🔴 RENDA FIXA ‘TURBINADA’: CONFIRA 3 TÍTULOS PARA BUSCAR RETORNOS COM A SELIC A 14,25% – ACESSE DE GRAÇA

Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

Resposta

Tesouro Nacional admite problema que faz Tesouro Selic perder da poupança e diz estar buscando solução

Spread entre preços de compra e venda tem impacto negativo sobre preços do Tesouro Selic, mas Tesouro Nacional diz que se trata de proteção ao investidor; no atual contexto de juros baixos, entretanto, órgão diz querer minimizar o problema

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
2 de abril de 2019
15:04 - atualizado às 16:30
Bandeira do Brasil com moedas na frente
"De fato, o spread aplicado aos títulos Tesouro Selic, em particular, reduz sua rentabilidade para os investidores que resgatam antes do vencimento", diz Tesouro. Imagem: Positiffy/Shutterstock

O Tesouro Nacional reconheceu, em nota ontem à noite, que o spread entre os preços de compra e venda dos títulos Tesouro Selic via Tesouro Direto têm impacto sobre a rentabilidade do título e disse já estar buscando uma solução que permita, em breve, a redução deste impacto.

Ontem eu mostrei aqui no Seu Dinheiro que o Tesouro Selic (LFT), título público com remuneração atrelada à taxa básica de juros, anda perdendo da poupança em prazos inferiores a seis meses para quem investe nele pelo Tesouro Direto. Pior que isso: em prazos de alguns dias, o investidor pode ter retorno negativo neste que deveria ser o mais conservador de todos os investimentos.

Para fazer uma longa história curta, acaba que se você vender um Tesouro Selic antes do vencimento, sua rentabilidade pode ser pior que a da poupança nova, aquela que paga 70% da Selic mais Taxa Referencial quando a taxa básica de juros é igual ou menor do que 8,5% ao ano.

Portanto, este título é interessante para quem o leva até o vencimento, posto que ele remunera a variação da Selic, mas não para uma reserva de emergência, que pode precisar ser resgatada a qualquer momento. A análise completa e as sugestões de onde investir sua reserva de emergência você encontra na minha reportagem.

O problema que provoca esse comportamento nos preços do Tesouro Selic é o spread existente entre o preço de compra e o preço de venda de um mesmo título, numa mesma data. O preço de compra é maior que o de venda, do ponto de vista do investidor pessoa física.

Ontem à noite, o Tesouro Nacional me enviou uma nota explicando sobre o spread e admitindo o problema, dizendo que, de fato, essa diferença reduz a rentabilidade do Tesouro Selic para os investidores que o resgatam antes do vencimento e que esse efeito é mais acentuado nas primeiras semanas.

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Mais do que isso, o Tesouro diz que já está buscando uma solução que permita, em breve, a redução desse impacto no atual contexto de juros nas mínimas históricas. Tomara que venha novidade boa por aí!

Confira a nota do Tesouro Nacional sobre o Tesouro Selic na íntegra

"Os títulos do programa Tesouro Direto são negociados com base nos preços do mercado secundário de títulos públicos, sendo atualizados três vezes ao dia. Entretanto, para evitar que oscilações nos preços entre uma atualização e outra resulte em perdas para os investidores ou para o Tesouro Direto, existe uma prática de se aplicar um spread entre os preços de compra e de venda.

De fato, o spread aplicado aos títulos Tesouro Selic, em particular, reduz sua rentabilidade para os investidores que resgatam antes do vencimento. Esse efeito é mais acentuado nas primeiras semanas. Com o passar do tempo, o impacto desse spread torna-se pequeno, até que tenha um peso zero para quem resgata no vencimento. Ainda, o tempo para que o spread não influencie de maneira significativa a rentabilidade tende a ser maior em um contexto de taxas de juros baixas, como estamos vivenciando.

No atual contexto em que as taxas de juros no Brasil estão nas mínimas históricas, o Tesouro Nacional reconhece esses efeitos do spread sobre a rentabilidade e já está buscando uma solução que permita, em breve, a redução desse impacto."

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