Gabigol e o dólar
Até os 43 minutos do segundo da decisão da Copa Libertadores no último sábado, o Flamengo perdia o jogo para o River Plate por 1 a 0.
Se a virada não tivesse acontecido, os analistas esportivos de plantão certamente fariam críticas pesadas ao futebol apresentado pela equipe do técnico Jorge Jesus.
A história, porém, será contada pelos três minutos em que saíram os dois gols do Gabigol que decidiram a partida.
No mercado financeiro, a diferença entre vencedores e perdedores também costuma ser definida em poucos lances. Uma semana depois de cravar a máxima histórica, o dólar repetiu a dose nesta segunda-feira e bateu em R$ 4,2145.
Sempre que isso acontece, alguém me pergunta se é hora de comprar a moeda norte-americana. A minha resposta invariavelmente é “sim”.
Não porque eu aposte na alta – eu acredito até que o fôlego do câmbio está perto do fim. Mas ter uma pequena parcela de dólares na carteira sempre é importante como forma de diversificação, seja qual for o momento do mercado.
Acertar a hora exata de comprar e vender dólar, aliás, costuma ser receita certa para o fracasso. A virada pode ocorrer a qualquer momento e as explicações só ficam claras depois que o movimento acontece.
Na hora de investir, o melhor a fazer é deixar a torcida de lado e se guiar sempre por seus prazos e objetivos. Nunca se sabe quando vai ter gol do Gabigol.
Confira na cobertura do Victor Aguiar o que fez o dólar bater o novo recorde hoje e também as principais movimentações na bolsa.
De olho no fundo
Gestora de um dos fundos imobiliários com maior número de investidores na B3, a Supernova Capital teve três sócios presos dentro da Operação Máfia das Falências, do Ministério Público de Goiás (MP-GO). As cotas do GGR Covepi Renda FII (GGRC11), fundo que conta com mais de 55 mil cotistas, reagiram em forte queda nesta segunda-feira. A Julia Wiltgen acompanha de perto e traz os todos os detalhes do caso para você.
O queridinho do Tesouro Direto
Depois de uma sequência de recordes de captação no início do ano, o Tesouro Direto vem entregando resultados mais magros nos últimos meses. Em outubro, por exemplo, foram R$ 49 milhões de captação líquida, número ínfimo se compararmos aos resultados próximos aos bilhões mensais observados ao longo do primeiro semestre. O volume foi menor, mas o título queridinho dos investidores segue firme e forte na liderança de captação, como mostra o Eduardo Campos.
Bye-bye gringo
Já faz um tempo que falamos aqui na nossa newsletter que o gringo não quer saber de entrar na bolsa brasileira. O momento pode até ser de recordes do Ibovespa, mas o fato é que a visão dos investidores estrangeiros ainda é de bastante cautela. Prova disso são os resultados do balanço de investimentos em ações de outubro. Pelo terceiro mês seguido, a bolsa amargou saída de recursos, contribuindo para o pior resultado em mais de dez anos, de acordo com o Banco Central. Vale lembrar que esse dado é diferente do divulgado pela B3. Quem conta a diferença entre um e o outro é o Edu Campos.
A voz das ruas
O Chile até pode ser uma das inspirações da equipe econômica do governo quando o assunto é políticas econômicas. Mas no quesito político e social, o governo Bolsonaro quer mais é distância do que acontece do lado de lá da cordilheira. Tanto é que a equipe de Guedes começou a mover seus pauzinhos para dar um gás nos programas sociais e de combate à pobreza, com o temor de que a onda de protestos no Chile chegue às ruas do Brasil. Mas a motivação para esse pacote também tem outras origens, como você confere nesta matéria.
Perdendo a carteira
Acumulando perdas na bolsa desde o início do ano e prejuízos bilionários, a Uber sofreu mais um revés hoje. A companhia não poderá mais atuar em Londres. A agência pública de transporte local anunciou que não renovará a licença para a gigante americana fornecer seus serviços da cidade. Após a notícia, as ações começaram o dia apanhando no pré-mercado, mas o saldo do dia não foi tão ruim assim. Entenda o caso.