Ibovespa ignora NY e vai acima dos 110 mil pontos; dólar cai 1% com fluxo estrangeiro
Índice renova máxima desde o início da pandemia. Enquanto isso, S&P 500 e Dow Jones seguem em queda, com número maior do que o esperado de pedidos de seguro-desemprego. Moeda americana e juros fecham em queda

O Ibovespa passou a subir a partir das 14h50 nesta quarta-feira (25), tentando manter o rali recente do índice e ignorando o desempenho de queda dos índices à vista S&P 500 e Dow Jones em Nova York. O principal índice acionário da bolsa brasileira, só em novembro, acumula alta superior a 16%.
Ontem, foi visto um novo forte movimento de ganhos das ações globalmente com a transição de Donald Trump para Joe Biden autorizada nos Estados Unidos, a visão de mais estímulos na praça com a nomeação de Janet Yellen para o Tesouro do país e o otimismo com a vacina pela covid-19 — e o Ibovespa, ao fim da sessão, avançou fortes 2,24%.
Na mesma ocasião, o Dow Jones, em que estão listadas 30 ações de companhias de diversos segmentos da indústria, teve verdadeiramente uma sessão de gala, renovando a máxima histórica e rompendo pela primeira vez o nível de 30 mil pontos.
Os investidores chegaram a se aproveitar para realizar alguns lucros mais cedo, mas por volta das 17h20 o Ibovespa sobe 0,4%, para 110.180 pontos — na mínima, registrou recuo de 0,4%; na máxima, chegou a subir 0,74%, para 110.595,81 pontos.
Papéis como Vale e Magazine Luiza, que juntos representam participação de 14% do índice, sobem e guiam a alta do índice.
As maiores altas percentuais respondem pelas ações PetroRio ON e CVC ON, siderúrgicas como Usiminas e CSN, além de shoppings, como Iguatemi e BR Malls. Veja as maiores altas:
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CÓDIGO | EMPRESA | PREÇO (R$) | VARIAÇÃO |
CVCB3 | CVC ON | 17,77 | 8,69% |
PRIO3 | PetroRio ON | 48,73 | 7,57% |
USIM5 | Usiminas PNA | 13,25 | 6,17% |
EQTL3 | Equatorial ON | 21,78 | 5,22% |
NTCO3 | Natura ON | 50,00 | 3,54% |
Enquanto isso, ações como as de bancos (com exceção para as units do Santander) e Petrobras, que tiveram uma sessão de ganhos elevados ontem, caem hoje. Confira as maiores baixas:
CÓDIGO | EMPRESA | PREÇO (R$) | VARIAÇÃO |
COGN3 | Cogna ON | 4,90 | -2,39% |
ELET3 | Eletrobras ON | 31,48 | -1,90% |
YDUQ3 | Yduqs ON | 30,75 | -1,60% |
ITSA4 | Itaúsa PN | 10,79 | -1,37% |
BBDC3 | Bradesco ON | 22,65 | -1,26% |
Agentes financeiros também digerem a agenda econômica americana que detalha o estado da atividade do país em meio aos impactos persistentes do coronavírus.
No radar, a segunda leitura do PIB do terceiro trimestre dos Estados Unidos mostrou crescimento à taxa anualizada de 33,1% — dado idêntico à da primeira leitura.
Além disso, o número de pedidos de seguro-desemprego subiu acima das expectativas de analistas de 730 mil na semana passada, para 778 mil, levantando preocupações a respeito da lentidão da recuperação econômica em meio à segunda onda da covid-19.
Ainda pela manhã, dados de renda pessoal e sentimento do consumidor, por seu turno, recuaram mais do que o esperado, também pesando sobre o humor dos agentes.
À tarde, os investidores voltaram os seus olhos para a política monetária, com a ata do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) relativa à reunião realizada nos dias 4 e 5 de novembro.
O documento mostra que atividade econômica segue se recuperando, mas ainda está em níveis pré-pandemia no país. O coronavírus, segundo dirigentes do Fed, continua a impor consideráveis riscos à frente para a economia, e a sua disseminação e impactos na Europa afetam a economia do país americano, diz a autoridade monetária.
Os dirigentes do BC dos EUA julgam necessário manter o atual patamar de juros, na faixa entre 0% e 0,25%, enquanto não for atingido o objetivo máximo de emprego e de inflação média. Ata também mostra que Fed acha que é apropriado manter a compra de títulos.
Dólar cai com fluxo externo e juros se descomprimem de olho em fiscal
No mercado de câmbio, por sua vez, o dólar abriu em alta mas passou operar em queda nos primeiros 20 minutos de sessão, mantendo a trajetória mensal que já levou a moeda a acumular baixa de 7% em novembro.
A divulgação de dados das contas externas brasileiras e investimentos estrangeiro no país contribuiu com o movimento de depreciação da moeda. Por fim, o dólar recuou 1,03%, para R$ 5,3202.
O Dollar Index (DXY), índice que compara o dólar a moedas fortes como euro, libra e iene, também registra baixa, de 0,2%. Diante de moedas emergentes, o dólar apresenta agora levíssima queda diante de pares do real, como rand sul-africano e peso mexicano.
Os juros futuros dos contratos de depósitos interbancários, por fim, fecharam em queda nesta terça, motivados pela queda do dólar e monitorando a questão fiscal. Veja as taxas para os vencimentos agora:
- Janeiro/2021: de 1,936% para 1,922%
- Janeiro/2022: de 3,40% para 3,35%
- Janeiro/2023: de 5,19% para 5,14%
- Janeiro/2025: de 7,01% para 6,94%
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