Em dia de mercados instáveis, Ibovespa fecha em queda, na contramão de NY
Bolsa fechou o dia em baixa de 1,28% e chegou a perder os 95 mil pontos no pior momento do dia; já o dólar passou o dia no negativo, fechando a R$ 5,27

Após acumular alta de mais de 4% na semana passada, o Ibovespa começou a semana com uma forte realização de lucros, na contramão de Nova York.
O índice começou o dia em alta, mas logo virou para queda após a abertura negativa em Wall Street. No entanto, as bolsas americanas viraram para alta e se firmaram no azul na parte da tarde, mas o Ibovespa não acompanhou.
A partir das 14h, o principal índice da bolsa brasileira aprofundou as perdas, e acabou fechando em baixa de 1,28%, aos 95.335,96 pontos. Na mínima do dia, a bolsa chegou a perder os 95 mil pontos, e foi a 94.868,81 pontos.
As bolsas americanas, por sua vez, fecharam com altas modestas. O Dow Jones subiu 0,59%, terminando o pregão aos 26.024,96 pontos; o S&P 500 avançou 0,65%, aos 3.117,86 pontos; e o Nasdaq fechou o dia em alta de 1,11%, aos 10.056,47, nova máxima histórica de fechamento.
As bolsas europeias, por sua vez, fecharam em baixa. O Índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,76%.
Mercados 'divididos'
Os mercados operaram "divididos" entre o temor de uma nova onda de coronavírus e o otimismo com a recuperação da economia americana. Tanto que, na parte da manhã, as bolsas alternaram entre os campos positivo e negativo, tanto aqui como nos EUA.
Leia Também
Nos Estados Unidos, particularmente, os investidores também se animaram com a fala do presidente Donald Trump, que afirmou que seu governo proporá um novo pacote de estímulos nas próximas semanas para mitigar os impactos negativos da pandemia.
No Brasil, os investidores também intercalaram otimismo com a votação do marco legal do saneamento no Congresso, prevista para esta semana, com monitoramento do cenário político e desdobramentos do caso Queiroz.
Já o dólar à vista teve um dia de alívio, e chegou a cair mais de 2% mais cedo, indo a R$ 5,1999, na mínima. Mas embora tenha passado a maior parte do dia em queda de mais de 1%, a moeda americana desacelerou as perdas no fim do pregão e fechou em baixa de 0,89% a R$ 5,2706.
A queda do dólar nesta quarta-feira foi um movimento global e eminentemente técnico, em razão de um fluxo forte de venda por parte de um grande exportador no exterior, desmonte de posições defensivas e aumento de apostas na desvalorização da moeda americana e também pelo início da rolagem, pelo Banco Central, do vencimento de swap cambial para agosto.
Os juros futuros abriram estáveis e passaram o dia entre sobes e desces, até finalmente terminarem o dia em alta:
- Janeiro/2021: de 2,019% para 2,035%;
- Janeiro/2022: de 3,012% para 3,03%;
- Janeiro/2025: de 5,823% para 5,91%;
- Janeiro/2027: de 6,803% para 6,90%.
Noticiário corporativo
O setor de saneamento básico apresentou ganhos, mesmo em dia negativo para a bolsa, com a perspectiva de votação do marco legal na próxima quarta-feira. Os papéis da Sabesp (SBSP3) fecharam em alta de 4,41%, e os da Copasa (CSMG3) avançaram 3,88%.
Os frigoríficos, por outro lado, foram pressionados pela notícia de que a fiscalização sanitária da China levou o país a suspender, no fim de semana, as importações de frango de uma unidade da Tyson Foods nos Estados Unidos, foco de covid-19. Unidades da JBS e da BRF já chegaram a ser interditadas pela Justiça pelo mesmo motivo.
Marfrig (MRFG3) fechou em queda de 2,88%, Minerva (BEEF3) caiu 4,77%, BRF (BRFS3) teve queda de 1,87% e JBS (JBSS3) perdeu 3,18%.
A Braskem (BRKM5), por sua vez, recuou 3,42% com a notícia de que o Ministério Público Estadual de Alagoas instaurou um inquérito para apurar a extensão dos danos pela extração de sal-gema feita pela petroquímica em bairros de Maceió. A questão já foi responsável pela forte queda nas ações da companhia no ano passado.
Top 5
Veja abaixo as cinco ações de melhor desempenho do Ibovespa nesta segunda-feira:
CÓDIGO | NOME | PREÇO (R$) | VARIAÇÃO |
IRB | IRBR3 | 12,10 | +16,46% |
BTG Pactual | BPAC11 | 75,99 | +5,54% |
Cogna | COGN3 | 6,61 | +4,75% |
Sabesp | SBSP3 | 60,20 | +4,41% |
Ambev | ABEV3 | 14,11 | +1,95% |
Veja também as cinco maiores quedas do índice:
CÓDIGO | NOME | PREÇO (R$) | VARIAÇÃO |
Raia Drogasil | RADL3 | 107,88 | -5,56% |
Azul | AZUL4 | 20,63 | -5,37% |
Minerva | BEEF3 | 12,98 | -4,84% |
Cia. Hering | HGTX3 | 14,71 | -3,79% |
Embraer | EMBR3 | 8,45 | -3,54% |
Dólar volta a recuar com guerra comercial entre Estados Unidos e China, mas ainda é possível buscar lucros com a moeda americana; veja como
Uma oportunidade ‘garimpada’ pela EQI Investimentos pode ser caminho para diversificar o patrimônio em meio ao cenário desafiador e buscar lucros de até dólar +10% ao ano
Que telefone vai tocar primeiro: de Xi ou de Trump? Expectativa mexe com os mercados globais; veja o que esperar desta quinta
Depois do toma lá dá cá tarifário entre EUA e China, começam a crescer as expectativas de que Xi Jinping e Donald Trump possam iniciar negociações. Resta saber qual telefone irá tocar primeiro.
Como declarar ETF no imposto de renda 2025, seja de ações, criptomoedas ou renda fixa
Os fundos de índice, conhecidos como ETFs, têm cotas negociadas em bolsa, e podem ser de renda fixa ou renda variável. Veja como informá-los na declaração em cada caso
É hora de aproveitar a sangria dos mercados para investir na China? Guerra tarifária contra os EUA é um risco, mas torneira de estímulos de Xi pode ir longe
Parceria entre a B3 e bolsas da China pode estreitar o laço entre os investidores do dois países e permitir uma exposição direta às empresas chinesas que nem os EUA conseguem oferecer; veja quais são as opções para os investidores brasileiros investirem hoje no Gigante Asiático
Nas entrelinhas: por que a tarifa de 245% dos EUA sobre a China não assustou o mercado dessa vez
Ainda assim, as bolsas tanto em Nova York como por aqui operaram em baixa — com destaque para o Nasdaq, que recuou mais de 3% pressionado pela Nvidia
EUA aprovam bolsa de valores focada em sustentabilidade, que pode começar a operar em 2026
A Green Impact Exchange pretende operar em um mercado estimado em US$ 35 trilhões
Ações da Brava Energia (BRAV3) sobem forte e lideram altas do Ibovespa — desta vez, o petróleo não é o único “culpado”
O desempenho forte acontece em uma sessão positiva para o setor de petróleo, mas a valorização da commodity no exterior não é o principal catalisador das ações BRAV3 hoje
Correr da Vale ou para a Vale? VALE3 surge entre as maiores baixas do Ibovespa após dado de produção do 1T25; saiba o que fazer com a ação agora
A mineradora divulgou queda na produção de minério de ferro entre janeiro e março deste ano e o mercado reage mal nesta quarta-feira (16); bancos e corretoras reavaliam recomendação para o papel antes do balanço
Acionistas da Petrobras (PETR4) votam hoje a eleição de novos conselheiros e pagamento de dividendos bilionários. Saiba o que está em jogo
No centro da disputa pelas oito cadeiras disponíveis no conselho de administração está o governo federal, que tenta manter as posições do chairman Pietro Mendes e da CEO, Magda Chambriard
Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta
Bolsas continuam de olho nas tarifas dos EUA e avaliam dados do PIB da China; por aqui, investidores reagem a relatório da Vale
Como declarar ações no imposto de renda 2025
Declarar ações no imposto de renda não é trivial, e não é na hora de declarar que você deve recolher o imposto sobre o investimento. Felizmente a pessoa física conta com um limite de isenção. Saiba todos os detalhes sobre como declarar a posse, compra, venda, lucros e prejuízos com ações no IR 2025
As empresas não querem mais saber da bolsa? Puxada por debêntures, renda fixa domina o mercado com apetite por títulos isentos de IR
Com Selic elevada e incertezas no horizonte, emissões de ações vão de mal a pior, e companhias preferem captar recursos via dívida — no Brasil e no exterior; CRIs e CRAs, no entanto, veem emissões caírem
Dividendos da Petrobras (PETR4) podem cair junto com o preço do petróleo; é hora de trocar as ações pelos títulos de dívida da estatal?
Dívida da empresa emitida no exterior oferece juros na faixa dos 6%, em dólar, com opções que podem ser adquiridas em contas internacionais locais
Península de saída do Atacadão: Família Diniz deixa quadro de acionistas do Carrefour (CRFB3) dias antes de votação sobre OPA
Após reduzir a fatia que detinha na varejista alimentar ao longo dos últimos meses, a Península decidiu vender de vez toda a participação restante no Atacadão
Respira, mas não larga o salva-vidas: Trump continua mexendo com os humores do mercado nesta terça
Além da guerra comercial, investidores também acompanham balanços nos EUA, PIB da China e, por aqui, relatório de produção da Vale (VALE3) no 1T25
Vai dar para ir para a Argentina de novo? Peso desaba 12% ante o dólar no primeiro dia da liberação das amarras no câmbio
A suspensão parcial do cepo só foi possível depois que o governo de Javier Milei anunciou um novo acordo com o FMI no valor de US$ 20 bilhões
Bolsas perdem US$ 4 trilhões com Trump — e ninguém está a salvo
Presidente norte-americano insiste em dizer que não concedeu exceções na sexta-feira (11), quando “colocou em um balde diferente” as tarifas sobre produtos tecnológicos
Alívio na guerra comercial injeta ânimo em Wall Street e ações da Apple disparam; Ibovespa acompanha a alta
Bolsas globais reagem ao anúncio de isenção de tarifas recíprocas para smartphones, computadores e outros eletrônicos
Azul (AZUL4) busca até R$ 4 bilhões em oferta de ações e oferece “presente” para acionistas que entrarem no follow-on; ações sobem forte na B3
Com potencial de superar os R$ 4 bilhões com a oferta, a companhia aérea pretende usar recursos para melhorar estrutura de capital e quitar dívidas com credores
Smartphones e chips na berlinda de Trump: o que esperar dos mercados para hoje
Com indefinição sobre tarifas para smartphones, chips e eletrônicos, bolsas esboçam reação positiva nesta segunda-feira; veja outros destaques