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Minha fama de mau

Mercado partiu para o carnaval com um clima azedo e ainda tentando digerir as falas de Bolsonaro sobre a Previdência

1 de março de 2019
19:35
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Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Erasmo Carlos estava no auge da carreira lá pelos idos de 1968. O cantor e compositor apresentava nas tardes de domingo na TV o programa Jovem Guarda e dominava as paradas de sucesso com as canções em parceria com o “rei” Roberto.

Mal sabia ele que apenas alguns meses depois seria atropelado por um fenômeno chamado Tropicália. “Bicho, eu não estava entendendo nada”, diz o ator Chay Suede, que encarna o cantor no filme “Minha Fama de Mau”, em cartaz nos cinemas.

Erasmo ficou sentado à beira do caminho por alguns anos até entrar em sua melhor fase nos anos 1970, com uma mistura de MPB, rock e soul. E hoje é reverenciado pela atual geração de músicos.

Para usar um termo da moda, o tropicalismo foi uma “disrupção” da Jovem Guarda. Algo que se tornou bem corriqueiro não só na música como no mundo empresarial.

O ex-banqueiro Jorge Paulo Lemann chegou ao topo do mundo dos negócios com uma estratégia que parecia à prova de falhas: comprar marcas sólidas e implementar um “choque de gestão” com base no corte de custos e na meritocracia.

A fórmula, porém, dá sinais claros de esgotamento. A perda de mercado da cervejaria AB Inbev, dona da Ambev, e os problemas da empresa de alimentos processados Kraft Heinz pesaram no bolso de Lemann, que perdeu o posto de homem mais rico do país. "Sou um dinossauro apavorado", chegou a dizer no ano passado.

Enquanto o empresário não reinventa o seu “sonho grande” como fez Erasmo, veja quem é o novo líder entre os bilionários brasileiros, além de outras mudanças no ranking, nesta reportagem.

Vale ou não vale?

Pouco mais de um mês depois da tragédia do rompimento da barragem de Brumadinho (MG), ainda não está claro qual será o tamanho da conta que a Vale terá de pagar. Uma entrevista publicada hoje com o secretário do Ministério de Minas e Energia, Alexandre Vidigal, provocou um rebuliço no mercado. Ele apontou que a fatura poderia chegar a 20% do faturamento anual da empresa, o equivalente a R$ 25 bilhões. A notícia colocou pressão sobre as ações da mineradora. Só que mais tarde o secretário deu outra entrevista dizendo que não era bem assim.

Mercado desidratado

A bolsa entrou em clima de Carnaval, mas não houve muita razão para folia. As declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre uma possível flexibilização da reforma da Previdência ainda pesam sobre o mercado. Foi nesse clima de “desidratação” que os negócios se desenrolaram ao longo do dia, o que levou o Ibovespa a fechar em queda e o dólar a engatar nova alta. Confira como foi a sexta-feira nos mercados.

Dia 60 - Veja bem, não é por aí

O presidente Jair Bolsonaro teve apenas agendas internas no Palácio de Planalto. O que me chamou atenção é que o presidente está desde o dia 26 de fevereiro (estamos em 1º de março) sem postar nada na sua conta do “Twitter”. Algo pouco usual, ainda mais depois das… (leia mais)

Nada a declarar

Os clientes da XP Investimentos que pensavam em aproveitar a folga do Carnaval para acertar as contas com o Leão terão que mudar os planos. Investidores que tentaram baixar o informe de rendimentos no site da corretora relataram uma série de problemas, inclusive de erro nas informações. A previsão da corretora era que o sistema voltasse ao normal ainda hoje. Saiba mais sobre o “apagão” nesta matéria.

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