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Eduardo Campos
Eduardo Campos
Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.
Bye bye, Brasil?

Participação de estrangeiro na dívida pública é a menor desde 2011

Fatia do não residente fechou 2018 em 11,2% do endividamento interno, mas houve compra líquida de dívida pela primeira vez desde 2015

Eduardo Campos
Eduardo Campos
28 de janeiro de 2019
15:28
Baú de tesouro com moedas e bússola
Imagem: PaulPaladin/Shutterstock

Depois de um saque de mais de R$ 80 bilhões entre 2016 e 2017, o investidor estrangeiro fechou 2018 com compra líquida de dívida interna brasileira. Mas o volume foi pouco expressivo, coisa de R$ 2 bilhões. Assim, a participação relativa voltou a cair e fechou o ano em 11,2%, menor desde junho de 2011.

Vale lembrar que a parcela do não residente oscilou ao redor dos 20% durante boa parte de 2014 e começo de 2015. Mas a perda do grau do investimento em setembro daquele ano mudou a relação do estrangeiro com a dívida brasileira desde então.

Em coletiva para apresentar os resultados do ano, o subsecretário da Dívida Pública, José Franco Medeiros de Morais, avalia que essa atuação do estrangeiro em 2018 foi positiva e que esse aumento de R$ 2 bilhões pode ser visto como um indicador de “cenário positivo, com expectativa de entrada de recursos estrangeiros” ao longo de 2019.

A dívida interna encerrou 2018 em R$ 3,728 trilhões. Os maiores detentores são os fundos de investimento, com 26,91% ou R$ 1 trilhão. Na sequência aparecem as instituições de Previdência, com 24,96%, ou R$ 930 bilhões. As instituições financeiras aparecem com R$ 848 bilhões, ou 22,74% do total.

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