Uma lição de gerenciamento de riscos
Algo que aprendi nesses vários anos de cobertura do mercado financeiro como jornalista é que sempre existe risco. Em outras palavras, trata-se da possibilidade de aquele cenário projetado não se concretizar, para o bem ou para o mal.
Poucas pessoas entendem tanto do tema “riscos” como o nosso colunista Ivan Sant’Anna, com quem eu tive a honra de almoçar hoje.
Em uma conversa que variou sobre temas literários e várias histórias do mercado, perguntei em determinado momento porque nenhum dos livros que escreveu foi parar nas telas do cinema e da TV.
Ele me respondeu que chegou a vender os direitos do best seller Os Mercadores da Noite por uma boa quantia, mas a produtora nunca concretizou o projeto. Por isso mesmo, ele jamais negocia a adaptação de seus romances sem receber adiantado, e me aconselhou a fazer o mesmo.
Em outras palavras, isso se chama gerenciamento de riscos, ensinamento que também cai como uma luva para o mundo dos investimentos. Se você pensa em aplicar ou em aumentar suas posições na bolsa depois da queda dos juros, é preciso mapear os riscos no radar.
O pregão de hoje deu uma clara amostra de como a renda variável pode, de fato, variar. Depois de subir mais de 2% na máxima do dia, o Ibovespa deu um mergulho no meio da tarde. O motivo? Donald Trump.
O presidente dos EUA voltou à carga com a guerra comercial com a China ao anunciar a imposição de tarifas de 10% em produtos importados do país asiático, o que derrubou as bolsas americanas.
Por aqui o Ibovespa perdeu força, mas conseguiu se sustentar em alta. Como também ensina o mestre Ivan Sant’Anna, não há maior demonstração de força quando a bolsa sobe mesmo em meio a notícias negativas.
Quer saber como o principal índice da B3 conseguiu ficar no azul mesmo depois da casca de banana atirada por Trump? Então vale a pena conferir a cobertura de mercados com o Victor Aguiar.
Novata no radar
O Ibovespa é a grande vitrine da bolsa brasileira. As empresas que fazem parte do índice que reúne as principais ações do mercado são definidas a cada quatro meses pela B3. Hoje a bolsa anunciou a primeira prévia do índice, que trouxe a entrada de uma nova empresa para esse grupo seleto. Se confirmada a entrada, o índice passará a contar com 67 ativos a partir de setembro. Saiba neste link quem é a empresa que está no radar da B3.
Na dúvida, vá de dourado
Não, caro leitor, esse não é um conselho antecipado para a cor do Réveillon ou do seu próximo carro zero. O fato é que quando falamos em proteção no mercado financeiro, em geral vem à cabeça duas coisas: a compra de dólar ou de ouro. E foi exatamente a segunda opção que os Bancos Centrais mundo afora resolveram adotar para fugir dos riscos políticos e econômicos que não cansam em pintar por aí (vide a surpresinha de Trump hoje). E os BCs não andam comprando pouca coisa não, como você confere nesta matéria do Eduardo Campos.
Cripto Leão
Aos poucos o mercado de criptomoedas começa a fazer parte da “vida real”. A partir de hoje o investidor que fizer operações com bitcoin deverá prestar contas à Receita Federal. Já faz tempo que o Leão está de olho nessas movimentações, mas agora é oficial. Quem acompanhou de perto essa história e traz todos os detalhes que você precisa saber sobre as novas regras é o Eduardo Campos. Leitura mais que recomendada!
Plano em prática
O aporte do grupo japonês SoftBank mal saiu do papel e a Creditas já arregaçou as mangas para colocar os planos em prática. A fintech anunciou hoje a aquisição da Creditoo, uma startup focada em crédito consignado para funcionários de empresas privadas. O negócio é uma peça-chave no planejamento da Creditas, já que faz um bom tempo que a companhia planeja entrar nesse ramo, como você confere nesta reportagem.
O futuro já começou
Ele alerta para uma queda nos índices das bolsas norte-americanas há algum tempo, e agora as previsões começam a se concretizar. Fausto Botelho traz um novo vídeo para a coluna “De olho no gráfico” e não poderia deixar de falar na tendência de baixa que o S&P500 vem demonstrando nos últimos dias. Na visão dele, o índice pode derreter muito mais. E você deve estar preparado, seja investindo lá fora ou aqui no Brasil. Então aperte o “play” e confira todos os detalhes dessa análise.
Este artigo foi publicado primeiramente no "Seu Dinheiro na sua noite", a newsletter diária do Seu Dinheiro. Para receber esse conteúdo no seu e-mail, cadastre-se gratuitamente neste link.