Posto Ipiranga entre o FGTS e a reforma
As histórias que mexeram com o Seu Dinheiro hoje
Imagine-se sentado na cadeira do ministro Paulo Guedes. O “Posto Ipiranga” de Bolsonaro assumiu o comando da economia com a missão de tirar o país da estagnação que já dura quatro longos anos.
O problema é que, ao chegar em Brasília, encontrou os tanques praticamente no zero, e ainda com vazamentos de combustível. A reforma do posto acabou consumindo todo o primeiro semestre, e ainda não foi concluída.
Enquanto isso, a clientela aguarda do lado de fora. São quase 13 milhões de desempregados no país, segundo os dados mais recentes do IBGE.
A boa notícia é que, vencida a primeira etapa da reforma da Previdência na Câmara, Paulo Guedes e sua equipe querem agora injetar um aditivo para fazer a economia pegar, nem que seja no tranco.
O uso de recursos públicos está descartado por duas razões: não há dinheiro em caixa e, mesmo que houvesse, usá-lo seria contrariar a alma liberal do ministro.
A saída, então, foi buscar inspiração no governo Temer e reeditar a liberação de recursos do FGTS. Como o dinheiro das contas inativas já foi usado, o jeito agora será recorrer a uma parte das contas ativas do fundo para saque.
Diante do atual estado da economia, o que o ministro está esperando para adotar a medida? E quais seriam as consequências desse aditivo de recursos para os seus investimentos?
Vou deixar a resposta para dois “frentistas” de primeira: a nossa colunista Angela Bittencourt diz tudo o que Paulo Guedes precisa avaliar antes de liberar o FGTS.
Já o Eduardo Campos conta para você quais ações e setores na bolsa podem se beneficiar com esse dinheiro extra que pode abastecer a economia. Ou pelo menos tirá-la da reserva.
Enfim alta
Depois de quatro pregões em queda, a bolsa enfim fechou seu primeiro dia no azul desde a aprovação da reforma da Previdência em primeiro turno na Câmara. Mas ficou longe de ser um “espetáculo do crescimento”: o Ibovespa encerrou o dia em alta de 0,08%. A recuperação até poderia ser maior, só que a queda das bolsas lá fora acabou não ajudando. Com os investidores em compasso de espera em meio ao recesso parlamentar em Brasília, os principais destaques ficaram no noticiário corporativo.Confira como foi o dia nos mercados com o Victor Aguiar.
Alta de 18.000% (e contando)
Quem segura o Magazine Luiza? As ações da varejista, que chegaram a valer menos de 1 real na bolsa, hoje são cotadas perto dos R$ 245. Depois dessa alta fenomenal provavelmente não há mais espaço para os papéis subirem, certo? Errado! Pelo menos de acordo com o Bradesco BBI, que decidiu elevar a recomendação do Magalu para compra. Saiba nesta matéria por que os analistas esperam novas altas para as ações da varejista , que só hoje subiram mais 4,44%.
O gigante acordou?
A economia segue devagar, quase parando, mas não deve entrar em uma nova recessão, com a queda do PIB por dois trimestres consecutivos. O estado de hibernação parece ter acabado em maio, quando houve uma alta de 0,5% na atividade econômica, de acordo com um levantamento do Ibre/FGV. Apesar da melhora na agropecuária e na indústria, um segmento importante continua estagnado, como você pode ler nesta matéria.
Medalha de bronze
O fundador da Microsoft já não é mais o segundo homem mais rico do planeta. Bill Gates, que por muito tempo encabeçou a lista dos bilionários, perdeu a posição para Bernard Arnault, da empresa de artigos de luxo dona da marca Louis Vuitton. A queda no ranking, porém, está longe de preocupar o pai do sistema operacional Windows. Afinal, ele ainda conta com um patrimônio de US$ 107 bilhões (o equivalente a R$ 403 bilhões). E a perda do posto ainda foi por uma boa causa, como você confere nesta reportagem.
Admirável chip novo
A série “Black Mirror”, sucesso da Netflix que trata dos efeitos nem sempre positivos do avanço da tecnologia, pode ter uma nova temporada na vida real. O empresário Elon Musk anunciou que a Neuralink, startup de neurotecnologia da qual é co-fundador, pretende colocar dispositivos no cérebro humano já a partir do terceiro trimestre do ano que vem. O sistema ajudaria a “preservar e melhorar” as funções do cérebro. A Larissa Santos traz os detalhes do projeto do bilionário.