Fundo Verde está disposto a tomar mais risco, mas com certa cautela
Em carta aos cotistas, gestora afirma que voltou a ampliar sua posição em ações brasileiras
A carta de gestão do Fundo Verde, de Luis Stuhlberger, referente ao mês de agosto repetiu uma mensagem do mês anterior: “O fundo voltou a aumentar sua posição em ações brasileiras”.
Os gestores já detalharam em outras cartas a visão mais construtiva com relação ao crescimento brasileiro e como isso não está no preço dos ativos. Agora, depois de comentar o “conturbado” mês de agosto, dizem que:
“Temos visto mais oportunidades de aumentar do que diminuir o risco dos portfólios, mas a complexidade do ambiente nos mantém permanentemente de sobreaviso.”
Na carta, estão listados o recrudescimento da guerra comercial e a surpresa com o resultado das primárias eleitorais argentinas, que “praticamente sacramentaram o retorno do peronismo/kirchnerismo ao poder”.
Para o Verde, como a Argentina já perdeu muito peso após a recessão do ano passado, os impactos econômicos para o Brasil são pequenos, mas não irrelevantes.
No front local, a carta chama atenção para “nova rodada de declarações inusitadas por parte do presidente, especialmente no tema ambiental, com algum impacto potencial negativo nas relações externas do país”.
Em agosto, o fundo alta de 0,18%, contra 0,5% do CDI e acumula valorização de 8,79% no ano (CDI sobe 4,18%).
Além de ampliar posição em ações, o fundo zerou uma posição defensiva que tinha no mercado americano. A posição aplicada em juro real se manteve estável, assim como a posição tomada em inclinação de juros nos EUA. A posição vendida no dólar contra o real via opções foi aumentada ao longo do mês.