Mais um passo: Ibovespa sobe 2,86% na semana e retoma os 102 mil pontos; dólar vai a R$ 5,38
O Ibovespa acumulou ganhos de mais de 2% na semana, sustentado pelos avanços da pauta econômica no Congresso e pela percepção de evolução da economia global
Na última sexta-feira (10), o Ibovespa conseguiu retomar o nível dos 100 mil pontos pela primeira vez em quatro meses — um processo intenso de recuperação da bolsa brasileira, que em março chegou perto dos 60 mil pontos. Pois, nesta semana, o índice continuou andando para cima.
O Ibovespa terminou o pregão desta sexta (17) em alta de 2,32%, aos 102.888,25 pontos — na máxima, tocou os 103.016,60 pontos (+2,45%). Com isso, o índice acumulou ganhos de 2,86% na semana, chegando ao maior nível de encerramento desde 4 de março.
No ano, contudo, a bolsa brasileira está no negativo: as perdas acumuladas desde o começo de 2020 ainda somam 11,02%. Um número que, convenhamos, nem assusta tanto assim — nas mínimas de março, o Ibovespa chegou a amargar uma baixa de 45% em relação aos níveis de dezembro de 2019.
- O podcast Touros e Ursos desta sexta-feira já está no ar! Eu e o Vinícius Pinheiro falamos sobre as perspectivas para a bolsa, dólar, renda fixa, FIIs e muito mais:
O pano de fundo de toda essa euforia na bolsa está dado: os bancos centrais do mundo abriram os cofres e injetaram recursos na economia através de medidas de estímulo ou de políticas fiscais — e esse cenário, somado aos juros estruturalmente baixos no mundo, trouxeram uma enxurrada de dinheiro aos mercados acionários.
É uma condição tão favorável às bolsas que nem mesmo as incertezas ligadas à pandemia têm sido capazes de frear a recuperação dos índices globais — nos EUA, o Dow Jones (+2,28%) e o S&P 500 (+1,24%) também tiveram uma semana de ganhos, apesar do desempenho tímido nesta sexta.
O Ibovespa pegou carona nesse contexto, retornando à casa dos três dígitos — e foi além, já flertando com o patamar dos 103 mil pontos.
Leia Também
Cautela e otimismo
A semana do Ibovespa e dos mercados globais não foi tranquila: tivemos diversos fatores de turbulência — desde preocupações com o avanço da Covid até a incerteza quanto ao processo de retomada da economia, passando por novos atritos no cenário político doméstico.
Mas, por mais que o horizonte ainda traga muitos fatores de risco, também tivemos diversos outros elementos que serviram para trazer alívio às dúvidas — e que, ao menos nessa semana, se sobrepuseram aos itens negativos.
No front da Covid-19, o estado da Califórnia determinou o fechamento de bares e restaurantes para tentar conter um novo avanço da doença — uma medida que, naturalmente, eleva o temor de que a retomada da economia americana caia por terra.
Por outro lado, diversos avanços no desenvolvimento de vacinas e outros tratamentos contra a Covid-19 elevam a esperança quanto a uma solução definitiva para a pandemia, tirando de vez essa questão do radar. Aqui, temos uma questão de gerenciamento de risco: no curto prazo, o cenário é tenso, mas, no longo, há bons ventos — e o lado otimista tem prevalecido.
No aspecto econômico, tivemos dados mistos no mundo: China, Europa e EUA divulgaram dados ora animadores, ora frustrantes, o que dificulta a análise a respeito do estado real da economia do mundo. Mas, na dúvida, os mercados receberam bem os balanços de grandes bancos americanos, que mostraram resultados mais fortes que o esperado.
E, no lado político do Brasil, tivemos um novo desentendimento entre governo e Congresso, desta vez no âmbito do novo marco do saneamento. Mas, poucos dias depois, o noticiário voltou a ficar mais ameno: as duas partes parecem comprometidas a dar continuidade aos esforços pelo ajuste fiscal — uma percepção que deu ânimo ao Ibovespa nesta sexta.
Dólar comportado
O mercado de câmbio tem vivido um cenário praticamente inédito em 2020: desde o começo de julho, o dólar à vista tem apresentado uma volatilidade relativamente baixa, ficando 'encaixotado' numa faixa entre R$ 5,30 e R$ 5,40.
Nesta sexta-feira, a moeda americana fechou em alta de 1,02%, a R$ 5,3805, acumulando ganhos de 1,10% na semana — no mês, tem queda de 1,02%. Em 2020, contudo, a divisa ainda sobe 34,12%.
O mercado parece ter encontrado uma certa 'cotação de conforto': há fatores que pressionam o dólar para cima e impedem um alívio, como a pandemia e os juros baixos, e há questões que inspiram alguma confiança e barram uma disparada mais intensa, como a recuperação da economia e o avanço das pautas econômicas no Congresso.
Regulação do mercado de carbono avança no Brasil, mas deixa de lado um dos setores que mais emite gases estufa no país
Projeto de Lei agora só precisa da sanção presidencial para começar a valer; entenda como vai funcionar
‘O rali ainda não acabou’: as ações desta construtora já saltam 35% no ano e podem subir ainda mais antes que 2024 termine, diz Itaú BBA
A performance bate de longe a do Ibovespa, que recua cerca de 4% no acumulado anual, e também supera o desempenho de outras construtoras que atuam no mesmo segmento
“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente
Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital
A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear
No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta
Com dólar acima de R$ 5,80, Banco Central se diz preparado para atuar no câmbio, mas defende políticas para o equilíbrio fiscal
Ainda segundo o Relatório de Estabilidade Financeira do primeiro semestre, entidades do sistema podem ter de elevar provisões para perdas em 2025
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Acaba logo, pô! Ibovespa aguarda o fim da cúpula do G20 para conhecer detalhes do pacote fiscal do governo
Detalhes do pacote já estão definidos, mas divulgação foi postergada para não rivalizar com as atenções à cúpula do G20 no Rio
A B3 vai abrir no dia da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios na estreia do novo feriado nacional
É a primeira vez que o Dia da Consciência Negra consta no calendário dos feriados nacionais. Como de costume, as comemorações devem alterar o funcionamento dos principais serviços públicos
Rali do Trump Trade acabou? Bitcoin (BTC) se estabiliza, mas analistas apontam eventos-chave para maior criptomoeda do mundo chegar aos US$ 200 mil
Mercado de criptomoedas se aproxima de uma encruzilhada: rumo ao topo ou a resultados medianos? Governo Trump pode ter a chave para o desfecho.
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial
O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada
O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil
Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias
Agenda econômica: balanço da Nvidia (NVDC34) e reunião do CMN são destaques em semana com feriado no Brasil
A agenda econômica também conta com divulgação da balança comercial na Zona do Euro e no Japão; confira o que mexe com os mercados nos próximos dias
Seu Dinheiro abre carteira de 17 ações que já rendeu 203% do Ibovespa e 295% do CDI desde a criação; confira
Portfólio faz parte da série Palavra do Estrategista e foi montado pelo CIO da Empiricus, Felipe Miranda
No G20 Social, Lula defende que governos rompam “dissonância” entre as vozes do mercado e das ruas e pede a países ricos que financiem preservação ambiental
Comentários de Lula foram feitos no encerramento do G20 Social, derivação do evento criada pelo governo brasileiro e que antecede reunião de cúpula
Nova York naufragou: ações que navegavam na vitória de Trump afundam e bolsas terminam com fortes perdas — Tesla (TSLA34) se salva
Europa também fechou a sexta-feira (15) com perdas, enquanto as bolsas na Ásia terminaram a última sessão da semana sem uma direção comum, com dados da China e do Japão no radar dos investidores
Warren Buffett não quer o Nubank? Megainvestidor corta aposta no banco digital em quase 20% — ação cai 8% em Wall Street
O desempenho negativo do banco digital nesta sexta-feira pode ser explicado por três fatores principais — e um deles está diretamente ligado ao bilionário