Tesouro Nacional admite problema que faz Tesouro Selic perder da poupança e diz estar buscando solução
Spread entre preços de compra e venda tem impacto negativo sobre preços do Tesouro Selic, mas Tesouro Nacional diz que se trata de proteção ao investidor; no atual contexto de juros baixos, entretanto, órgão diz querer minimizar o problema

O Tesouro Nacional reconheceu, em nota ontem à noite, que o spread entre os preços de compra e venda dos títulos Tesouro Selic via Tesouro Direto têm impacto sobre a rentabilidade do título e disse já estar buscando uma solução que permita, em breve, a redução deste impacto.
Ontem eu mostrei aqui no Seu Dinheiro que o Tesouro Selic (LFT), título público com remuneração atrelada à taxa básica de juros, anda perdendo da poupança em prazos inferiores a seis meses para quem investe nele pelo Tesouro Direto. Pior que isso: em prazos de alguns dias, o investidor pode ter retorno negativo neste que deveria ser o mais conservador de todos os investimentos.
Para fazer uma longa história curta, acaba que se você vender um Tesouro Selic antes do vencimento, sua rentabilidade pode ser pior que a da poupança nova, aquela que paga 70% da Selic mais Taxa Referencial quando a taxa básica de juros é igual ou menor do que 8,5% ao ano.
Portanto, este título é interessante para quem o leva até o vencimento, posto que ele remunera a variação da Selic, mas não para uma reserva de emergência, que pode precisar ser resgatada a qualquer momento. A análise completa e as sugestões de onde investir sua reserva de emergência você encontra na minha reportagem.
O problema que provoca esse comportamento nos preços do Tesouro Selic é o spread existente entre o preço de compra e o preço de venda de um mesmo título, numa mesma data. O preço de compra é maior que o de venda, do ponto de vista do investidor pessoa física.
Ontem à noite, o Tesouro Nacional me enviou uma nota explicando sobre o spread e admitindo o problema, dizendo que, de fato, essa diferença reduz a rentabilidade do Tesouro Selic para os investidores que o resgatam antes do vencimento e que esse efeito é mais acentuado nas primeiras semanas.
Leia Também
Mais do que isso, o Tesouro diz que já está buscando uma solução que permita, em breve, a redução desse impacto no atual contexto de juros nas mínimas históricas. Tomara que venha novidade boa por aí!
Confira a nota do Tesouro Nacional sobre o Tesouro Selic na íntegra
"Os títulos do programa Tesouro Direto são negociados com base nos preços do mercado secundário de títulos públicos, sendo atualizados três vezes ao dia. Entretanto, para evitar que oscilações nos preços entre uma atualização e outra resulte em perdas para os investidores ou para o Tesouro Direto, existe uma prática de se aplicar um spread entre os preços de compra e de venda.
De fato, o spread aplicado aos títulos Tesouro Selic, em particular, reduz sua rentabilidade para os investidores que resgatam antes do vencimento. Esse efeito é mais acentuado nas primeiras semanas. Com o passar do tempo, o impacto desse spread torna-se pequeno, até que tenha um peso zero para quem resgata no vencimento. Ainda, o tempo para que o spread não influencie de maneira significativa a rentabilidade tende a ser maior em um contexto de taxas de juros baixas, como estamos vivenciando.
No atual contexto em que as taxas de juros no Brasil estão nas mínimas históricas, o Tesouro Nacional reconhece esses efeitos do spread sobre a rentabilidade e já está buscando uma solução que permita, em breve, a redução desse impacto."
Inocentes ou culpados? Governo gasta e Banco Central corre atrás enquanto o mercado olha para o (fim da alta dos juros e trade eleitoral no) horizonte
Iminência do fim do ciclo de alta dos juros e fluxo global favorecem, posicionamento técnico ajuda, mas ruídos fiscais e políticos impõem teto a qualquer eventual rali
Felipe Miranda: Dedo no gatilho
Não dá pra saber exatamente quando vai se dar o movimento. O que temos de informação neste momento é que há uma enorme demanda reprimida por Brasil. E essa talvez seja uma informação suficiente.
Eles perderam a fofura? Ibovespa luta contra agenda movimentada para continuar renovando as máximas do ano
Ata do Copom, balanços e prévia da inflação disputam espaço com números sobre a economia dos EUA nos próximos dias
Juros nas alturas têm data para acabar, prevê economista-chefe do BMG. O que esperar do fim do ciclo de alta da Selic?
Para Flávio Serrano, o Banco Central deve absorver informações que gerarão confiança em relação à desaceleração da atividade, que deve resultar em um arrefecimento da inflação nos próximos meses
Não fique aí esperando: Agenda fraca deixa Ibovespa a reboque do exterior e da temporada de balanços
Ibovespa interrompeu na quinta-feira uma sequência de seis pregões em alta; movimento é visto como correção
Deixou no chinelo: Selic está perto de 15%, mas essa carteira já rendeu mais em três meses
Isso não quer dizer que você deveria vender todos os seus títulos de renda fixa para comprar bolsa neste momento, não se trata de tudo ou nada — é até saudável que você tenha as duas classes na carteira
Rodolfo Amstalden: As expectativas de conflação estão desancoradas
A principal dificuldade epistemológica de se tentar adiantar os próximos passos do mercado financeiro não se limita à já (quase impossível) tarefa de adivinhar o que está por vir
Renda fixa mais rentável: com Selic a 14,25%, veja quanto rendem R$ 100 mil na poupança, em Tesouro Selic, CDB e LCI
Conforme já sinalizado, Copom aumentou a taxa básica em mais 1,00 ponto percentual nesta quarta (19), elevando ainda mais o retorno das aplicações pós-fixadas
Copom não surpreende, eleva a Selic para 14,25% e sinaliza mais um aumento em maio
Decisão foi unânime e elevou os juros para o maior patamar em nove anos. Em comunicado duro, o comitê não sinalizou a trajetória da taxa para os próximos meses
O que o meu primeiro bull market da bolsa ensina sobre a alta das ações hoje
Nada me impactou tanto como a alta do mercado de ações entre 1968 e 1971. Bolsas de Valores seguem regras próprias, e é preciso entendê-las bem para se tirar proveito
De volta à Terra: Ibovespa tenta manter boa sequência na Super Quarta dos bancos centrais
Em momentos diferentes, Copom e Fed decidem hoje os rumos das taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos
A decisão é o que menos importa: o que está em jogo na Super Quarta com as reuniões do Copom e do Fed sobre os juros
O Banco Central brasileiro contratou para hoje um novo aumento de 1 ponto para a Selic, o que colocará a taxa em 14,25% ao ano. Nos EUA, o caminho é da manutenção na faixa entre 4,25% e 4,50% — são os sinais que virão com essas decisões que indicarão o futuro da política monetária tanto aqui como lá
Até onde vai a alta da Selic — e como investir nesse cenário? Analista vê juros de até 15,5% e faz recomendações de investimentos
No episódio da semana do Touros e Ursos, Lais Costa, da Empiricus Research, fala sobre o que esperar da política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, após a Super Quarta
Super Quarta no radar: saiba o que esperar das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos e como investir
Na quarta-feira (19), os bancos centrais do Brasil e dos EUA devem anunciar suas decisões de juros; veja o que fazer com seus investimentos, segundo especialistas do mercado
Não é um pássaro (nem um avião): Ibovespa tenta manter bom momento enquanto investidores se preparam para a Super Quarta
Investidores tentam antecipar os próximos passos dos bancos centrais enquanto Lula assina projeto sobre isenção de imposto de renda
Mais uma Super Quarta vem aí: dois Bancos Centrais com níveis de juros, caminhos e problemas diferentes pela frente
Desaceleração da atividade econômica já leva o mercado a tentar antecipar quando os juros começarão a cair no Brasil, mas essa não é necessariamente uma boa notícia
Alívio para Galípolo: Focus traz queda na expectativa de inflação na semana da decisão do Copom, mas não vai evitar nova alta da Selic
Estimativa para a inflação de 2025 no boletim Focus cai pela primeira vez em quase meio ano às vésperas de mais uma reunião do Copom
O rugido do leão: Ibovespa se prepara para Super Semana dos bancos centrais e mais balanços
Além das decisões de juros, os investidores seguem repercutindo as medidas de estímulo ao consumo na China
Frenetic trading days: Com guerra comercial no radar, Ibovespa tenta manter bom momento em dia de vendas no varejo e resultado fiscal
Bolsa vem de alta de mais de 1% na esteira da recuperação da Petrobras, da Vale, da B3 e dos bancos
O lado bom do IPCA ruim: inflação acelera em fevereiro, mas reforça visão de que Galípolo e Campos Neto acertaram com a Selic
IPCA acelera de +0,16% em janeiro para +1,31% em fevereiro e inflação oficial atinge o nível mais alto para o mês em 22 anos