Filtro solar para o investidor prevenido

Nos meus tempos de universitária em Floripa, eu gostava de pegar uma praia no verão. Era programa de domingo para fofocar com as amigas sobre a balada do dia anterior. Chegava em Jurerê lá pelo meio dia e ficava batendo papo na areia. Nenhuma de nós queria gastar seu salário de estagiária para alugar um guarda-sol. Mas eu bem que deveria ter gastado. Afinal, minhas amigas pegavam bronze, eu ficava cor de rosa.
De uns tempos para cá, com histórico pesado de câncer de pele na família, me assumi como branquela. Não tomo sol há mais de dez anos e uso protetor solar todo dia. Com a idade, a gente cria “juízo” e passa a pensar no futuro.
O Alexandre Mastrocinque lembrou na sua coluna de hoje do texto de Baz Luhrmann com uma série de conselhos para os jovens - entre eles, usar filtro solar. Uma versão traduzida de Pedro Bial tempos atrás ficou famosinha aqui no Brasil.
Além da parte do filtro solar, o Alê destacou outro trecho interessante: “os verdadeiros problemas na sua vida geralmente são coisas que nunca nem passaram pela sua cabeça; do tipo que te pegam no contrapé às 4 da tarde de uma terça-feira ociosa”.
Isso vale para tudo na vida, inclusive, para seu dinheiro. Tivemos um exemplo recente: de um dia para o outro, sem que ninguém estivesse pensando nisso, a CVM pediu para um fundo imobiliário, o ABCP11, que refizesse suas demonstrações financeiras dos últimos dois anos. O órgão regulador entende que o fundo se enquadra em outra categoria tributária e precisa pagar mais impostos, o que mudaria todo o seu resultado.
Foi o suficiente para derrubar o valor do papel e fazer R$ 160 milhões em valor de mercado derreterem em dois dias. Esse episódio, meu caro, é mais um daqueles “imprevistos” que pegam no contrapé o investidor desprevenido. Mas como se preparar para esse tipo de acontecimento que está fora do radar? O Alê te explica na coluna Que Bolsa é Essa?.
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A Bula do Mercado: perda de resistência, olhos lá fora
A blindagem do mercado financeiro doméstico das incertezas externas perdeu resistência. O temor dos investidores de que o Federal Reserve não chancele o corte de juros na próxima reunião, em setembro, reduz o apetite pelo risco em países emergentes. Por isso, a atenção hoje estará sobre a divulgação da ata da última reunião do Fed, que pode dar pistas sobre os próximos passos do BC americano.
Por conta da expectativa em torno dos juros e da guerra comercial, lá fora o mercado alterna entre momentos positivos e negativos. Hoje a sessão na Ásia foi mista, com as bolsas chinesas flutuando no campo positivo, enquanto Tóquio caiu. Nas bolsas de Nova York, os índices futuros exibem ganhos. Na Europa, além das questões externas, as bolsas também estão atentas à situação na Itália - onde pode haver a convocação de novas eleições, após renúncia do primeiro-ministro.
Ontem, o Ibovespa terminou o dia em baixa de 0,25%, aos 99.222,25 pontos. O dólar à vista encerrou em queda de 0,37%, a R$ 4,0510. Consulte a Bula do Mercado para saber o que esperar de bolsa e dólar hoje.
Para onde vai a bolsa?
O Ibovespa perdeu os 100 mil pontos com o cenário externo negativo. Mas até onde o indicador pode cair? O colunista Fausto Botelho olhou os gráficos e tem um palpite neste vídeo. Ele também fala sobre suas expectativas para os índices das bolsas americanas S&P 500 e Nasdaq e para a cotação do dólar.
Bazar do Guedes
Depois de o governo diminuir sua participação na BR Distribuidora, aos poucos o projeto de privatização das estatais vai ganhando forma. E é bom ficar atento porque ontem à noite o ministro da Economia, Paulo Guedes, adiantou que hoje sai um anúncio importante: o nome de 17 estatais que devem ser privatizadas até o final do ano. Saiba mais.
Um rombo de R$ 3,5 bilhões
A privatização da Eletrobras ainda não deslanchou e a empresa precisa de dinheiro - mais especificamente de R$ 3,5 bilhões. É um valor que garantiria o pagamento de dívidas das antigas concessionárias da empresa. Mas ontem, depois de uma longa sessão, a Câmara dos Deputados derrubou uma Medida Provisória que destinaria o dinheiro à estatal. O governo já trabalha em alternativas ao projeto rejeitado.
Nada como a concorrência...
Pegando carona na nova modalidade de financiamento imobiliário da Caixa, o Banco do Brasil anunciou tarifas mais baixas. Agora, quanto menor o prazo de operação escolhido pelo cliente, menor será a taxa. Já o Bradesco indicou que pode oferecer crédito imobiliário com taxas baseadas no IPCA como referência, assim como a Caixa. Saiba mais.
Uma joia na coroa
O brasileiro vai poder comprar joias na bolsa. Literalmente. Isso porque a rede de joalherias Vivara fará o próximo IPO (oferta pública inicial de ações) do ano. A companhia quer recursos para novas lojas, aumento de portfólio e integração entre o canal online e os estabelecimentos físicos. Saiba mais sobre a oferta.
A caixinha de ferramentas do BC
A venda de dólar à vista anunciada pelo Banco Central na semana passada causou barulho. Afinal, era a primeira vez que o BC usaria essa estratégia em 10 anos. Mas o movimento é apenas uma das ferramentas da autarquia. Há outros leilões de dólar possíveis. O BC, inclusive, fará mais dois diferentes hoje: swap e swap reverso. Todos servem para suavizar eventuais movimentos de estresse do mercado, mas há diferenças no modo de atuação. O Eduardo Campos te explica.
Um grande abraço e ótima quarta-feira!
Agenda
Índices
- Banco Central publica dados semanais sobre o fluxo cambial
- Estados Unidos publicam dados semanais de petróleo
- IHS/Markit publica PMI do Japão em agosto
Bancos Centrais
- Federal Reserve divulga ata de sua última reunião de política monetária
Política
- Senado vota MP da Liberdade Econômica
Aneel propõe devolver R$ 50,1 bi a consumidores em até cinco anos
Após processos judiciais que se arrastaram por mais de dez anos, a Justiça entendeu que a cobrança dos encargos era feita de forma irregular
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