🔴 SAVE THE DATE – 25/11: MOEDA COM POTENCIAL DE 30.000% DE VALORIZAÇÃO SERÁ REVELADA – VEJA COMO ACESSAR

Victor Aguiar
Victor Aguiar
Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.
Disparada

R$ 4,58: dólar à vista sobe pela 11ª sessão consecutiva e ignora anúncio de atuação do BC

O dólar à vista subiu 1,55% hoje e, agora, já acumula ganhos de mais de 12% no ano. A nova onda de pressão se deve à perspectiva de continuidade nos cortes da Selic — e a postura do BC apenas contribuiu para trazer mais estresse ao câmbio

Dólar
Imagem: Shutterstock

Na faculdade de jornalismo, um dos primeiros ensinamentos passados aos alunos é o de que "não há manchete que dure 24 horas". Ou seja: por mais grave que seja um acontecimento, ele perde relevância rapidamente — assim, é preciso dar um passo além e buscar mais informações para manter o tema em destaque.

Nesse contexto, dizer que o dólar à vista cravou uma nova máxima já não causa mais a comoção de antes, já que a renovação dos recordes tem sido rotineira — para ser mais preciso, foram 16 novos picos apenas em 2020, incluindo a sessão desta quarta-feira (4), a R$ 4,5801 (+1,52%).

Pensando nisso e nas aulas da faculdade, eu resolvi dar o passo além. Eis alguns números que ilustram melhor o comportamento recente do dólar:

  • Décima primeira alta consecutiva: a última vez que o dólar à vista fechou em baixa foi em 14 de fevereiro — na ocasião, a moeda americana encerrou a R$ 4,3004 (-0,77%);
  • Ganhos acumulados: desde o início da atual sequência de valorização, o dólar à vista já acumula uma alta de 6,50% em relação ao real;
  • Desempenho no ano: o dólar à vista já saltou 12,44% desde o início de 2020 — no fim de 2019, valia R$ 4,0118;
  • Amplitude: em pouco mais de três meses, a cotação do dólar à vista saltou quase R$ 0,57.

Sim, eu sei: os atuais R$ 4,58 representam apenas uma máxima nominal, sem levar em conta os efeitos da inflação. Mas, de qualquer maneira, há um inegável movimento de desvalorização do real, seja por fatores externos ou domésticos — ou a junção dos dois.

Afinal, o surto de coronavírus, as eleições americanas e as instabilidades no cenário político brasileiro contribuem para criar um cenário cheio de incertezas. E, quando não há clareza no horizonte, os investidores costumam adotar uma postura mais defensiva, correndo para a segurança do dólar.

Dito isso, chama a atenção do comportamento do mercado de câmbio nesta quarta-feira, com uma forte alta de 1,52% no dólar à vista, que já estava nas máximas na sessão passada. O que motivou tamanho salto?

Leia Também

Corta ou não corta?

A nova onda de cautela ocorreu num contexto de incerteza quanto ao futuro da Selic, em meio aos novos afrouxamentos monetários vistos no exterior. Os bancos centrais da Austrália e da Malásia já cortaram juros e, ontem, o Fed reduziu as taxas nos EUA de maneira extraordinária, em 0,5 ponto.

Tudo isso para blindar as economias locais dos eventuais impactos negativos do surto de coronavírus. No entanto, essa movimentação abrupta — principalmente por parte do Fed — gerou contestações: há quem diga que a postura foi precipitada e causou mais alarde em relação à doença.

De qualquer maneira, com o Fed abrindo a porta para mais um ciclo de corte de juros no mundo, os investidores agora apostam que o Copom irá seguir os passos da autoridade americana, dando continuidade aos ajustes negativos na Selic.

E o comportamento dos DIs nesta quarta-feira comprova que o mercado já dá como certos os novos cortes na taxa básica de juros brasileira. As curvas de vencimentos mais curtos renovaram as mínimas históricas, e mesmo as mais longas também fecharam em baixa:

  • Janeiro/2021: de 3,84% para 3,76%;
  • Janeiro/2022: de 4,25% para 4,22%;
  • Janeiro/2023: de 4,87% para 4,84%;
  • Janeiro/2025: de 5,84% para 5,81%.

Num cenário de novas baixas na Selic, as pressões sobre o câmbio permanecem inalteradas, já que, caso o Copom acompanhe o Fed, o diferencial de juros em relação aos EUA permanecerá inalterado.

Assim, não houve espaço para um alívio no dólar — ainda mais se considerarmos que o coronavírus segue trazendo incertezas ao panorama global e que, no front doméstico, há ruídos no lado político.

Nesse contexto, nem mesmo o anúncio de um leilão extra de swap cambial pelo BC, na quinta-feira (5), serviu para aliviar as tensões. Logo após a divulgação dos planos, o dólar até perdeu parte da força, mas logo voltou a subir e renovar as máximas.

Na verdade, a postura do BC acabou aumentando o nervosismo, já que os investidores esperavam por uma atuação já na sessão de hoje. Assim, ao anunciar uma operação apenas para amanhã, houve frustração no mercado — o que desencadeou uma puxada no dólar rumo aos R$ 4,58.

Ibovespa respira

Após uma grande turbulência na sessão passada, o Ibovespa conseguiu engatar uma recuperação hoje. Os resultados das prévias do partido Democrata nos EUA deram força às bolsas globais, neutralizando parte das incertezas ligadas ao coronavírus.

O Ibovespa fechou em alta de 1,60%, aos 107.224,22 pontos — ao longo do dia, o índice já oscilou entre os 105.042,11 pontos (-0,47%) e os 107.808,91 pontos (+2,15%). Nos Estados Unidos, o Dow Jones (+4,53%), o S&P 500 (+4,22%) e o Nasdaq (+3,85%) avançaram em bloco.

Diversos fatores influenciaram as decisões dos investidores nesta quarta-feira. Em primeiro plano, apareceu o bom desempenho do ex-vice-presidente Joe Biden nas prévias do partido Democrata — ele saiu vitorioso em vários Estados e, com isso, ultrapassou o senador Bernie Sanders na corrida pela vaga à disputa pela presidência.

Biden é visto como mais moderado e amigável ao mercado, em contraste com Sanders, tido como mais radical. Assim, uma eventual indicação do ex-vice-presidente seria bem recebida pelos investidores — o representante democrata irá concorrer à presidência d país com o atual chefe da Casa Branca, o republicano Donald Trump.

A notícia de que o bilionário Michael Bloomberg desistiu da corrida democrata, declarando apoio a Biden, também foi comemorada em Wall Street — o poderio financeiro do magnata poderá dar impulso à campanha do ex-vice-presidente, aumentando ainda mais suas chances contra Sanders.

O panorama eleitoral nos EUA serviu para trazer algum alento às preocupações dos agentes financeiros quanto ao coronavírus e o rumo da economia mundial. A doença segue se espalhando num ritmo elevado na Itália e, do outro lado do Atlântico, crescem os números de mortos em terreno americano.

Escândalo

As ações ON do IRB (IRBR3) despencaram 31,96% e, obviamente, tiveram o pior desempenho do Ibovespa nesta quarta-feira, após o megainvestidor Warren Buffett desmentir publicamente a resseguradora e afirmar que não tem interesse em investir na empresa.

Há alguns dias, em meio ao imbróglio entre a gestora Squadra e a companhia, surgiram rumores de que a Berkshire Hathaway, conglomerado de investimentos de Buffett, havia aumentado sua participação no IRB — informação que teria sido confirmada pela própria empresa, em conferência com analistas.

Tais notícias deram um impulso às ações do IRB, mas, com a negativa do bilionário e a consequente perda de credibilidade por parte do mercado em relação à gestão da companhia, os papéis hoje desabam.

  • Veja abaixo o comentário do Vinicius Pinheiro a respeito do vexame protagonizado pelo IRB:

Top 5

Veja abaixo as cinco ações de melhor desempenho do Ibovespa:

  • Suzano ON (SUZB3): +9,01%
  • Usiminas PNA (USIM5): +7,00%
  • Klabin units (KLBN11): +6,06%
  • Metalúrgica Gerdau PN (GOAU4): +5,88%
  • Cyrela ON (CYRE3): +5,27%

Confira também as maiores baixas do índice:

  • IRB ON (IRBR3): -31,96%
  • Hapvida ON (HAPV3): -3,41%
  • Yduqs ON (YDUQ3): -2,08%
  • Qualicorp ON (QUAL3): -1,88%
  • NotreDame Intermédica ON (GNDI3): -1,56%

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
GUERRA DOS MIL DIAS

A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear

21 de novembro de 2024 - 13:04

No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta

RELATÓRIO DO BC

Com dólar acima de R$ 5,80, Banco Central se diz preparado para atuar no câmbio, mas defende políticas para o equilíbrio fiscal

21 de novembro de 2024 - 11:10

Ainda segundo o Relatório de Estabilidade Financeira do primeiro semestre, entidades do sistema podem ter de elevar provisões para perdas em 2025

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote

21 de novembro de 2024 - 8:23

Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa

DE COADJUVANTE A PROTAGONISTA

Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente

21 de novembro de 2024 - 6:09

Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade

PAPEL ATRAENTE

É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA

19 de novembro de 2024 - 18:17

O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025

EM ROTA DE COLISÃO?

Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo

19 de novembro de 2024 - 14:28

O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Acaba logo, pô! Ibovespa aguarda o fim da cúpula do G20 para conhecer detalhes do pacote fiscal do governo

19 de novembro de 2024 - 8:02

Detalhes do pacote já estão definidos, mas divulgação foi postergada para não rivalizar com as atenções à cúpula do G20 no Rio

ANOTE NO CALENDÁRIO

A B3 vai abrir no dia da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios na estreia do novo feriado nacional

19 de novembro de 2024 - 7:02

É a primeira vez que o Dia da Consciência Negra consta no calendário dos feriados nacionais. Como de costume, as comemorações devem alterar o funcionamento dos principais serviços públicos

O CÉU É O LIMITE?

Rali do Trump Trade acabou? Bitcoin (BTC) se estabiliza, mas analistas apontam eventos-chave para maior criptomoeda do mundo chegar aos US$ 200 mil

18 de novembro de 2024 - 17:16

Mercado de criptomoedas se aproxima de uma encruzilhada: rumo ao topo ou a resultados medianos? Governo Trump pode ter a chave para o desfecho.

PÉ NO ACELERADOR

Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação

18 de novembro de 2024 - 13:31

Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa

DESTAQUES DA BOLSA

Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial

18 de novembro de 2024 - 12:27

O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil

18 de novembro de 2024 - 8:07

Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: balanço da Nvidia (NVDC34) e reunião do CMN são destaques em semana com feriado no Brasil

18 de novembro de 2024 - 7:03

A agenda econômica também conta com divulgação da balança comercial na Zona do Euro e no Japão; confira o que mexe com os mercados nos próximos dias

SD Select

Seu Dinheiro abre carteira de 17 ações que já rendeu 203% do Ibovespa e 295% do CDI desde a criação; confira

17 de novembro de 2024 - 12:00

Portfólio faz parte da série Palavra do Estrategista e foi montado pelo CIO da Empiricus, Felipe Miranda

ANTES DA CÚPULA

No G20 Social, Lula defende que governos rompam “dissonância” entre as vozes do mercado e das ruas e pede a países ricos que financiem preservação ambiental

16 de novembro de 2024 - 15:56

Comentários de Lula foram feitos no encerramento do G20 Social, derivação do evento criada pelo governo brasileiro e que antecede reunião de cúpula

NÃO TEVE B3, MAS OS GRINGOS OPERARAM

Nova York naufragou: ações que navegavam na vitória de Trump afundam e bolsas terminam com fortes perdas — Tesla (TSLA34) se salva

15 de novembro de 2024 - 18:10

Europa também fechou a sexta-feira (15) com perdas, enquanto as bolsas na Ásia terminaram a última sessão da semana sem uma direção comum, com dados da China e do Japão no radar dos investidores

DO ROXO AO VERMELHO

Warren Buffett não quer o Nubank? Megainvestidor corta aposta no banco digital em quase 20% — ação cai 8% em Wall Street 

15 de novembro de 2024 - 18:01

O desempenho negativo do banco digital nesta sexta-feira pode ser explicado por três fatores principais — e um deles está diretamente ligado ao bilionário

OS PLANOS DO BB

Banco do Brasil (BBAS3) de volta ao ataque: banco prevê virada de chave com cartão de crédito em 2025 

15 de novembro de 2024 - 17:02

Após fase ‘pé no chão’ depois da pandemia da covid-19, a instituição financeira quer expandir a carteira de cartão de crédito, que tem crescido pouco nos últimos dois anos

EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL

CEO da AgroGalaxy (AGXY3) entra para o conselho após debandada do alto escalão; empresa chama acionistas para assembleia no mês que vem

15 de novembro de 2024 - 16:16

Além do diretor-presidente, outros dois conselheiros foram nomeados; o trio terá mandato até a AGE marcada para meados de dezembro

BOLSA NA SEMANA

Ação da Americanas (AMER3) dispara 200% e lidera altas fora do Ibovespa  na semana, enquanto Oi (OIBR3) desaba 75%. O que está por trás das oscilações?

15 de novembro de 2024 - 13:21

A varejista e a empresa de telecomunicações foram destaque na B3 na semana mais curto por conta do feriado de 15 de novembro, mas por motivos exatamente opostos

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar