Nas ruas e na bolsa
Milhares de pessoas saíram hoje às ruas em protesto contra o bloqueio de verbas para as universidades federais feito pelo governo. É muito bom ver que a educação, sempre tão maltratada no país, ainda consiga mobilizar a população.
Mas se os manifestantes realmente querem defender os investimentos em educação deveriam apoiar também a reforma da Previdência.
Afinal, o país gasta nada menos que 12,5% do PIB com o pagamento de aposentadorias, mais que o dobro dos 5,9% com ensino público. Os dados são de um estudo que foi divulgado neste mês pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Além de gastar pouco, o governo historicamente gasta mal com educação. É só nos lembrarmos do Fies. O programa de financiamento estudantil cresceu sem controle e fez a festa dos donos de universidades privadas até 2015.
E nenhuma empresa se beneficiou mais do Fies do que a Kroton, que se tornou o maior grupo privado de educação do mundo.
Mas desde que o governo fechou essa torneira, a companhia precisou se reinventar. No ano passado, deu uma grande tacada com a compra da Somos Educação, que a colocou no mercado de ensino fundamental.
Só que os números da Kroton ainda não inspiram confiança. O balanço do primeiro trimestre saiu hoje e foi reprovado pelo mercado. Para você ter uma ideia, as ações chegaram a cair mais de 8% ao longo do dia na bolsa. Saiba como foi a reação dos investidores ao resultado e às projeções feitas pela companhia para este ano.
Enquanto isso, nos bastidores...
A crise envolvendo os cortes no ensino superior público pode até ter unido os partidos de oposição e de centro para que o ministro da Educação fosse convocado a prestar esclarecimentos na Câmara. Mas o que poucos percebem é que essa é apenas a ponta de um gigantesco iceberg chamado desarticulação política. Enquanto o governo Bolsonaro falha nas movimentações dos bastidores em Brasília, um nome sai gloriosamente fortalecido, como conta o Edu Campos nesta reportagem.
No meio do tsunami
Quando não é o exterior trazendo tensão pela guerra comercial entre China e Estados Unidos, são os tsunamis vindos de Brasília que varrem qualquer chance de otimismo entre os investidores. O Ibovespa passou mais um dia no vermelho e encerrou abaixo dos 92 mil pontos. Já o dólar rompeu os R$ 4 ao longo do dia e, mesmo cedendo depois, manteve a trajetória de alta. Acompanhe com o Victor Aguiar tudo o que movimentou os mercados nesta quarta-feira.
Tenho interesse
Quando o assunto é Via Varejo, Michael Klein já não faz mais cerimônia. O empresário confirmou que está de olho na dona das Casas Bahia e do Ponto Frio e que planeja fazer uma oferta de compra das ações com a assessoria da XP Investimentos. O movimento é bem importante, já que a varejista anda meio à deriva desde que o Pão de Açúcar anunciou que pretende vender suas ações até o fim deste ano. Então vale a pena passar lá no Seu Dinheiro e conferir os detalhes desse assunto.
Sem interesse
Uns com tanto, outros com tão pouco. As ações da Guararapes, dona da rede de lojas Riachuelo, levaram um tombo daqueles hoje na bolsa. Nesse caso não há especulação e o motivo é muito claro: o balanço do 1º trimestre divulgado pela companhia não pegou nada bem. Ao longo do dia, as ações da empresa chegaram a cair quase 13% na B3. Confira nesta matéria os números e a reação dos principais analistas que cobrem a varejista.
Aluguel sem parada
A Movida, locadora de veículos que também tem ações listadas na B3, fechou uma parceria com o Sem Parar. Para quem não sabe, esse é um sistema de pagamento automático de pedágios, que permite ao motorista pular aquelas filas infinitas que se formam nas rodovias. Os carros que possuem o sistema também passam direto por estacionamentos e até postos de combustível conveniados. A Bruna Furlani traz essa novidade em primeira mão e conta como esse acordo dom o Sem Parar pode ajudar nas receitas da Movida.
Mais uma do Bezos
Dando sequência às infinitas ideias de seu fundador, a Amazon anunciou hoje um novo megaprojeto para impulsionar os negócios da gigante de comércio eletrônico: um investimento de US$ 1,5 bilhão em um aeroporto nos Estados Unidos. Se você achou estranha essa história, fique tranquilo porque não está sozinho. Nesta matéria você fica sabendo um pouco mais dos objetivos de Jeff Bezos com esse novo investimento.
Este artigo foi publicado primeiramente no "Seu Dinheiro na sua noite", a newsletter diária do Seu Dinheiro. Para receber esse conteúdo no seu e-mail, cadastre-se gratuitamente neste link.