O sexto sentido do dólar
O comportamento do dólar é tão imprevisível que, se fosse um filme, bem que poderia ser dirigido por M. Night Shyamalan, de O Sexto Sentido.
Para quem (não) acredita em coincidências, o filme sobre o garotinho que vê pessoas mortas foi lançado em 1999, o mesmo ano em que o Brasil adotou o regime de câmbio flutuante.
A trajetória da moeda americana desde então teve altos e baixos, assim como a carreira do diretor, conhecido pelas tramas cheias de reviravoltas (nem sempre muito felizes).
Quem tenta ganhar dinheiro projetando a cotação do dólar também precisa estar preparado para surpresas. Neste ano, por exemplo, roteiro da moeda norte-americana reservou várias pegadinhas.
Na mudança mais recente, o câmbio engatou uma alta firme depois que o Banco Central reduziu a Selic para 5,5% ao ano e sinalizou a possibilidade de mais cortes nos juros do que o mercado esperava.
Mas um novo “plot twist” veio nesta semana, depois que uma série de indicadores nos Estados Unidos apontaram o risco de recessão da maior economia do mundo.
A mudança na percepção dos investidores fez a divisa norte-americana perder força contra boa parte das moedas globais. Aqui no Brasil, o dólar ficou 10 centavos mais barato e encerrou a sexta-feira aos R$ 4,056.
O roteiro completo e todas as reviravoltas do mercado financeiro ao longo da semana você confere na resenha do nosso crítico Victor Aguiar.
A visita
Com mais de quatro décadas de mercado financeiro, o nosso colunista (e aniversariante do dia) Fausto Botelho vem alertando há tempos sobre os momentos distintos da bolsa de Nova York e das criptomoedas. De um lado, bitcoin e companhia se preparam para a chegada de um momento especial. Do outro, o S&P 500, principal índice de ações norte-americano, flerta com o abismo. No vídeo de hoje, ele analisa um pouco mais a situação dos dois mercados. Ah, não posso deixar de citar a visita do cachorro do Fausto no meio da gravação.
Sinais
Depois de algumas idas e vindas, o Banco BMG deu o pontapé inicial de sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). A instituição mineira, controlada pela família Pentagna Guimarães, pode captar até R$ 2,2 bilhões na operação. O dinheiro vai tanto para o caixa do banco como para o bolso dos atuais acionistas, que venderão uma parte de seus papéis. Confira os prazos do IPO e o que BMG pretende fazer com o dinheiro captado dos investidores na matéria da Bruna Furlani.
Vidro
Quem vive em São Paulo já deve ter se acostumado a ver uma farmácia a cada esquina. E boa parte da “culpa” é da Raia Drogasil. No mercado, parte dos investidores questionava essa estratégia de crescimento. Mas os resultados recentes mostram que a empresa está no caminho certo. Tanto que a rede de drogarias anunciou a projeção de abertura de novas lojas para 2020. E os números animaram bastante o mercado, como você confere nesta matéria.
Fragmentado
Depois de ter áudios de reuniões privadas do Facebook vazadas pela imprensa americana, Mark Zuckerberg resolveu entrar na “brincadeira” e transmitir ao vivo um bate-papo com seus funcionários. No conteúdo divulgado sem autorização, o executivo falava sobre concorrência, criptomoedas e expressava seu desgosto com uma proposta da pré-candidata à presidência dos EUA, Elizabeth Warren. Dessa vez, na reunião “pública”, o CEO demonstrou que tem afinidade com outro político democrata.
Fim dos Tempos?
A ameaça de recessão nos Estados Unidos mexeu com a bolsa e os mercados ao longo da semana e não podia ficar de fora do nosso happy hour. O Victor Aguiar, a Julia Wiltgen e eu convidamos você para mais um podcast Touros e Ursos. Nós também comentamos sobre o que esperar do IPO da Vivara, o ranking dos melhores e piores investimentos de setembro e a nova visita da Polícia Federal à sede do BTG Pactual. Aperte o play e vem com a gente!
Este artigo foi publicado primeiramente no "Seu Dinheiro na sua noite", a newsletter diária do Seu Dinheiro. Para receber esse conteúdo no seu e-mail, cadastre-se gratuitamente neste link.
*Colaboração Fernando Pivetti.