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Eduardo Campos
Eduardo Campos
Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.
Gestoras

Fundo Verde está disposto a tomar mais risco, mas com certa cautela

Em carta aos cotistas, gestora afirma que voltou a ampliar sua posição em ações brasileiras

Eduardo Campos
Eduardo Campos
5 de setembro de 2019
15:22
Luis Stuhlberger, sócio e gestor da Verde Asset
Luis Stuhlberger, sócio e gestor da Verde Asset - Imagem: Leo Martins

A carta de gestão do Fundo Verde, de Luis Stuhlberger, referente ao mês de agosto repetiu uma mensagem do mês anterior: “O fundo voltou a aumentar sua posição em ações brasileiras”.

Os gestores já detalharam em outras cartas a visão mais construtiva com relação ao crescimento brasileiro e como isso não está no preço dos ativos. Agora, depois de comentar o “conturbado” mês de agosto, dizem que:

“Temos visto mais oportunidades de aumentar do que diminuir o risco dos portfólios, mas a complexidade do ambiente nos mantém permanentemente de sobreaviso.”

Na carta, estão listados o recrudescimento da guerra comercial e a surpresa com o resultado das primárias eleitorais argentinas, que “praticamente sacramentaram o retorno do peronismo/kirchnerismo ao poder”.

Para o Verde, como a Argentina já perdeu muito peso após a recessão do ano passado, os impactos econômicos para o Brasil são pequenos, mas não irrelevantes.

No front local, a carta chama atenção para “nova rodada de declarações inusitadas por parte do presidente, especialmente no tema ambiental, com algum impacto potencial negativo nas relações externas do país”.

Em agosto, o fundo alta de 0,18%, contra 0,5% do CDI e acumula valorização de 8,79% no ano (CDI sobe 4,18%).

Além de ampliar posição em ações, o fundo zerou uma posição defensiva que tinha no mercado americano. A posição aplicada em juro real se manteve estável, assim como a posição tomada em inclinação de juros nos EUA. A posição vendida no dólar contra o real via opções foi aumentada ao longo do mês.

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