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Felipe Saturnino

Felipe Saturnino

Graduado em Jornalismo pela USP, passou pelas redações de Bloomberg e Estadão.

fechando a conta

Em sessão volátil, Ibovespa fecha em baixa com tombo de bolsas nos Estados Unidos, mas mantém 101 mil

Índice chegou a perder 100 mil pontos, refletindo aversão ao risco no exterior com repique de casos de coronavírus lá fora que derrubou bolsas americanas e europeias. Dólar também recua, enquanto juros ficam estáveis à espera do Copom

Felipe Saturnino
Felipe Saturnino
26 de outubro de 2020
18:30 - atualizado às 19:40
Guerra na Ucrânia pode levar à queda do império americano? EUA queda
Imagem: Shutterstock

O Ibovespa iniciou o primeiro pregão da semana em leve alta, nesta segunda-feira (26), destoando do mau humor externo. No fim do dia, após certa volatilidade, é verdade que o índice até cedeu à cautela externa e encerrou em baixa. Mas a queda foi tão leve que continuou, em parte, "descolada" da grande sessão negativa em Nova York.

Por lá, os principais índices acionários caíram ao menos 1,6%, em um misto de cautela com o aumento dos casos do coronavírus e a perspectiva para a recuperação econômica americana.

Por aqui, os danos foram bem menores: o Ibovespa encerrou a sessão em queda de 0,24%, cotado aos 101.016,96 pontos.

Foi um caminho pouco linear. Após abrir no azul, o índice oscilou próximo da estabilidade nas primeiras horas da tarde.

Por volta das 14h30, se firmou no terreno negativo e alcançou a mínima intradiária, perdendo os 100 mil pontos, em uma forte queda de 1,48%, aos 99.761,84 pontos. A partir daí, moderou as perdas até encerrar apontando levemente para baixo.

"No curto prazo, vai ter volatilidade", diz William Teixeira, responsável pela área de renda variável da Messem Investimentos, escritório filiado à XP Investimentos. "Só após meados de novembro, depois de eleições americanas e aqui, é possível esperar um mercado mais leve para irmos acima dos 100 mil", afirma ele.

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O especialista em ações destaca que o cenário externo negativo com a covid-19 e a falta de estímulos para a economia dos EUA pesou por aqui hoje.

Mas com a volta da agenda de reformas à pauta do Congresso, ele vê espaço para recuperação do índice, que acumula queda de 12,65% no ano, em razão da defasagem de papéis pesados — como Ambev, Petrobras e Bradesco, que caíram ao menos 23% em 2020.

Entre os destaques da bolsa de hoje, de novo estão as empresas que mais têm sofrido com a pandemia, reagindo às novas infecções nos EUA e na Europa: aéreas, de viagem e shoppings.

Top 5

Os papéis de Multiplan, Azul, Gol e CVC ficaram entre as cinco maiores quedas percentuais do dia.

Lá fora, o cenário foi de cautela nos mercados acionários na esteira do aumento dos casos de coronavírus nos Estados Unidos e na Europa, que forçou em alguns dos países do velho continente novas medidas de distanciamento social.

A extensão da pandemia alimenta a desconfiança dos investidores em relação a essas empresas aqui no Brasil, que necessitam da manutenção de liberdade de deslocamento e circulação para manterem seus negócios saudáveis. Veja as maiores quedas do índice:

CÓDIGOEMPRESAPREÇOVARIAÇÃO
MULT3Multiplan ONR$ 20,30 -4,29%
CVCB3CVC ONR$ 14,43-4,25%
BRML3 BR Malls ON R$ 9,09 -3,61%
GOLL4Gol PNR$ 18,96 -3,61%
AZUL4Azul PNR$ 26,14 -3,54%

As ações do Santander lideraram as altas do índice hoje, com a expectativa para o balanço da companhia, a ser divulgado amanhã, antes da abertura dos mercados. Como o Vinícius Pinheiro escreveu, os grandes bancos começam a olhar crise pelo retrovisor, mas o lucro dessas companhias ainda deve cair.

Os papéis da Ambev também avançaram hoje com base nas expectativas para o balanço da empresa. Os resultados trimestrais da Ambev serão divulgados na quinta (29). Foi o mesmo caso das ações da Cielo, que reportam seus números na terça (27).

O setor de saúde também estrelou os ganhos do índice hoje, uma vez que tanto ações de Hapvida e NotreDame Intermédica tiveram avanços fortes. A NotreDame foi às compras de novo, em busca de consolidação no Estado do Paraná, dando aos investidores a visão de que o setor está em expansão, puxando também os papéis de Hapvida. Veja as maiores altas do dia:

CÓDIGOEMPRESAPREÇOVARIAÇÃO
SANB11Santander Brasil unitsR$ 34,92 3,74%
CIEL3Cielo ONR$ 3,88 3,47%
GNDI3Intermédica ONR$ 66,53 3,40%
HAPV3Hapvida ONR$ 65,70 3,09%
ABEV3Ambev ONR$ 14,20 2,23%

Dólar e juros

O dólar, como o Ibovespa, mostrou volatilidade, após registrar ganhos pela manhã e depois chegar a cair. A divisa terminou o dia em queda de 0,26%, a R$ 5,6151.

O dia hoje, no entanto, foi de valorização da moeda americana com a fuga ao risco reparada pelo tombo das bolsas. Segundo o Dollar Index (DXY), índice que compara o dólar a uma cesta de moedas como euro, libra e iene, a divisa subiu 0,33%.

O dólar também se valorizou frente a moedas pares emergentes do real, como peso mexicano, rublo russo e rand sul-africano.

"De um jeito ou de outro, nossa bolsa foi melhor do que a de Nova York e o real foi melhor que os pares", diz Cleber Alessie, operador de câmbio da Commcor. "Me parece que o cenário de calmaria política ainda ajuda a taxa de câmbio."

"Acho difícil um câmbio apreciando nos próximos meses, tem mais cara de se aproximar de R$ 6 do que de R$ 5", diz Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados.

À espera do Copom de quarta (28), os juros futuros fecharam próximos da estabilidade, com pequena alta em vértices mais longos, após operarem para cima a maior parte do dia, refletindo a aversão ao risco no exterior, se ajustando à queda do dólar.

Segundo Vale, no entanto, a curva de juros nos trechos mais longos continua pressionada em razão do cenário fiscal, uma vez que a taxa de vencimento de janeiro de 2022, para daqui a pouco mais de um ano, continua acima dos 3%.

Os economistas agora estipulam a Selic em 2,75% ao fim do ano que vem, mostrou a pesquisa Focus (previam 2,5% antes).

"O BC tem que sentar e falar que ele espera isso ou aquilo, tem que ser mais vocal para o mercado convergir nas expectativas para o futuro dos juros", diz ele.

Confira as taxas dos principais vencimentos:

  • Janeiro/2021: de 1,96% para 1,955%
  • Janeiro/2022: estável em 3,43%
  • Janeiro/2023: de 4,87% para 4,88%
  • Janeiro/2025: estável em 6,60%

Bolsas americanas fecham em queda forte

Em meio à nova onda de coronavírus nos EUA e na Europa e também com a proximidade das eleições presidenciais americanas, os investidores internacionais optaram pela cautela. O cenário para a aprovação de um novo pacote de estímulos à economia americana, tão esperado para revigorar a atividade do país, segue indefinido.

Hoje, o diretor do Conselho Econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, disse que as negociações pelo pacote "certamente desaceleraram", mas ainda não acabaram.

A presidente da Câmara dos Deputados do país, a democrata Nancy Pelosi, disse que quer um pacote, mas criticou a falta de plano para testes de covid-19 na ajuda fiscal.

Nesse cenário de vaivém, as bolsas americanas, que começaram o dia em baixa, continuaram a sessão em baixa e fecharam em quedas fortes. O S&P 500 caiu 1,86%, o Dow Jones, 2,3% e o Nasdaq, 1,64%.

As principais praças europeias também terminaram em queda.

Os Estados Unidos registraram mais de 80 mil casos tanto na sexta como no sábado e na França no domingo houve mais de 52 mil casos identificados, o que são as novas máximas de casos nos dois países, em meio à chamada segunda onda da covid-19.

Além da preocupação com o avanço do coronavírus, os investidores também repercutem de forma negativa alguns indicadores econômicos divulgados nesta manhã.

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