Bolsonaro se diz otimista por reforma da Previdência forte e evita falar sobre Moro
Presidente também disse ver com bons olhos a reunião de governadores que ocorreu mais cedo em Brasília para falar sobre a reforma
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira, 11, que está otimista que a reforma da Previdência pode ser aprovada com pouca desidratação.
"Como nosso ministro da Economia vem falando, choque de boas notícias teremos a partir deste momento", disse em rápida entrevista coletiva que concedeu ao lado do governador de São Paulo, João Doria, no saguão da ala das autoridades no Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo.
Estavam presentes o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra.
Bolsonaro também disse que viu como um ato bem-vindo a reunião de governadores que ocorreu mais cedo em Brasília em apoio à reforma previdenciária.
Ele afirmou que a inclusão dos Estados e municípios na reforma continua sendo uma interrogação dentro do Parlamento, mas que no mundo da política as coisas vão de um lado para o outro.
"Nós gostaríamos que todo mundo fosse incluído numa reforma única. Agora, em grande parte quem vai decidir isso aí é o Parlamento brasileiro."
E ainda comparou a aprovação da reforma da Previdência à Batalha de Riachuelo, em referência à Batalha Naval do Riachuelo, travada em 11 de junho de 1865 às margens do arroio Riachuelo, um afluente do Rio Paraguai, na província de Corrientes, na Argentina.
"Hoje comemoramos a Batalha de Riachuelo e a nossa Batalha de Riachuelo é a reforma da Previdência num momento tão crucial para o Brasil", disse o presidente.
Bico calado
Bolsonaro se contrariou ao ser perguntado como teria avaliado as questões envolvendo o seu ministro da Justiça, Sergio Moro, e encerrou abruptamente a coletiva de imprensa.
"Está encerrada a entrevista", disse o presidente Jair Bolsonaro, ao bater uma mão contra a outra e sair rapidamente.
No fim de semana, o site The Intercept divulgou uma série de reportagens baseadas em supostas conversas pelo Telegram do então juiz Sergio Moro, que segundo a publicação, teria orientado as investigações da força-tarefa da Lava Jato.
*Com Estadão Conteúdo.