Onde Bolsonaro encontra Dilma
Albert Einstein já dizia que é loucura repetir a mesma coisa esperando obter resultados diferentes. Pois o governo aposta em uma fórmula que já se mostrou equivocada no passado recente para tentar resolver um problema crônico do país: o desemprego.
A desoneração da folha de pagamento, medida que foi adotada no governo Dilma, é um dos pilares do "Programa Verde Amarelo", principal conjunto de iniciativas da gestão de Jair Bolsonaro para ampliar a oferta de postos de trabalho.
Enquanto Dilma escolheu setores que geram mais empregos como beneficiários, o programa de Bolsonaro vai atacar o desemprego na faixa etária mais carente: jovens de 18 a 29 anos.
Pelo que circulou em Brasília, a medida originalmente previa a redução de encargos na contratação de trabalhadores acima de 55 anos. Mas os mais experientes acabaram de fora da edição final da medida que será encaminhada pelo governo.
A julgar pelo passado recente, estou bastante cético com a eficácia da medida. Mas vale lembrar que, na gestão Dilma, a desoneração da folha veio em um momento em que a economia já estava bastante desordenada em meio à profusão de incentivos fiscais.
Seja qual for o resultado, qualquer iniciativa que traga algum alento aos 12,5 milhões de brasileiros que estão em busca de trabalho é bem vinda.
Para mostrar a importância do tema, o anúncio das medidas contou com a presença do próprio Jair Bolsonaro. O Eduardo Campos foi ao Palácio do Planalto e traz os principais detalhes do novo plano de geração de empregos para você.
Tá caro e cheio de gente
Uma das missões de vida que nós assumimos no Seu Dinheiro é fazer você investir melhor. Então imagine como ficamos aqui na redação quando a Julia Wiltgen veio com essa notícia: quase 2 milhões de cotistas investem em fundos DI que hoje têm uma rentabilidade abaixo da inflação. O levantamento foi feito pela gestora de investimentos digital Magnetis. Na prática, isso significa que tem muita gente em fundo caro e perdendo dinheiro. Se você por acaso está entre eles, saiba o que fazer nesta matéria que a Julia escreveu.
Preso ou solto?
Tanto faz. Na sexta-feira os investidores entraram em um verdadeiro espiral de preocupações com a soltura do ex-presidente Lula. Mas, passado o olho do furacão, a realidade parece mostrar um cenário muito mais tranquilo para os mercados. Um dos que acreditam nesse impacto bem menor do que o desenhado é o cientista político e sócio da Arko Advice, Lucas de Aragão. O Edu Campos bateu um papo com ele para descobrir detalhes e justificativas para essa visão política, e todos eles você confere nesta matéria.
Um dia após o outro
No fim de semana e até a manhã de hoje, quando dei uma olhada nos principais jornais para me atualizar das novidades da política, economia e (por que não?) do futebol, percebi que a segunda-feira seria difícil. E não só pela derrota do meu São Paulo. Da incerteza com o cenário político no Brasil à renúncia de Evo Morales na Bolívia, teve de tudo. Com tanta coisa acontecendo não deu outra: a bolsa abriu em forte queda logo na abertura. Mas ao longo do dia os ânimos foram se acalmando. Confira na nossa cobertura de mercados o que fez o Ibovespa se recuperar e fechar na máxima do dia.
Gosto ruim
Sabe aquela sensação horrível de colocar uma bolacha (biscoito?) na boca e ela estar murcha, como se tivesse passado vários dias fora do pacote? Foi mais ou menos essa sensação que os acionistas da M. Dias Branco tiveram ao abrir o balanço da fabricante de alimentos, dona de marcas como Adria e Piraquê. Os resultados mais uma vez decepcionaram, a começar pela queda de mais de 40% no lucro, e se refletiram nas cotações das ações, que acumulam uma queda de 17% neste ano. O Victor Aguiar traz as principais reações aos números e o que esperar para o futuro da empresa.
Crescimento não é tudo
Para terminar, lanço uma pergunta: você investiria em um banco com a perspectiva de crescer a taxas de mais de 30% ao ano e que pode alcançar a marca de 12 milhões de clientes em 2022? Pois o Goldman Sachs recomenda que você fique longe dessas ações. Nas contas dos analistas, os papéis estão caros e não refletem as dificuldades que o banco terá em transformar todo esse crescimento em resultados para os acionistas. Confira nesta matéria da Bruna Furlani que banco é esse e o que está por trás da recomendação de venda.