🔴 QUER INVESTIR NAS MELHORES CRIPTOMOEDAS DO MOMENTO? SAIBA COMO CLICANDO AQUI

Estadão Conteúdo

Crise dentro da crise

BC queima US$ 7 bilhões para tentar segurar dólar

Pressão no câmbio reflete as dúvidas dos investidores sobre o futuro político do governo do presidente Jair Bolsonaro, após o pedido de demissão do ministro da Justiça, Sérgio Moro

Estadão Conteúdo
25 de abril de 2020
8:29 - atualizado às 8:19
dinheiro dólar
Imagem: Shutterstock

O caos político que se instalou no Brasil fez o Banco Central (BC) "queimar" US$ 7 bilhões nos últimos três dias para tentar segurar as cotações do dólar no Brasil. Mas a bateria de leilões de moeda do BC, intensificados desde a última quarta-feira, foram incapazes de acalmar o mercado até agora.

A pressão no câmbio reflete as dúvidas dos investidores sobre o futuro político do governo do presidente Jair Bolsonaro, após o pedido de demissão do ministro da Justiça, Sérgio Moro, oficializado nesta sexta.

Também pesaram nos últimos dias declarações do presidente do BC, Roberto Campos Neto, em entrevista ao Estadão Live Talks da última segunda-feira.

Leia também:

Na ocasião, ele sinalizou novo corte da Selic (a taxa básica de juros), atualmente em 3,75% ao ano. Além disso, surgiu a visão de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, perdeu prestígio e pode ser o próximo a deixar o governo.

Em meio à perspectiva de que a taxa básica de juros (Selic) possa cair para 3% ao ano no início de maio, quando ocorre reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, a alta do dólar ante o real se intensificou na quarta-feira.

Por trás do movimento está a avaliação dos investidores de que, com juros mais baixos, o Brasil se tornará ainda menos atrativo ao capital internacional.

Leia Também

Ainda na quarta-feira, o ministro-chefe da Casa Civil, general Walter Braga Netto, anunciou em evento no Planalto um plano de investimentos de R$ 300 bilhões para a recuperação econômica do Brasil pós-pandemia.

O detalhe é que nenhum integrante do ministério da Economia participou do anúncio. A equipe de Guedes, na verdade, vê com preocupação a possibilidade de o governo lançar um plano de investimentos, já que não há recursos para isso.

Para reduzir a pressão no câmbio na quarta-feira, o BC vendeu um total de US$ 880 milhões em swaps cambiais. Foram duas operações. O swap é um tipo de contrato que, ao ser negociado, tem o efeito equivalente à venda de dólares no mercado futuro. Ainda assim, o dólar à vista subiu 1,90%, aos R$ 5,4087.

Prestígio

A percepção de que o ministro Paulo Guedes perdeu prestígio deu novo impulso ao dólar ante o real na quinta-feira. A visão de boa parte dos economistas e operadores do mercado financeiro é a de que o governo Bolsonaro pode dar uma guinada na área econômica, abandonando a orientação liberal da equipe de Guedes em favor de uma postura mais desenvolvimentista, ancorada no investimento estatal.

A situação piorou em meio às notícias de que o ministro da Justiça, Sergio Moro, poderia pedir demissão.

Novamente, para reduzir a volatilidade no câmbio, o BC vendeu ao mercado um total de US$ 1,900 bilhão em contratos de swap, em quatro operações espalhadas ao longo do dia. Não adiantou: o dólar à vista encerrou a sessão em alta de 2,22%, aos R$ 5,4087.

Ontem, a pressão no câmbio continuou aumentando. Após o Diário Oficial da União trazer, ainda durante a madrugada, a exoneração de Maurício Valeixo do cargo de diretor-geral da Polícia Federal (PF), ficou claro para o mercado financeiro que Sergio Moro iria deixar o governo.

Para apagar o incêndio, o BC começou a atuar no câmbio logo no início da sessão. Os leilões de moeda foram intensificados após as 11h, quando Moro oficializava em entrevista sua saída. Assim, até o início da tarde, o BC já havia realizado três leilões de swap no valor de R$ 1,400 bilhão, dois leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra no futuro) no total de US$ 700 milhões e quatro operações de venda à vista de dólares das reservas internacionais, de US$ 2,175 bilhões. Apenas ontem, o BC realizou vendas de US$ 4,2755 bilhões.

Considerando os últimos três dias, então, as atuações somam US$ 7 bilhões. Ainda assim, o dólar bateu recordes ante o real. No pico de ontem, chegou a ser cotado a R$ 5,7484 - o maior valor nominal da história, mas acabou fechando em R$ 5, 6614, recorde para um fechamento.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Prazo de validade: Ibovespa tenta acompanhar correção das bolsas internacionais, mas ainda há um Trump no meio do caminho

8 de abril de 2025 - 8:15

Bolsas recuperam-se parcialmente das perdas dos últimos dias, mas ameaça de Trump à China coloca em risco a continuidade desse movimento

QUEM VAI FICAR COM ELE?

Banco Master: Reunião do Banco Central indica soluções para a compra pelo BRB — propostas envolvem o BTG

6 de abril de 2025 - 12:13

Apesar do Banco Central ter afirmado que a reunião tratou de “temas atuais”, fontes afirmam que o encontro foi realizado para discutir soluções para o Banco Master

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell

4 de abril de 2025 - 8:16

Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem

ADEUS, CARTÃO

Pix parcelado já tem data marcada: Banco Central deve disponibilizar atualização em setembro e mecanismo de devolução em outubro

3 de abril de 2025 - 18:29

Banco Central planeja lançar o Pix parcelado, aprimorar o Mecanismo Especial de Devolução e expandir o pagamento por aproximação ainda em 2025; em 2026, chega o Pix garantido

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Trump Day: Mesmo com Brasil ‘poupado’ na guerra comercial, Ibovespa fica a reboque em sangria das bolsas internacionais

3 de abril de 2025 - 8:14

Mercados internacionais reagem em forte queda ao tarifaço amplo, geral e irrestrito imposto por Trump aos parceiros comerciais dos EUA

60 ANOS DE BC

Não haverá ‘bala de prata’ — Galípolo destaca desafios nos canais de transmissão da política monetária

2 de abril de 2025 - 16:50

Na cerimônia de comemoração dos 60 anos do Banco Central, Gabriel Galípolo destacou a força da instituição, a necessidade de aprimorar os canais de transmissão da política monetária e a importância de se conectar com um público mais amplo

O QUE ESPERAR?

Banco Master: Compra é ‘operação resgate’? CDBs serão honrados? BC vai barrar? CEO do BRB responde principais dúvidas do mercado

1 de abril de 2025 - 10:23

O CEO do BRB, Paulo Henrique Costa, nega pressão política pela compra do Master e endereça principais dúvidas do mercado

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Vale tudo na bolsa? Ibovespa chega ao último pregão de março com forte valorização no mês, mas de olho na guerra comercial de Trump

31 de março de 2025 - 8:18

O presidente dos Estados Unidos pretende anunciar na quarta-feira a imposição do que chama de tarifas “recíprocas”

conteúdo EQI

Protege contra a inflação e pode deixar a Selic ‘no chinelo’: conheça o ativo com retorno-alvo de até 18% ao ano e livre de Imposto de Renda

30 de março de 2025 - 8:00

Investimento garimpado pela EQI Investimentos pode ser “chave” para lucrar com o atual cenário inflacionário no Brasil; veja qual é

DE OLHO NOS CALOTES

Nubank (ROXO34): Safra aponta alta da inadimplência no roxinho neste ano; entenda o que pode estar por trás disso

28 de março de 2025 - 19:00

Uma possível explicação, segundo o Safra, é uma nova regra do Banco Central que entrou em vigor em 1º de janeiro deste ano. 

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Esporte radical na bolsa: Ibovespa sobe em dia de IPCA-15, relatório do Banco Central e coletiva de Galípolo

27 de março de 2025 - 8:20

Galípolo concederá entrevista coletiva no fim da manhã, depois da apresentação do Relatório de Política Monetária do BC

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Ato falho relevante: Ibovespa tenta manter tom positivo em meio a incertezas com tarifas ‘recíprocas’ de Trump

26 de março de 2025 - 8:22

Na véspera, teor da ata do Copom animou os investidores brasileiros, que fizeram a bolsa subir e o dólar cair

conteúdo EQI

Selic em 14,25% ao ano é ‘fichinha’? EQI vê juros em até 15,25% e oportunidade de lucro de até 18% ao ano; entenda

25 de março de 2025 - 14:00

Enquanto a Selic pode chegar até 15,25% ao ano segundo analistas, investidores atentos já estão aproveitando oportunidades de ganhos de até 18% ao ano

TÁ NA ATA

Sem sinal de leniência: Copom de Galípolo mantém tom duro na ata, anima a bolsa e enfraquece o dólar

25 de março de 2025 - 12:10

Copom reitera compromisso com a convergência da inflação para a meta e adverte que os juros podem ficar mais altos por mais tempo

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Cuidado com a cabeça: Ibovespa tenta recuperação enquanto investidores repercutem ata do Copom

25 de março de 2025 - 8:13

Ibovespa caiu 0,77% na segunda-feira, mas acumula alta de quase 7% no que vai de março diante das perspectivas para os juros

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Inocentes ou culpados? Governo gasta e Banco Central corre atrás enquanto o mercado olha para o (fim da alta dos juros e trade eleitoral no) horizonte

25 de março de 2025 - 6:39

Iminência do fim do ciclo de alta dos juros e fluxo global favorecem, posicionamento técnico ajuda, mas ruídos fiscais e políticos impõem teto a qualquer eventual rali

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Eles perderam a fofura? Ibovespa luta contra agenda movimentada para continuar renovando as máximas do ano

24 de março de 2025 - 8:05

Ata do Copom, balanços e prévia da inflação disputam espaço com números sobre a economia dos EUA nos próximos dias

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: Ata do Copom, IPCA-15 e PIB nos EUA e Reino Unido dividem espaço com reta final da temporada de balanços no Brasil

24 de março de 2025 - 7:03

Semana pós-Super Quarta mantém investidores em alerta com indicadores-chave, como a Reunião do CMN, o Relatório Trimestral de Inflação do BC e o IGP-M de março

MACRO EM FOCO

Juros nas alturas têm data para acabar, prevê economista-chefe do BMG. O que esperar do fim do ciclo de alta da Selic?

23 de março de 2025 - 12:01

Para Flávio Serrano, o Banco Central deve absorver informações que gerarão confiança em relação à desaceleração da atividade, que deve resultar em um arrefecimento da inflação nos próximos meses

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Não fique aí esperando: Agenda fraca deixa Ibovespa a reboque do exterior e da temporada de balanços

21 de março de 2025 - 8:21

Ibovespa interrompeu na quinta-feira uma sequência de seis pregões em alta; movimento é visto como correção

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar