Quem ganha e quem perde com os juros baixos?
Quem estipulou o dia 31 de outubro para a celebração do dia mundial da poupança provavelmente não se atentou ao fato de que a data é a mesma do dia das bruxas. Mas a coincidência nunca foi tão oportuna quanto agora.
De fato, quando pensamos na tradicional caderneta como sinônimo de poupança – aquele dinheiro que reservamos para construir um patrimônio – a imagem de hoje não é muito diferente de uma velha casa mal-assombrada típica de Halloween.
Você leu hoje aqui no Seu Dinheiro que a poupança vai render menos que a inflação com a queda da taxa de juros para os atuais 5% ao ano. Ou seja, quem aplicar na caderneta na prática vai perder dinheiro. Simples assim.
Então, quando falar em poupança a partir de agora, procure ampliar seus horizontes. Isso vale para a renda fixa (fuja da poupança e dos fundos DI que cobrem taxa de administração), mas principalmente para a bolsa.
Se as aplicações tradicionais são francamente perdedoras com a redução dos juros, também há poucas dúvidas de que o investimento em ações é quem potencialmente ganha na outra ponta. O condicional aqui é importante porque o território da renda variável sempre envolve riscos.
Um deles certamente é não escolher as ações certas. Para você ter uma ideia, só entre as empresas que estão no Ibovespa, temos um BTG Pactual com alta de mais de 180% no ano e uma Braskem, que perdeu 40% do valor de mercado desde o início do ano.
Por isso achei bem interessante um estudo divulgado pela XP Investimentos, que analisa quais empresas e setores da bolsa devem se beneficiar mais da queda dos juros. Você confere todos os nomes nesta matéria da Bruna Furlani.
Doces ou travessuras?
No Halloween da bolsa, o dia dos investidores não foi nada doce. A travessura veio lá da China, que abriu margem para dúvidas sobre o avanço de um acordo comercial com os Estados Unidos, o que estragou a comemoração do novo corte dos juros. Mas a queda de hoje nem de longe apagou o ótimo desempenho do Ibovespa em outubro. O Victor Aguiar traz para você um panorama de como foi o dia e o mês nos mercados.
Cumprindo a profecia
Antes da decisão de ontem sobre os juros nos Estados Unidos, o nosso repórter Eduardo Campos profetizou: qualquer que fosse o resultado, o BC norte-americano receberia críticas de Donald Trump. Mas quem esperava por um comentário imediato depois do corte de 0,25 ponto na taxa deve ter ficado decepcionado. A resposta do presidente só saiu hoje, mas pelo visto veio “com juros”. Leia o que Trump publicou (no Twitter, como sempre) e o que ele esperava das taxas nos EUA.
Tesoura nas agências
Se você é daqueles que gosta de ir a uma agência bancária tomar um cafezinho com o gerente, provavelmente terá de gastar mais sola de sapato para manter o hábito. Depois de um aumento das despesas acima do esperado pelo mercado, o Bradesco anunciou que pretende cortar custos para manter seus lucros bilionários em alta. E entre as vítimas das tesouradas estão justamente as agências. Saiba quantos postos de atendimento o banco pretende fechar nesta matéria.
A polêmica do dia
Quem arrumou uma dor de cabeça logo cedo foi o filho 03 de Jair Bolsonaro, Eduardo. O deputado federal causou polêmica entre a classe política ao sugerir a volta do AI-5, o mais forte instrumento repressivo da ditadura militar, em caso de protestos crescentes de adeptos da esquerda. A fala não pegou nada bem e várias autoridades fizeram declarações contra o deputado. Confira nesta matéria todos os detalhes sobre o assunto, inclusive o que pensa o presidente.
Revise gastos…
...e invista mais. Você pode ser a pessoa mais regrada do mundo quando o assunto é finanças, mas dentro do seu orçamento provavelmente ainda existem gastos desnecessários e que estão fazendo o seu dinheiro valer menos. A situação fica ainda pior quando pensamos que essa grana poderia estar aplicada e ajudando a engordar seu patrimônio. Nesta matéria você confere alguns dos gastos que várias pessoas têm no dia a dia e que definitivamente não valem a pena.