🔴 QUER INVESTIR NAS MELHORES CRIPTOMOEDAS DO MOMENTO? SAIBA COMO CLICANDO AQUI

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Pisando fundo

Mini-rali: Ibovespa desacelera na reta final, mas fecha em alta e acumula 10% de ganhos em dois dias

O Ibovespa ganhou terreno pelo segundo dia consecutivo, amparado pela menor percepção de risco político e pelos dados econômicos domésticos mais animadores — fatores que compensaram o viés mais cauteloso visto no exterior

Rali das bolsas internacionais, Ibovespa tenta sustentar alta; Ibovespa acompanha balanços
Imagem: Shutterstock

Na segunda-feira (6), o Ibovespa teve um pregão bastante positivo, ainda que tenha perdido força na reta final da sessão. Pois, nesta terça (7), o índice brasileiro repetiu a dose: disparou na abertura e desacelerou durante a tarde, mas sem deixar o campo positivo.

No melhor momento do dia, o Ibovespa chegou a disparar 7,81%, tocando os 79.855,48 pontos — um desempenho que não se sustentou: no fechamento, o índice marcava 76.358,09 pontos, em alta de 3,08%. Os ganhos de hoje, somados ao avanço de 6,52% de ontem, implicam num salto acumulado de 9,81% em dois dias.

Essa subida expressiva se deve a uma combinação de fatores favoráveis à bolsa brasileira: o clima mais ameno no exterior, o cenário político menos turbulento no país e as surpresas na agenda econômica doméstica — tudo contribuiu para o 'mini-rali' no mercado acionário local.

  • Eu gravei um vídeo para explicar melhor a dinâmica da sessão desta terça-feira. Veja abaixo:

A desaceleração do Ibovespa nesta terça-feira se deve, em grande parte, à virada nas bolsas dos Estados Unidos. Por lá, o Dow Jones (-0,12%), o S&P 500 (-0,16%) e o Nasdaq (-0,33%) fecharam em leve baixa, após passarem boa parte da sessão com ganhos superiores a 3%.

O mercado de câmbio também teve um dia bastante tranquilo: o dólar à vista terminou em queda de 1,25%, a R$ 5,2264 — na mínima, chegou a bater os R$ 5,1847 (-2,04%). A sessão foi marcada pela desvalorização da moeda americana em relação às divisas de países emergentes.

Para entender um melhor o racional por trás dos mercados nesta terça-feira, é mais fácil analisarmos separadamente os fatores internacionais e domésticos que influenciaram as operações. Afinal, enquanto lá fora tivemos um dia mais movimentado, aqui dentro tudo ficou tranquilo.

Leia Também

Otimismo cauteloso

Em linhas gerais, a dinâmica dos mercados permanece a mesma desde o início da semana, com os investidores reagindo positivamente à tendência de estabilização nas curvas de contágio do surto de coronavírus na Europa.

Até o meio da tarde desta terça-feira, essa leitura também se estendia aos Estados Unidos, uma vez que os dados vindos da região de Nova York — área mais crítica da doença no país — vinham mostrando um comportamento semelhante.

Mas, hoje, o número de mortes em Nova York voltou a subir, o que provocou uma piora na confiança dos investidores. As autoridades locais alegam que o total de internações por causa da Covid-19 continuam caindo, o que é uma indicação positiva. No entanto, o aumento dos óbitos esfriou os ânimos dos mercados.

Dados da universidade americana Johns Hopkins indicam que mais de 1,4 milhão de pessoas no mundo já foram infectadas, com 81 mil mortos. Assim, por mais que a percepção quanto à situação na Itália e na Espanha seja mais animadora, fato é que a crise do coronavírus continua longe do fim.

Ainda nos Estados Unidos, há a expectativa quanto a novos pacotes de auxílio econômico por parte do governo americano — o que ajudou a dar força aos ativos do país durante a manhã. Só que, conforme o dia foi passando e nenhum anúncio concreto foi feito, uma certa frustração começou a tomar conta das operações lá fora.

Esses dois fatores, somados, explicam a perda de força vista em Wall Street durante a tarde, que culminou na virada ao campo negativo dos índices acionários do país — e que, consequentemente, tirou parte do impulso visto no Ibovespa.

Dia do fico

No Brasil, os investidores mostraram-se aliviados com a permanência de Luiz Henrique Mandetta no comando no ministério da Saúde — ontem, notícias quanto a uma possível demissão do ministro trouxeram instabilidade aos mercados domésticos.

Mandetta, defensor das políticas de isolamento, tem entrado em conflito com o presidente Jair Bolsonaro. O ministro, contudo, conta com o apoio de grande parte da classe política e tem amplo respaldo popular, fatores que, aparentemente, acabaram pesando a favor de sua permanência.

Fato é que, passada a turbulência de ontem, o mercado agora espera que os ânimos se acalmem em Brasília — o ambiente de conflito explícito aumentava as incertezas quanto às diretrizes do governo em meio à crise do coronavírus, tanto no front da saúde pública quanto no da economia.

Alívio econômico

No front da agenda de dados econômicos, destaque para o avanço de 1,2% nas vendas do varejo em fevereiro, após queda de 1,4% em janeiro — um resultado que superou as expectativas dos analistas. Por mais que o indicador não englobe os efeitos do coronavírus, ele traz informações mais animadoras em relação à saúde da economia brasileira pré-crise.

Em relatório, o Goldman Sachs pondera que os dados do segmento varejista devem ser fortemente impactados pela quarentena desencadeada pelo Covid-19, mas que, ao menos, os números de fevereiro foram encorajadores.

Nesse sentido, as ações de empresas do setor, como B2W ON (BTOW3), Lojas Americanas PN (LAME4) e Magazine Luiza ON (MGLU3) apareceram entre os destaques positivos do dia — as duas primeiras também foram impulsionadas pela notícia de que ambas vão iniciar de um plano para manter forte posição de caixa durante a crise do coronavírus.

Juros em baixa

No mercado de juros futuros, o tom continuou negativo: por mais que os dados das vendas no varejo tenham mostrado que a economia estava mais aquecida em fevereiro, a perspectiva é de forte desaceleração no nível de atividade a partir de março.

Sendo assim, os investidores mostram-se convencidos de que a Selic deverá continuar caindo, de modo a fornecer estímulo extra à economia — e que as taxas permanecerão em níveis mais baixos por um período prolongado.

Veja abaixo como ficaram os DIs mais líquidos nesta terça-feira:

  • Janeiro/2021: de 3,27% para 3,20%;
  • Janeiro/2022: de 4,13% para 4,06%;
  • Janeiro/2023: de 5,49% para 5,37%;
  • Janeiro/2025: de 7,07% para 7,00%.

Top 5

Confira quais foram as cinco ações de melhor desempenho do Ibovespa nesta terça-feira:

CÓDIGONOMEPREÇO (R$)VARIAÇÃO
YDUQ3Yduqs ON26,50+19,32%
BRDT3BR Distribuidora ON18,28+14,97%
HAPV3Hapvida ON48,30+12,33%
CVCB3CVC ON11,60+12,29%
WEGE3Weg ON37,30+12,08%

Saiba também quais são as maiores baixas do dia:

CÓDIGONOMEPREÇO (R$)VARIAÇÃO
SUZB3Suzano ON37,19-7,07%
JBSS3JBS ON19,85-5,85%
RAIL3Rumo ON19,61-5,54%
MRFG3Marfrig ON8,94-4,08%
KLBN11Klabin units16,10-2,37%

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
SEXTOU COM O RUY

Gigantes da bolsa derretem com tarifas de Trump: pequenas empresas devem começar a chamar a atenção

11 de abril de 2025 - 6:03

Enquanto o mercado tenta entender como as tarifas de Trump ajudam ou atrapalham algumas empresas grandes, outras nanicas com atuação exclusivamente local continuam sua rotina como se (quase) nada tivesse acontecido

DINHEIRO ENTRANDO

Dividendos e JCP: Santander (SANB11) anuncia o pagamento de R$ 1,5 bilhão em proventos; veja quem mais paga

10 de abril de 2025 - 19:33

Acionistas que estiverem inscritos nos registros do banco no dia 17 de abril terão direito ao JCP

MERCADOS HOJE

Tarifa total de 145% dos EUA sobre a China volta a derrubar bolsas — Dow perde mais de 1 mil pontos e Ibovespa cai 1,13%; dólar sobe a R$ 5,8988

10 de abril de 2025 - 12:29

A euforia da sessão anterior deu lugar às incertezas provocadas pela guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo; Wall Street e B3 devolvem ganhos nesta quinta-feira (10)

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Dia de ressaca na bolsa: Depois do rali com o recuo de Trump, Wall Street e Ibovespa se preparam para a inflação nos EUA

10 de abril de 2025 - 8:12

Passo atrás de Trump na guerra comercial animou os mercados na quarta-feira, mas investidores já começam a colocar os pés no chão

VALE A PENA?

Não foi só o Banco Master: entre os CDBs mais rentáveis de março, prefixado do Santander paga 15,72%, e banco chinês oferece 9,4% + IPCA

9 de abril de 2025 - 18:35

Levantamento da Quantum Finance traz as emissões com taxas acima da média do mercado; no mês passado, estoque de CDBs no país chegou a R$ 2,57 trilhões, alta de 14,3% na base anual

VIVENDO E APRENDENDO

Bank of America projeta recuperação das empresas de educação e tem uma ação preferida do setor; saiba qual é

9 de abril de 2025 - 17:34

Para o BofA, a tendência é que a valorização continue, especialmente após desempenho que superou o Ibovespa em 35 pontos percentuais

BOTA CASACO, TIRA CASACO

Mercados disparam e dólar cai a R$ 5,84 com anúncio de Trump: presidente irá pausar por 90 dias tarifas de países que não retaliaram 

9 de abril de 2025 - 14:46

Em sua conta na Truth Social, o presidente também anunciou que irá aumentar as tarifas contra China para 125% 

PETRÓLEO NO VERMELHO

Brava Energia (BRAV3) e petroleiras tombam em bloco na B3, mas analistas veem duas ações atraentes para investir agora

9 de abril de 2025 - 12:22

O empurrão nas ações de petroleiras segue o agravamento da guerra comercial mundial, com retaliações da China e Europa às tarifas de Donald Trump

“ME DÁ, QUE DOU DE VOLTA”

Outro dia de pânico: dólar passa dos R$ 6 com escalada da guerra comercial entre EUA e China

9 de abril de 2025 - 10:30

Com temor de recessão global, petróleo desaba e ações da Europa caem 4%

TIRA CASACO, BOTA CASACO

Sem pílula de veneno: Casas Bahia (BHIA3) derruba barreira contra ofertas hostis; decisão segue recuo de Michael Klein na disputa por cadeira no conselho

9 de abril de 2025 - 10:06

Entre as medidas que seriam discutidas em AGE, que foi cancelada pela varejista, estava uma potencial alteração do estatuto para incluir disposições sobre uma poison pill; entenda

INVESTINDO EM MEIO AO CAOS

“Trump vai demorar um pouco mais para entrar em pânico”, prevê gestor — mas isso não é motivo para se desiludir com a bolsa brasileira agora

9 de abril de 2025 - 9:14

Para André Lion, sócio e gestor da estratégia de renda variável da Ibiuna Investimentos, não é porque as bolsas globais caíram que Trump voltará atrás na guerra comercial

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Taxa sobre taxa: Resposta da China a Trump aprofunda queda das bolsas internacionais em dia de ata do Fed

9 de abril de 2025 - 8:45

Xi Jinping reage às sobretaxas norte-americanas enquanto fica cada vez mais claro que o alvo principal de Donald Trump é a China

OS PLANOS DO CEO

CEO da Embraer (EMBR3): tarifas de Trump não intimidam planos de US$ 10 bilhões em receita até 2030; empresa também quer listar BDRs da Eve na B3

8 de abril de 2025 - 16:56

A projeção da Embraer é de que, apenas neste ano, a receita líquida média atinja US$ 7,3 bilhões — sem considerar a performance da subsidiária Eve

LADEIRA ABAIXO

Ação da Vale (VALE3) chega a cair mais de 5% e valor de mercado da mineradora vai ao menor nível em cinco anos

8 de abril de 2025 - 15:52

Temor de que a China cresça menos com as tarifas de 104% dos EUA e consuma menos minério de ferro afetou em cheio os papéis da companhia nesta terça-feira (8)

TÁ PEGANDO FOGO

Trump dobra a aposta e anuncia tarifa de 104% sobre a China — mercados reagem à guerra comercial com dólar batendo em R$ 6

8 de abril de 2025 - 15:03

Mais cedo, as bolsas mundo afora alcançaram fortes ganhos com a sinalização de negociações entre os EUA e seus parceiros comerciais; mais de 70 países procuraram a Casa Branca, mas a China não é um deles

MERCADOS HOJE

Wall Street sobe forte com negociações sobre tarifas de Trump no radar; Ibovespa tenta retornar aos 127 mil pontos

8 de abril de 2025 - 13:20

A recuperação das bolsas internacionais acompanha o início de conversas entre o presidente norte-americano e os países alvos do tarifaço

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Prazo de validade: Ibovespa tenta acompanhar correção das bolsas internacionais, mas ainda há um Trump no meio do caminho

8 de abril de 2025 - 8:15

Bolsas recuperam-se parcialmente das perdas dos últimos dias, mas ameaça de Trump à China coloca em risco a continuidade desse movimento

MULTIPLICANDO A CARNE

Minerva prepara aumento de capital de R$ 2 bilhões de olho na redução da alavancagem. O que muda para quem tem ações BEEF3?

7 de abril de 2025 - 19:29

Com a empresa valendo R$ 3,9 bilhões, o aumento de capital vai gerar uma diluição de 65% para os acionistas que ficarem de fora da operação

ENGORDOU A FORTUNA

Sem medo do efeito Trump: Warren Buffett é o único entre os 10 maiores bilionários do mundo a ganhar dinheiro em 2025

7 de abril de 2025 - 16:03

O bilionário engordou seu patrimônio em US$ 12,7 bilhões neste ano, na contramão do desempenho das fortunas dos homens mais ricos do planeta

BILIONÁRIO COM APETITE RENOVADO

Sem aversão ao risco? Luiz Barsi aumenta aposta em ação de companhia em recuperação judicial — e papéis sobem forte na B3

7 de abril de 2025 - 12:14

Desde o início do ano, essa empresa praticamente dobrou de valor na bolsa, com uma valorização acumulada de 97% no período. Veja qual é o papel

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar