Bandeira limitada no táxi dos bancões
Os bancos costumam recorrer a uma fábula bonitinha para defender os juros estratosféricos cobrados no cheque especial.
Eles comparam o uso do limite de crédito disponível na conta a um táxi, ao qual se deve recorrer apenas em viagens curtas. Afinal, ninguém pega táxi para ir de São Paulo a Salvador.
Na vida real, porém, muita gente que precisa entrar no táxi do cheque especial dificilmente consegue desembarcar onde deveria.
Depois de muitas tentativas de convencer os bancos a reduzirem as taxas, o governo decidiu fazer isso na marra com a decisão de limitar os juros a no máximo 8% ao mês.
Não sou um grande fã de intervenções desse tipo, por melhor que sejam as intenções. Mas no caso de mercados altamente concentrados como o bancário, às vezes é mesmo necessário recorrer à boa e velha canetada, nem que seja mais como um sinal – como parece ser o caso.
Do lado dos clientes, o limite para a “bandeirada” dos bancões é sem dúvida uma boa notícia. Ainda assim os juros seguirão altíssimos, por isso faça o possível para fugir do táxi do cheque especial.
Já para quem tem ações dos bancos na bolsa não há muito o que comemorar. Mas o impacto da mudança deve ser menor do que parece à primeira vista.
Eu conto para você nesta matéria o quanto a medida pode tirar de lucro dos bancões no ano que vem e também qual deles cobra hoje as maiores taxas do cheque especial.
Cripto de Natal
Muita gente já entrou no clima de fim de ano, mas o mundo dos investimentos ainda guarda muitas surpresas por aí. Uma delas é o bitcoin, que depois da queda recente parece caminhar para um rali de Natal e tem tudo para se valorizar no último mês de 2019. O nosso colunista Fausto Botelho, que sabe tudo e mais um pouco sobre análise técnica, traz no vídeo de hoje alguns motivos para acreditar nesse gás final da criptomoeda mais famosa do mundo.
Um pregão, duas realidades
O Ibovespa engatou o segundo pregão seguido de alta, mas deu a sensação de que poderia ir mais longe se não fosse o peso das ações dos bancos, que caíram em reação à limitação dos juros no cheque especial. Do lado positivo, a Via Varejo surfou na onda de valorização após analistas de mercado divulgarem visões mais positivas do seu negócio. Confira como foi o sobe e desce das ações nesta quinta-feira com o Victor Aguiar.
Um alívio faz bem
Depois de dias batendo recorde atrás de recorde, o dólar teve um bom alívio nesta quinta-feira. A novidade do dia veio do Banco Central, que decidiu mudar a forma de atuação. Em vez de pegar o mercado de surpresa com leilões de venda da moeda, a operação desta vez foi anunciada com antecedência, ainda na noite de quarta. O feriado nos Estados Unidos também contribuiu para o clima de tranquilidade que fez o dólar fechar em queda de mais de 1%. Saiba tudo o que movimentou os mercados na nossa cobertura.
Aqui tem foco
Quem também movimentou os mercados nesta quinta-feira foi a Petrobras. A estatal aprovou seu plano estratégico para o período de 2020 a 2024 e divulgou uma previsão de investimento de nada menos do que US$ 75,7 bilhões (sim, bilhões de dólares). E grande parte dessa montanha de dinheiro tem um mesmo destino: exploração e produção de petróleo, dentro do objetivo da estatal de dar foco ao que faz de melhor. O Kaype Abreu conta para você mais detalhes do plano, incluindo o quanto a Petrobras pretende arrecadar com a venda de ativos.
Flamengo na bolsa?
Dizem que no Brasil temos 200 milhões de técnicos de futebol. Agora já imaginou se, além de torcer, você pudesse comprar ações na bolsa do seu clube do coração (ou de algum rival que esteja bem das finanças)? É justamente isso que o Congresso debate em um projeto de lei que permite clubes de futebol se tornarem empresas de capital aberto. Se essa ideia avançar, muita gente poderá até ganhar dividendos quando seu time for campeão. Saiba mais sobre o projeto.