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Abrindo a minha carteira

9 de agosto de 2019
19:46
Selo O Melhor do Seu Dinheiro; investimentos
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Nesta semana, eu falei muito aqui no Seu Dinheiro sobre como investir nesses tempos de juros baixos - quais investimentos se tornam promissores? Como adequar a carteira? Como permanecer conservador mesmo com os aplicações de baixo risco rendendo tão pouco?

A ideia era dar uma luz para os investidores que ainda não tinham aproveitado a valorização dos ativos que ganharam com a queda nos juros futuros, antes de o Copom finalmente cortar a taxa Selic na última reunião.

Assim, publiquei quatro sugestões de carteiras para os investidores conservadores e outras quatro para os arrojados, que estão a fim mesmo é de ganhar dinheiro.

Mas como é que o brasileiro veio investindo até aqui? Às vezes é bom saber como outras pessoas físicas como nós estão aplicando os seus trocados, comparar nossa carteira, ver se ela faz sentido dadas as tendências econômicas, estimar se estamos no caminho certo e por aí vai.

Resolvi então falar um pouco da minha carteira para você. Hoje eu tenho mais ou menos um quarto do meu patrimônio em ativos de renda fixa pós-fixada e conservadora - é a minha reserva de emergência e colchão para oportunidades futuras.

Tenho também quase 25% em Tesouro IPCA+ (NTN-B) de vários vencimentos, muitos dos quais comprei lá atrás, em 2015 e 2016, e que já valorizaram um bocado desde então.

Uns 30% da minha carteira estão alocados em fundos multimercados de vários gestores renomados; 10% em fundos de ações (um indexado ao Ibovespa e o outro, um fundo ativo), além de um COE diferentão (uma pitadinha da carteira só). E os 10% restantes em previdência privada.

Não sei se é a carteira perfeita, mas os resultados estão me deixando feliz e é isso que importa. Eu já estava bem posicionada para capturar os recentes movimentos dos mercados de juros e ações e acabei me dando bem nos últimos tempos.

E eu não estou sozinha. De uma forma geral, o investidor pessoa física brasileiro já estava atento ao novo cenário e vinha adequando sua carteira há algum tempo.

Embora a caderneta de poupança ainda tenha um papel relevante para esse público, o volume investido em ações, fundos multimercados e debêntures vem crescendo.

Quer saber como anda a carteira do investidor pessoa física brasileiro? Pois um levantamento divulgado nesta semana mostra esses dados para diferentes segmentos de renda e patrimônio, e eu trago todos os números nesta matéria.

Sobrevivemos!

Apesar da semana de fortes emoções nos mercados locais e internacionais, o Ibovespa, por incrível que pareça, conseguiu sobreviver, e bem. Enquanto lá fora a guerra comercial voltou a pegar fogo, a bolsa fechou a semana com um bom ganho. Já o dólar voltou a patamares que a maioria dos brasileiros não gosta muito. O Victor Aguiar ficou ligado em tudo e traz o balanço do pregão de hoje e da semana para você nesta matéria.

Jornada nas estrelas

Quem disparou como um foguete hoje foram as ações da Qualicorp. Os papéis tiveram alta de (pasmem!) 36% nesta sexta-feira. O motivo? Uma rede de hospitais resolveu comprar uma participação pequena na companhia e, embora não tenham sido divulgados valores, a negociação acabou agradando bastante o mercado. Saiba nesta matéria quem levou uma fatia desse bolo e por que os investidores ficaram tão animados.

Top das tops

A governança corporativa diz respeito às práticas de administração de uma empresa. Uma boa governança pressupõe, por exemplo, regras claras e transparentes para tomada de decisões, equidade no tratamento de todos os interessados no negócio, prestação de contas e responsabilidade corporativa. Pois Petrobras, Banco do Brasil e Caixa receberam as notas máximas em um índice que mede esses aspectos. Saiba mais nesta matéria.

Questão de fé

No mercado financeiro, as análises dos ativos vêm carregadas de números que dão às previsões dos especialistas ares de ciência. Mas os movimentos estão profundamente ligados a expectativas, e estas, por sua vez, nem sempre se ancoram apenas em matemática. Questões subjetivas, o que inclui as emoções dos investidores, também influenciam os altos e baixos das ações. E alguns desempenhos parecem ser mais motivados por fé do que qualquer outra coisa.

Ultimamente temos conversado muito aqui na redação sobre empresas avaliadas em cifras que parecem muito altas quando comparadas aos seus pares, dadas as valorizações recentes das suas ações. E essa discussão não está rolando só aqui. Está na boca dos analistas, dos gestores e também na ponta da pena do nosso colunista Felipe Miranda, que discute as crenças do mercado e as suas próprias no seu texto de hoje. Sob os holofotes, ações como Mercado Livre, Magazine Luiza, Petrobras, Banco Inter e Itaú. Recomendo muito a leitura!

Vem pro happy hour!

Não posso deixar de encerrar a semana sem um bom bate-papo. No podcast Touros e Ursos de hoje, eu, o Victor Aguiar e o Edu Campos falamos sobre os desdobramentos da guerra comercial EUA x China, o grande passo dado pela reforma da Previdência nesta semana e as melhores alternativas para os seus investimentos com a queda da Selic - de acordo com seu perfil de risco. Prepare seu fone de ouvido, dá o play e vem curtir nosso happy hour também.

Este artigo foi publicado primeiramente no "Seu Dinheiro na sua noite", a newsletter diária do Seu Dinheiro. Para receber esse conteúdo no seu e-mail, cadastre-se gratuitamente neste link.

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