Acionistas da Via Varejo aprovam mudança no estatuto e abrem caminho para a venda da empresa
Em assembleia, os acionistas da Via Varejo — dona das Casas Bahia e do Ponto Frio — decidiram alterar o estatuto social da empresa, excluindo uma cláusula que dificultava a venda da fatia detida pelo GPA
Os mercados brasileiros passaram o dia ansiosos, contando os minutos para o fechamento da bolsa. Afinal, um capítulo inédito da saga da venda da Via Varejo seria disponibilizado nesta segunda-feira (3), mas apenas depois das 17h — e a expectativa era grande.
E o novo episódio não decepcionou os agentes financeiros. Afinal, os acionistas da dona da Casas Bahia e do Ponto Frio decidiram hoje, em assembleia, alterar o estatuto social da companhia — e, com a mudança, ficará mais fácil para que eventuais interessados em comprar a Via Varejo possam aprofundar as conversas.
A cláusula que foi excluída do estatuto é a chamada "poison pill". Trata-se um mecanismo que inibe a concentração de fatias grandes do capital social da companhia sob um único acionista, seja por meio de uma aquisição ou por operações sucessivas na bolsa — a ideia é proteger os interesses dos acionistas minoritários.
A pílula da Via Varejo entraria em funcionamento caso algum novo acionista atingisse uma participação superior a 20%, obrigando-o a promover uma oferta pública de aquisição da totalidade das ações (OPA) — ou seja, estendendo a todos os acionistas uma proposta de compra dos papéis.
Mas, no caso da dona das Casas Bahia, a existência desse artigo representava um entrave para os planos do grupo Pão de Açúcar (GPA), que desde 2016 quer se desfazer de sua participação na empresa — atualmente, o GPA detém uma fatia de 36,27% na Via Varejo.
Vitória de lavada
A assembleia para decidir sobre a exclusão da "poison pill" ocorreu nesta manhã, mas os resultados só foram conhecidos no início desta noite. E a decisão foi quase unânime.
Leia Também
Ao todo, acionistas detentores de 930,9 milhões de papéis da companhia votaram pela extinção da cláusula — uma fatia bem menor votou pela manutenção do estatuto nos termos atuais, equivalente a 5,46 milhões de ações. Não houve nenhuma abstenção, de acordo com o mapa final de votação.
Sem a cláusula, a busca do GPA para um comprador de sua fatia na companhia fica bem mais fácil. E, em meio à expectativa quanto ao desfecho da reunião, o mercado assumiu uma postura otimista em relação aos ativos da empresa nesta segunda-feira.
Ao fim do pregão, as ações ON da Via Varejo (VVAR3) fecharam em alta de 5,53%, a R$ 4,96 — o melhor desempenho do Ibovespa na sessão de hoje. Este é o maior nível de encerramento para os papéis desde 25 de fevereiro, quando valiam R$ 4,97.
Portas abertas
Com a exclusão da "poison pill", a tendência é que o noticiário a respeito da venda da Via Varejo ganhe cada vez mais força nos próximos dias — e os rumores quanto aos potenciais interessados só aumentam.
Neste fim de semana, o jornalista Lauro Jardim, de O Globo, colocou a Lojas Americanas na lista de possíveis compradoras, o que movimentou os mercados nesta segunda-feira. Mas, questionada pelo Seu Dinheiro, a companhia limitou-se a afirmar que a informação "não procede", não entrando em maiores detalhes sobre seus planos para o futuro.
Na semana passada, a Starboard — uma companhia especializada na reestruturação de empresas — despontou como interessada em fechar uma transação com a dona das Casas Bahia e do Ponto Frio. A Starboard já possui 72% da Máquina de Vendas, que, por sua vez é proprietária da rede Ricardo Eletro.
Outro interessado na Via Varejo é Michael Klein, ex-dono das Casas Bahia, que já afirmou publicamente que avalia a compra de ações da empresa. Atualmente, a família Klein detém 25,24% da companhia, ficando atrás apenas do próprio GPA — outros 38,46% estão com os acionistas minoritários.
Por fim, o grupo francês Casino — controlador do GPA — já confirmou que estava "estudando opções estratégicas" na América Latina, no contexto de uma revisão permanente de seus investimentos na região. No começo do mês, ganharam força rumores de que o Casino pretendia combinar seus ativos latinoamericanos, numa estrutura que envolveria o GPA, a Via Varejo e o Grupo êxito, na Colômbia.
O Google vai ser obrigado a vender o Chrome? Itaú BBA explica por que medida seria difícil — mas ações caem 5% na bolsa mesmo assim
Essa seria a segunda investida contra monopólios ilegais nos EUA, desde a tentativa fracassada de desmembrar a Microsoft, há 20 anos
Nvidia (NVDC34) vê lucro mais que dobrar no ano — então, por que as ações caem 5% hoje? Entenda o que investidores viram de ruim no balanço
Ainda que as receitas tenham chegado perto dos 100% de crescimento, este foi o primeiro trimestre com ganhos percentuais abaixo de três dígitos na comparação anual
Que crise? Weg (WEGE3) quer investir US$ 62 milhões na China para aumentar capacidade de fábrica
O investimento será realizado nos próximos anos e envolve um plano que inclui a construção de um prédio de 30 mil m², com capacidade para fabricação de motores de alta tensão
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Em busca de dividendos? Curadoria seleciona os melhores FIIs e ações da bolsa para os ‘amantes’ de proventos (PETR4, BBAS3 e MXRF11 estão fora)
Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, liberou acesso gratuito à carteira Double Income, que reúne os melhores FIIs, ações e títulos de renda fixa para quem busca “viver de renda”
R$ 4,1 bilhões em concessões renovadas: Copel (CPLE6) garante energia para o Paraná até 2054 — e esse banco explica por que você deve comprar as ações
Companhia paranaense fechou o contrato de 30 anos referente a concessão de geração das usinas hidrelétricas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Equatorial (EQTL3) tem retorno de inflação +20% ao ano desde 2010 – a gigante de energia pode gerar mais frutos após o 3T24?
Ações da Equatorial saltaram na bolsa após resultados fortes do 3º tri; analistas do BTG calculam se papel pode subir mais após disparada nos últimos anos
‘Mãe de todos os ralis’ vem aí para a bolsa brasileira? Veja 3 razões para acreditar na disparada das ações, segundo analista
Analista vê três fatores que podem “mudar o jogo” para o Ibovespa e a bolsa como um todo após um ano negativo até aqui; saiba mais
Grupo Mateus: Santander estabelece novo preço-alvo para GMAT3 e prevê valorização de 33% para as ações em 2025; saiba se é hora de comprar
O banco reduziu o preço-alvo para os papéis da varejista de alimentos em relação à 2024, mas mantém otimismo com crescimento e parceria estratégica
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial
O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada
Inscrições para o programa da XP e Copa Energia acabam hoje (18); confira essas e outras vagas para estágio e trainee com bolsa-auxílio de até R$ 7,6 mil
Os aprovados nos programas de estágio e trainee devem começar a atuar a partir do primeiro semestre de 2025; as inscrições ocorrem durante todo o ano
Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3) voltam a ficar no radar das privatizações e analistas dizem qual das duas tem mais chance de brilhar
Ambas as empresas já possuem capital aberto na bolsa, mas o governo mineiro é quem detém o controle das empresas como acionista majoritário
Lucro dos bancos avança no 3T24, mas Selic alta traz desafios para os próximos resultados; veja quem brilhou e decepcionou na temporada de balanços
Itaú mais uma vez foi o destaque entre os resultados; Bradesco avança em reestruturação e Nubank ameaça desacelerar, segundo analistas
Warren Buffett não quer o Nubank? Megainvestidor corta aposta no banco digital em quase 20% — ação cai 8% em Wall Street
O desempenho negativo do banco digital nesta sexta-feira pode ser explicado por três fatores principais — e um deles está diretamente ligado ao bilionário
Banco do Brasil (BBAS3) de volta ao ataque: banco prevê virada de chave com cartão de crédito em 2025
Após fase ‘pé no chão’ depois da pandemia da covid-19, a instituição financeira quer expandir a carteira de cartão de crédito, que tem crescido pouco nos últimos dois anos
CEO da AgroGalaxy (AGXY3) entra para o conselho após debandada do alto escalão; empresa chama acionistas para assembleia no mês que vem
Além do diretor-presidente, outros dois conselheiros foram nomeados; o trio terá mandato até a AGE marcada para meados de dezembro
Ações do Alibaba caem 2% em Nova York após melhora dos resultados trimestrais. Por que o mercado torce o nariz para a gigante chinesa?
Embora o resultado do grupo tenha crescido em algumas métricas no trimestre encerrado em setembro, ficaram abaixo das projeções do mercado — mas não é só isso que explica a baixa dos ativos