de risco. Em Brasília, Bolsonaro e os governadores mostraram-se mais alinhados após uma reunião que também contou com os presidentes da Câmara e do Senado — e que mostrou um acordo quanto ao veto ao reajuste dos servidores públicos, mantendo o ajuste fiscal menos distante dos trilhos.

E, quanto ao famigerado vídeo da reunião do dia 22, a leitura do mercado foi a de que, por mais que Bolsonaro tenha citado a necessidade de 'proteger a família' e tenha feito implicações quanto a uma mudança no Ministério da Justiça, faltaram provas cabais de que ele estaria tentando interferir no trabalho da Polícia Federal.

Assim, esse quadro 'não tão ruim quanto o esperado' foi suficiente para tirar parte do peso dos ombros dos investidores, dando impulso ao Ibovespa e trazendo alívio ao dólar à vista.

No front externo, os avanços de diversas companhias no desenvolvimento de uma possível vacina contra o coronavírus serviram para animar os agentes financeiros. Tais esforços ainda estão em fases preliminares, mas fazem o mercado se agarrar a uma ideia: a de que, entre tantas iniciativas, ao menos uma será bem sucedida.

E, é claro: a esperança quanto a uma vacina é fundamental para a retomada da economia global de maneira mais intensa, uma vez que permitiria a retomada das atividades de maneira quase que completa — e num ritmo mais elevado.

Além disso, a lenta reabertura econômica vista na Europa e nos Estados Unidos também serviu para trazer algum impulso aos mercados globais, que mostram-se otimistas quanto à normalização, ainda que gradual, da vida cotidiana.

Quanto ao front das tensões entre EUA e China, ao menos por enquanto não tivemos desdobramentos drásticos — apenas uma tensão no ar e uma sugestão de que as coisas podem escalar de uma maneira feia em breve.

No Brasil, os problemas políticos estão longe de ser solucionados: governo e STF entraram em rota de colisão após uma operação da PF atingir aliados do presidente Bolsonaro. Assim, a insegurança institucional tende a voltar a dar as caras nos próximos dias, podendo mexer com a confiança do mercado.

E, é bom lembrar: a curva de contágio do coronavírus no Brasil ainda está longe de uma estabilização, o que traz ainda mais incerteza quanto à eventual recuperação da economia por aqui.

Ou seja: o saldo de maio para a bolsa e o dólar foi positivo, mas isso nem de longe significa que há uma tendência de recuperação se iniciando.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O ASTRO DO TESOURO DIRETO

Tesouro IPCA+ é imbatível no longo prazo e supera a taxa Selic, diz Inter; título emitido há 20 anos rendeu 1.337%

22 de novembro de 2024 - 7:07

Apesar de volatilidade no curto prazo, em janelas de tempo maiores, título indexado à inflação é bem mais rentável que a taxa básica

SEXTOU COM O RUY

Bolsa caindo à espera do pacote fiscal que nunca chega? Vale a pena manter ações na carteira, mas não qualquer uma

22 de novembro de 2024 - 5:59

As ações brasileiras estão negociando por múltiplos que não víamos há anos. Isso significa que elas estão baratas, e qualquer anúncio de corte de gastos minimamente satisfatório, que reduza um pouco os riscos, os juros e o dólar, deveria fazer a bolsa engatar um forte rali de fim de ano.

PREÇO JUSTO?

Inter (INBR32) projeta Ibovespa a 143.200 mil pontos em 2025 e revela os setores que devem puxar a bolsa no ano que vem

21 de novembro de 2024 - 18:45

Mesmo com índice pressionado por riscos econômicos e valuations baixos, o banco estima que o lucro por ação da bolsa deve crescer 18%

RANKING DE PROVENTOS

Vale (VALE3) é a nova queridinha dos dividendos: mineradora supera Petrobras (PETR4) e se torna a maior vaca leiteira do Brasil no 3T24 — mas está longe do pódio mundial

21 de novembro de 2024 - 17:59

A mineradora brasileira depositou mais de R$ 10 bilhões para os acionistas entre julho e setembro deste ano, de acordo com o relatório da gestora Janus Henderson

MAS VOCÊ NÃO É TODO MUNDO...

Regulação do mercado de carbono avança no Brasil, mas deixa de lado um dos setores que mais emite gases estufa no país

21 de novembro de 2024 - 16:53

Projeto de Lei agora só precisa da sanção presidencial para começar a valer; entenda como vai funcionar

A FAVORITA DO BANCO

‘O rali ainda não acabou’: as ações desta construtora já saltam 35% no ano e podem subir ainda mais antes que 2024 termine, diz Itaú BBA

21 de novembro de 2024 - 15:10

A performance bate de longe a do Ibovespa, que recua cerca de 4% no acumulado anual, e também supera o desempenho de outras construtoras que atuam no mesmo segmento

PÉ NO CHÃO

“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente

21 de novembro de 2024 - 13:19

Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital

GUERRA DOS MIL DIAS

A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear

21 de novembro de 2024 - 13:04

No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta

RELATÓRIO DO BC

Com dólar acima de R$ 5,80, Banco Central se diz preparado para atuar no câmbio, mas defende políticas para o equilíbrio fiscal

21 de novembro de 2024 - 11:10

Ainda segundo o Relatório de Estabilidade Financeira do primeiro semestre, entidades do sistema podem ter de elevar provisões para perdas em 2025

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote

21 de novembro de 2024 - 8:23

Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa

DE COADJUVANTE A PROTAGONISTA

Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente

21 de novembro de 2024 - 6:09

Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade

PAPEL ATRAENTE

É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA

19 de novembro de 2024 - 18:17

O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025

EM ROTA DE COLISÃO?

Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo

19 de novembro de 2024 - 14:28

O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Acaba logo, pô! Ibovespa aguarda o fim da cúpula do G20 para conhecer detalhes do pacote fiscal do governo

19 de novembro de 2024 - 8:02

Detalhes do pacote já estão definidos, mas divulgação foi postergada para não rivalizar com as atenções à cúpula do G20 no Rio

ANOTE NO CALENDÁRIO

A B3 vai abrir no dia da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios na estreia do novo feriado nacional

19 de novembro de 2024 - 7:02

É a primeira vez que o Dia da Consciência Negra consta no calendário dos feriados nacionais. Como de costume, as comemorações devem alterar o funcionamento dos principais serviços públicos

O CÉU É O LIMITE?

Rali do Trump Trade acabou? Bitcoin (BTC) se estabiliza, mas analistas apontam eventos-chave para maior criptomoeda do mundo chegar aos US$ 200 mil

18 de novembro de 2024 - 17:16

Mercado de criptomoedas se aproxima de uma encruzilhada: rumo ao topo ou a resultados medianos? Governo Trump pode ter a chave para o desfecho.

PÉ NO ACELERADOR

Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação

18 de novembro de 2024 - 13:31

Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa

DESTAQUES DA BOLSA

Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial

18 de novembro de 2024 - 12:27

O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil

18 de novembro de 2024 - 8:07

Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: balanço da Nvidia (NVDC34) e reunião do CMN são destaques em semana com feriado no Brasil

18 de novembro de 2024 - 7:03

A agenda econômica também conta com divulgação da balança comercial na Zona do Euro e no Japão; confira o que mexe com os mercados nos próximos dias

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar