BTG eleva preço-alvo da Direcional Engenharia e reitera recomendação de compra
Analistas do banco veem potencial de valorização de 35% nos papéis da construtora, e ações avançam mais de 2% nesta terça
O BTG Pactual reiterou a recomendação de compra para as ações da Direcional Engenharia (DIRR3) e elevou o preço-alvo para os papéis para R$ 18, um potencial de alta de 35% ante o fechamento de ontem. Nesta terça (19), os papéis avançavam 2,26% às 14h43, a R$ 13,60.
Em relatório divulgado hoje, os analistas Gustavo Cambauva, Elvis Credendio e Antonio Martins relatam que fizeram uma videoconferência com os principais executivos da Direcional (o CEO, Ricardo Gontijo, CFO, Henrique Paim, e o CFO da subsidiária Riva, Paulo Sousa), que se mostraram bastante otimistas com os dados fortes de vendas e lançamentos da companhia no terceiro trimestre.
Os executivos também acreditam que as perspectivas são boas, tanto para o segmento Minha Casa Minha Vida quanto para o segmento de média renda (Riva), refletindo a alta demanda, a maior acessibilidade financeira, a baixa competição nas regiões Norte e Nordeste (onde a empresa atua) e o controle das operações (aprovações, vendas e engenharia).
Os analistas concordam com a avaliação dos executivos e se dizem otimistas com o crescimento da companhia. "Projetamos crescimento forte em lançamentos (estimativa de R$ 2,7 bilhões em 2022, contra R$ 1,7 bilhão no ano passado), capaz de assegurar sólida expansão de lucros (expectativa de lucro por ação de R$ 1,33 em 2021 e R$ 2,03 em 2022)", dizem no relatório.
Eles atualizaram seus números com as prévias operacionais do terceiro trimestre, divulgadas na semana passada, com uma maior velocidade de lançamentos, devido à incorporação da Riva (que tem potencial de atingir R$ 1,5 bilhão em lançamentos por ano, segundo o relatório), com margens mais altas e maior velocidade de vendas.
"A demanda por empreendimentos do Minha Casa Minha Vida permanece forte e a Direcional vem mantendo margens brutas muito sólidas", diz o texto.
Além da forte demanda e da expectativa de crescimento para a companhia, outro fator que embasa a recomendação de compra do BTG é o valuation atrativo, isto é, a consideração de que a ação está barata ante o seu potencial.
Os analistas do BTG destacam que, com base nos números do segundo trimestre de 2020, a ação está negociando a cerca de dez vezes o seu múltiplo P/L (preço sobre lucro) projetado para 2021, e seis vezes o seu P/L projetado para 2022.