Fundo Verde volta a aumentar posição em bolsa
Em carta aos cotistas, gestora de Luis Stuhlberger também demonstra preocupação com os fantasmas da guerra comercial global
A carta de gestão do Fundo Verde, de Luis Stuhlberger, referente ao mês de julho veio bem mais enxuta em comparação com a do mês anterior, quando foram dedicadas algumas páginas a justificar postura positiva com o Brasil, de uma casa conhecida pela cautela. Mas a mensagem principal, que vem sendo construída desde maio, é esta: “o fundo voltou a aumentar sua posição em ações brasileiras”.
Ainda na parte de estratégia, o Verde afirma que a posição vendida em bolsa global via opções foi incrementada, como hedge (proteção) do portfólio. A posição aplicada em juro real foi parcialmente alongada e foi mantida a posição tomada em inclinação de juros nos EUA.
A carta é referente ao mês de julho, quanto o fundo rendeu 0,44%, contra 0,57% do CDI, mas há um comentário sobre esses primeiros dias de agosto que “reavivaram os fantasmas da guerra comercial global, com o presidente Trump impondo nova rodada de tarifas na China, e os chineses respondendo com desvalorização do Renminbi”.
“Embora bastante positivos com as perspectivas para a economia brasileira, esse recrudescimento nos preocupa na medida em que põe em risco o crescimento global. Na margem, também aumenta a probabilidade de mais acomodação monetária por parte dos Bancos Centrais”, diz o documento.
Ainda de acordo com o Verde, a aprovação da reforma da Previdência em primeiro turno “foi melhor do que o mais otimista dos prognósticos” e coloca o país em trajetória fiscal mais saudável, permitindo taxas de juros estruturalmente mais baixas. O primeiro sinal desse quadro foi o corte de meio ponto na Selic, para 6% ao ano, pelo Comitê de Política Monetária (Copom).
Além disso, o Verde destaca que até o fim de julho, o mercado brasileiro passava pelo processo de digerir mais de R$ 24 bilhões de reais em ofertas de ações, “com uma acomodação bastante saudável dos preços”.
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