Ibovespa opera em alta firme e retoma os 118 mil pontos; dólar cai a R$ 4,16
A força demonstrada pelo varejo e pela indústria da China em dezembro neutraliza as preocupações com o PIB mais fraco do país. Como resultado, o Ibovespa e as bolsas globais sobem

A sexta-feria (17) é marcada por uma onda de calmaria nos mercados acionários globais, com as principais bolsas do mundo exibindo um tom positivo. Nesse cenário, o Ibovespa aproveita para se recuperar, dando continuidade aos ganhos de ontem.
Por volta de 17h10, o principal índice da bolsa brasileira avançava 1,24%, aos 118.153,50 pontos, na esteira do bom humor externo: nos Estados Unidos, o Dow Jones (+0,07%), o S&P 500 (+0,16%) e o Nasdaq (+0,02%) sobem e buscam novos recordes.
O mercado doméstico de câmbio também conseguiu respirar aliviado nesta sexta-feira: o dólar à vista fechou em baixa de 0,61%, a R$ 4,1646, afastando-se do patamar de R$ 4,20. A moeda americana, contudo, ainda acumulou ganhos de 1,74% na semana.
O principal fator de influência para as negociações nesta sexta-feira vem da Ásia, com a divulgação de uma série de dados econômicos da China. Num primeiro momento, as informações podem parecer negativas, mas, à segunda vista, os indicadores trazem uma sinalização positiva.
A má notícia é que o PIB chinês cresceu "apenas" 6,1% em 2019, o ritmo mais lento de expansão em quase três décadas. A boa é que a produção industrial do país avançou 6,9% em dezembro, enquanto as vendas no varejo saltaram 8% no mesmo período — números acima do esperado.
Assim, por mais que o PIB tenha decepcionado, a recuperação da indústria e do varejo chinês em dezembro indica que as medidas adotadas por Pequim no fim do ano passado para estimular da economia já começaram a surtir efeito. Desta maneira, há a perspectiva de aquecimento da atividade em 2020 — o que cria um cenário mais otimista para os mercados.
Leia Também
Juros em baixa
As curvas de juros acompanharam o alívio visto no dólar e terminaram em baixa, devolvendo parte dos ganhos de ontem. Veja como ficaram os principais DIs nesta sexta-feira:
- Janeiro/2021: de 4,45% para 4,42%;
- Janeiro/2023: de 5,69% para 5,67%;
- Janeiro/2025: de 6,43% para 6,39%;
- Janeiro/2027: de 6,82% para 6,75%.
Vale e siderúrgicas comemoram
Os dados animadores da produção industrial na China dão força às ações do setor de mineração e siderurgia, uma vez que o mercado chinês é um dos principais consumidores de minério de ferro e aço do mundo.
Nesse cenário, as ações ON da Vale (VALE3) sobem 2,99%, enquanto os papéis PN da Bradespar (BRAP4) avançam 3,11% — a empresa possui uma fatia relevante na mineradora.
Entre as siderúrgicas, Gerdau PN (GGBR4) tem ganho de 0,94% e Usiminas PNA (USIM5) valoriza 0,83%.
Dia positivo para as blue chips
As blue chips — ações de liquidez elevada e grande representatividade na composição do Ibovespa — sobem em bloco e dão força ao índice nesta sexta-feira. Em destaque, aparecem os papéis do setor bancário, que têm tido um desempenho bastante fraco em 2020.
Itaú Unibanco PN (ITUB4) sobe 0,49%, Bradesco PN (BBDC4) opera em alta de 2,31%, Banco do Brasil ON (BBAS3) avança 1,33% e as units do Santander Brasil (SANB11) valorizam 1,94%.
As ações da Petrobras também sobem, sustentadas pela leve alta do petróleo no exterior. No momento, os papéis PN da estatal (PETR4) avançam 0,81%, enquanto os ONs (PETR3) têm ganho de 1,22%.
Top 5
Confira os papéis de melhor desempenho do Ibovespa no momento:
- Totvs ON (TOTS3): +3,58%
- Bradespar PN (BRAP4): +3,13%
- Vale ON (VALE3): +3,12%
- Gol PN (GOLL4): +2,92%
- JBS ON (JBSS3): +2,67%
Veja também as maiores quedas do índice:
- Cogna ON (COGN3): -3,08%
- Cia Hering ON (HGTX3): -1,55%
- Suzano ON (SUZB3): -1,35%
- Cielo ON (CIEL3): -1,10%
- Fleury ON (FLRY3): -1,02%
Ações da Brava Energia (BRAV3) sobem forte e lideram altas do Ibovespa — desta vez, o petróleo não é o único “culpado”
O desempenho forte acontece em uma sessão positiva para o setor de petróleo, mas a valorização da commodity no exterior não é o principal catalisador das ações BRAV3 hoje
Correr da Vale ou para a Vale? VALE3 surge entre as maiores baixas do Ibovespa após dado de produção do 1T25; saiba o que fazer com a ação agora
A mineradora divulgou queda na produção de minério de ferro entre janeiro e março deste ano e o mercado reage mal nesta quarta-feira (16); bancos e corretoras reavaliam recomendação para o papel antes do balanço
Acionistas da Petrobras (PETR4) votam hoje a eleição de novos conselheiros e pagamento de dividendos bilionários. Saiba o que está em jogo
No centro da disputa pelas oito cadeiras disponíveis no conselho de administração está o governo federal, que tenta manter as posições do chairman Pietro Mendes e da CEO, Magda Chambriard
Deu ruim para Automob (AMOB3) e LWSA (LWSA3), e bom para SmartFit (SMFT3) e Direcional (DIRR3): quem entra e quem sai do Ibovespa na 2ª prévia
Antes da carteira definitiva entrar em vigor, a B3 divulga ainda mais uma prévia, em 1º de maio. A nova composição entra em vigor em 5 de maio e permanece até o fim de agosto
Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta
Bolsas continuam de olho nas tarifas dos EUA e avaliam dados do PIB da China; por aqui, investidores reagem a relatório da Vale
Península de saída do Atacadão: Família Diniz deixa quadro de acionistas do Carrefour (CRFB3) dias antes de votação sobre OPA
Após reduzir a fatia que detinha na varejista alimentar ao longo dos últimos meses, a Península decidiu vender de vez toda a participação restante no Atacadão
Respira, mas não larga o salva-vidas: Trump continua mexendo com os humores do mercado nesta terça
Além da guerra comercial, investidores também acompanham balanços nos EUA, PIB da China e, por aqui, relatório de produção da Vale (VALE3) no 1T25
Bolsas perdem US$ 4 trilhões com Trump — e ninguém está a salvo
Presidente norte-americano insiste em dizer que não concedeu exceções na sexta-feira (11), quando “colocou em um balde diferente” as tarifas sobre produtos tecnológicos
Alívio na guerra comercial injeta ânimo em Wall Street e ações da Apple disparam; Ibovespa acompanha a alta
Bolsas globais reagem ao anúncio de isenção de tarifas recíprocas para smartphones, computadores e outros eletrônicos
Azul (AZUL4) busca até R$ 4 bilhões em oferta de ações e oferece “presente” para acionistas que entrarem no follow-on; ações sobem forte na B3
Com potencial de superar os R$ 4 bilhões com a oferta, a companhia aérea pretende usar recursos para melhorar estrutura de capital e quitar dívidas com credores
Smartphones e chips na berlinda de Trump: o que esperar dos mercados para hoje
Com indefinição sobre tarifas para smartphones, chips e eletrônicos, bolsas esboçam reação positiva nesta segunda-feira; veja outros destaques
Guerra comercial: 5 gráficos que mostram como Trump virou os mercados de cabeça para baixo
Veja os gráficos que mostram o que aconteceu com dólar, petróleo, Ibovespa, Treasuries e mais diante da guerra comercial de Trump
A lanterna dos afogados: as 25 ações para comprar depois do caos, segundo o Itaú BBA
Da construção civil ao agro, analistas revelam onde ainda há valor escondido
Ibovespa é um dos poucos índices sobreviventes de uma das semanas mais caóticas da história dos mercados; veja quem mais caiu
Nasdaq é o grande vencedor da semana, enquanto índices da China e Taiwan foram os que mais perderam
Após semana intensa, bolsas conseguem fechar no azul apesar de nova elevação tarifária pela China; ouro bate recorde a US$ 3.200
Clima ainda é de cautela nos mercados, mas dia foi de recuperação de perdas para o Ibovespa e os índices das bolsas de NY
JP Morgan reduz projeção para o PIB brasileiro e vê leve recessão no segundo semestre; cortes de juros devem começar no fim do ano
Diante dos riscos externos com a guerra tarifária de Trump, economia brasileira deve retrair na segunda metade do ano; JP agora vê Selic em 1 dígito no fim de 2026
Senta que lá vem mais tarifa: China retalia (de novo) e mercados reagem, em meio ao fogo cruzado
Por aqui, os investidores devem ficar com um olho no peixe e outro no gato, acompanhando os dados do IPCA e do IBC-Br, considerado a prévia do PIB nacional
Gigantes da bolsa derretem com tarifas de Trump: pequenas empresas devem começar a chamar a atenção
Enquanto o mercado tenta entender como as tarifas de Trump ajudam ou atrapalham algumas empresas grandes, outras nanicas com atuação exclusivamente local continuam sua rotina como se (quase) nada tivesse acontecido
Dividendos e JCP: Santander (SANB11) anuncia o pagamento de R$ 1,5 bilhão em proventos; veja quem mais paga
Acionistas que estiverem inscritos nos registros do banco no dia 17 de abril terão direito ao JCP
Tarifa total de 145% dos EUA sobre a China volta a derrubar bolsas — Dow perde mais de 1 mil pontos e Ibovespa cai 1,13%; dólar sobe a R$ 5,8988
A euforia da sessão anterior deu lugar às incertezas provocadas pela guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo; Wall Street e B3 devolvem ganhos nesta quinta-feira (10)