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O que fazer com os óculos 3D?

As razões para o fracasso do mega-avião da Airbus, as previsões do Itaú para a votação da Previdência e Bolsonaro na metade dos 100 primeiros dias de gestão

19 de fevereiro de 2019
19:39
Selo O Melhor do Seu Dinheiro; investimentos
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Comprei a minha última televisão na véspera da Copa de 2014, em meio à euforia que antecedeu o mundial no Brasil e que depois viraria o pesadelo do 7 a 1.

Quando cheguei na loja para dar uma olhada nos modelos disponíveis, me deparei com um admirável mundo novo de tecnologias. As opções incluíam conexão por wi-fi, que me permitiria assinar a tal de Netflix sobre a qual os meus amigos tanto comentavam, e uma nova tela em formato curvo.

Mas a grande sensação do momento era a TV 3D. "Imagine só assistir aos jogos da próxima Copa como se estivesse dentro do campo", tentava me convencer o vendedor que me acompanhava pelo corredor de modelos expostos na parede.

Acabei não seguindo o conselho e comprei uma televisão com tela maior e wi-fi, mas sem o recurso tridimensional. O que se revelou uma decisão acertada. Outro dia encontrei um amigo que reclamava não ter o que fazer com seus óculos 3D que vieram com a TV que comprou quase na mesma época.

A história dos avanços da tecnologia é repleta de casos como o da televisão 3D. No mundo dos negócios, empresas investem milhões no que tem tudo para ser o futuro de determinada indústria. Até a realidade provar o contrário.

Foi o que aconteceu com o A380, o mega-avião criado pela Airbus para mudar os limites da aviação mundial. Mas o que deu errado com os planos da empresa? A Marina Gazzoni, que entende tudo e mais um pouco sobre o setor aéreo, listou cinco motivos para o fracasso do A380. Recomendo muito a leitura.

Portas fechadas

Uma má notícia para uma economia que convive com taxas de desemprego nas alturas como a brasileira. A Ford anunciou hoje à tarde a saída do mercado de caminhões na América do Sul e o encerramento da operação da fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. A decisão certamente terá impacto sobre a região, tradicional polo do setor automobilístico. Saiba nesta reportagem quantos trabalhadores podem ser afetados com o fim das atividades da fábrica.

O fluxo gringo

Apesar da divulgação hoje de áudios entre Bolsonaro e o ex-ministro Gustavo Bebianno, parece que o medo causado pela crise política ficou no passado, pelo menos aos olhos do mercado. A bolsa voltou a subir nesta terça-feira, impulsionada pelo fluxo de capitais vindo do exterior. As queridinhas dos gringos foram as ações dos bancos, que acabaram sendo destaque de alta no Ibovespa. Petrobras também engatou a primeira e subiu depois do anúncio da alta de combustíveis. Confira todos os detalhes na nossa cobertura de mercados.

Dia 50 de Bolsonaro - No meio do caminho

Chegamos à metade da nossa proposta do diário de 100 dias e o governo parece tomar alguma tração, com o envio ao Congresso das medidas anticrime do ministro Sérgio Moro, e Jair Bolsonaro se preparando para... (leia mais)

Vai demorar

Rodrigo Maia até pode falar que a reforma da Previdência será concluída antes do meio do ano, mas tem gente grande no mercado apostando fichas que a votação só acontece a partir de agosto. Uma dessas personalidades é Mario Mesquita, ex-diretor do Banco Central e economista-chefe do Itaú. Em encontro hoje com a imprensa, ele e a equipe do banco também fizeram as contas da economia que a nova Previdência pode trazer aos cofres públicos. Eu estive lá e conto mais sobre as perspectivas dos economistas.

Vai demorar (2)

Depois de colocar como prioritária a capitalização da Eletrobras, que na prática levará à privatização da estatal de energia elétrica, o governo admite que a operação pode ficar para o ano que vem. Tanto que já não conta mais com a receita de R$ 12 bilhões que estava prevista no Orçamento. Embora a capitalização esteja mantida, o modelo vai passar por uma reavaliação, o que deve atrasar todo o processo. Entenda as razões do governo para o atraso.

Tensão nos fundos

Avisamos aqui que os negócios da GWI dentro da Gafisa eram cilada, e o alerta não foi à toa. A situação da gestora depois da aventura na incorporadora está para lá de delicada e ganhou novos capítulos depois que os fundos foram fechados para resgates. Nesta matéria, a Bruna Furlani conta um pouco mais sobre o problema e também sobre a (péssima) performance dos fundos sob a gestão de Mu Hak You.

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