O ano novo no calendário Maia
O calendário Maia já foi usado como referência em Hollywood, no terrível filme “2012”. A produção se vale da contagem dos dias usada pela antiga civilização que habitou em parte do continente americano como pretexto para muitas explosões e catástrofes.
Já no mercado financeiro, o calendário Maia ganhou uma conotação bem diferente. Quando você ouvir a expressão aqui no Seu Dinheiro, provavelmente estamos falando do cronograma assumido pelo presidente da Câmara para a votação da reforma da Previdência.
Com a aprovação nesta semana do projeto na comissão especial, os investidores já entraram em contagem regressiva para o ano novo no calendário Maia. A virada está prevista para a semana que vem, com a possibilidade de votação da reforma no plenário.
Rodrigo Maia trabalha para que os dois turnos aconteçam antes do recesso parlamentar, previsto para começar em 18 de julho. Lembrando que a proposta precisa de pelo menos 308 votos favoráveis para ser aprovada.
Como é de praxe, o mercado procura sempre se antecipar os fatos, como aquele primo que solta fogos para celebrar o ano novo na Austrália. O otimismo dos investidores levou o Ibovespa a encerrar a semana com uma nova marca histórica, agora acima dos 104 mil pontos.
Virou rotina? Tomara. Mas o dia não começou com cara de recorde. Alguns dados que saíram nos Estados Unidos deixaram o mercado na defensiva pela manhã. Confira a nossa cobertura completa de mercados, hoje em dose dupla com a Julia Wiltgen e a Bruna Furlani.
Calendário Bolsonaro
Um dia depois da aprovação da reforma da Previdência na Comissão Especial, o presidente Jair Bolsonaro deixou claro que a história ainda não acabou. Embora diga que há pouca coisa para ser mexida no texto, o capitão falou que há equívocos e exageros que devem ser corrigidos pelos parlamentares. Ele aproveitou também para responder ao comentário feito ontem pelo ministro Paulo Guedes, que chamou Bolsonaro de “ingênuo” quando o assunto é economia.
Vem pra bolsa você também
Pedindo licença ao criador do emblemático slogan da Caixa Econômica Federal para falar um pouco sobre o futuro da bolsa. Depois de bater a marca de 1 milhão de investidores neste ano, a B3 está ávida por novos recordes. O plano do presidente da empresa, Gilson Finkelsztain, é dobrar o número de pessoas aplicando em ações o mais rápido possível. Mas como ter sucesso nessa empreitada? Confira as cartas na manga de Finkelsztain.
No mesmo barco
O ministro Sergio Moro esteve em São Paulo nesta sexta-feira e voltou a defender a Lava Jato, agora por outro ângulo, ao dizer que a operação não deixou marcas negativas na economia. Trata-se de uma resposta à avaliação de alguns críticos de que os processos afetaram grandes empresas, com reflexos no desempenho econômico do país. Moro também aproveitou um evento com investidores para falar sobre o vazamento das supostas mensagens trocadas por ele com procuradores do MPF.
Molho especial
Onde você estava em junho de 1979? Eu, por exemplo, mal havia saído das fraldas, com meu 1 ano e meio de praia. Mas o que pouca gente sabe é que foi em junho de 1979 que um gigante do setor de alimentação iniciou uma sequência de altas trimestrais em seu faturamento no Brasil e que (pasmem!) dura até hoje. São 40 surpreendentes anos de superação! Saiba quem e com quantos hambúrgueres essa empresa conseguiu a proeza nesta matéria.
Os touros do semestre
Mais uma semana chegando ao fim, e é hora de embarcar em mais um bate-papo no Podcast Touros e Ursos. E o cardápio da semana está especial: além dos altos e baixos do mercado financeiro, também teremos dicas valiosas sobre onde investir no segundo semestre de 2019. É informação boa que você só vai encontrar no happy hour do Seu Dinheiro. Prepara o fone de ouvido e aperte o play!
Este artigo foi publicado primeiramente no "Seu Dinheiro na sua noite", a newsletter diária do Seu Dinheiro. Para receber esse conteúdo no seu e-mail, cadastre-se gratuitamente neste link.