China ainda não confirmou acordo comercial com EUA
Comunicado mostra imprevisibilidade de um processo de negociação que abala os mercados financeiros mundiais desde meados do ano passado
A China sinalizou que um acordo comercial preliminar com os EUA ainda precisa ser concluído, apesar da aprovação do presidente americano, Donald Trump, mostrando a imprevisibilidade de um processo de negociação que abala os mercados financeiros mundiais desde meados do ano passado, segundo o The Wall Street Journal.
Trump deu seu aval ontem à chamada "fase 1" de um pacto comercial que vai retirar tarifas impostas a importações chinesas e cancelar nova tarifação que entraria em vigor no domingo (15), em troca de uma promessa de Pequim de comprar dezenas de bilhões de dólares em produtos agrícolas dos EUA, entre outras concessões, segundo relatos da mídia americana e britânica.
Embora Trump tenha ficado "animado e entusiasmado com esse avanço", segundo Michael Pillsbury, assessor do presidente durante as negociações, o humor em Pequim é definitivamente mais moderado.
Nenhum dos órgãos de imprensa estatais ou agências econômicas da China envolvidos no diálogo sino-americano fez comentários públicos nesta sexta-feira sobre o acordo endossado por Trump.
Em coletiva de imprensa semanal, a porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Hua Chunying, comentou hoje apenas que notícias sobre um acordo ajudaram a impulsionar as bolsas de Nova York e europeias. Os rumores também deram força aos mercados chineses.
Hua, no entanto, não confirmou a existência de um pacto e disse apenas que "qualquer acordo deve ser mutuamente benéfico". Fonte: Dow Jones Newswires.