Quer um investimento com alto retorno e sem risco?
Isso non ecziste
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Escrever aqui para o Seu Dinheiro muitas vezes me faz exercitar o lado padre Quevedo, o religioso que aparecia nas noites de domingo no Fantástico desvendando truques e fenômenos paranormais.
Pelas mensagens que me chegam por e-mail e Twitter, o que a maioria das pessoas deseja é uma aplicação que proporcione rentabilidade alta, com risco baixo e a possibilidade de resgate a qualquer momento.
Embora eu não possa fazer consultoria individual, já deixo avisado aqui que "isso non ecziste", para usar o bordão do padre, que faleceu no começo deste ano. Ou seja, se você quiser um retorno maior para os seus investimentos vai ter que se arriscar mais.
Por isso, se você ouvir de algum parente ou amigo a dica de uma aplicação com “retorno garantido” de dois dígitos ao mês é provável que se trate de uma pirâmide financeira, esquema em que a rentabilidade dos primeiros investidores é paga com o dinheiro dos que entram, até o sistema ruir quando os recursos que saem começam a superar os que entram.
Esse parece ser o caso da JJ Invest, criada por Jonas Jaimovick no Rio de Janeiro. A empresa chegou a ser patrocinadora do Vasco e ainda teve a marca estampada em uma das vitrines mais caras do mundo: a camisa do jogador Neymar.
Após a JJ enfrentar uma onda de saques, Jaimovick está sumido do mapa e mais de 3 mil investidores ficaram sem receber seu dinheiro. A Ana Paula Ragazzi conta toda a história da suposta pirâmide financeira. Recomendo a leitura!
Corrupção no pedágio
A Rodonorte, concessionária de rodovias da CCR que atua no Paraná, vai desembolsar R$ 750 milhões dentro de um acordo de leniência com o Ministério Público Federal. A empresa reconheceu o pagamento de propinas para conseguir mudanças contratuais favoráveis a ela. O lado interessante do acordo é que parte da multa será paga com a redução de 30% no valor dos pedágios nas praças operadas pela companhia. Saiba mais sobre o acordo e o impacto sobre as ações da CCR.
Cinzas na bolsa
A ressaca bateu no pós-carnaval da bolsa. Mesmo com o pregão começando mais tarde, os investidores passaram o dia apreensivos com várias notícias vindas do Brasil e do exterior. Por aqui, o noticiário corporativo tomou conta e fez preço em alguns papéis. Já no exterior, o Fed voltou a chamar atenção dos mercados e empurrou as bolsas para o vermelho. O destaque, porém, foi o dólar, que disparou e atingiu a maior cotação do ano, como você pode ler na nossa cobertura de mercados.
O buraco é mais embaixo
O ritmo mais lento que o esperado da condução da reforma da Previdência e a falta de engajamento de Bolsonaro podem cobrar o seu preço no crescimento da economia. As expectativas do mercado para o desempenho do PIB foram revisadas para baixo nesta semana e a equipe do ministro Paulo Guedes começa a se mexer para tentar injetar algum gás na atividade enquanto a reforma não vem. Leia nesta análise do Edu Campos o papel de Bolsonaro em não deixar que o jogo favorável da economia vire contra ele.
Dia 64 de Bolsonaro - Nada confortável
"Tentei achar outro assunto para o diário, mas o dia foi tomado pela repercussão do vídeo postado pelo presidente Jair Bolsonaro comentando “o que tem virado muitos blocos de rua no carnaval brasileiro”. O tema mobilizou o “Twitter”, repercutiu no noticiário internacional e se soma a outras “polêmicas” do governo e a capacidade das “redes” em “criar caso” em temas que..." (leia mais)
Estancando a sangria
Ninguém gosta de perder, isso é um fato. Seja no jogo, seja no amor ou na bolsa, a hora que o caldo entorna é sempre um momento de apreensão e gestão de crise. Na série de vídeos do Fausto Botelho, ele fala exatamente sobre esse tema das perdas e mostra que existem formas de você minimizar o prejuízo. Tudo isso, claro, com base na análise gráfica.