A rotina de quem faz reforma
Quem já fez reforma conhece bem a rotina de transtornos, imprevistos e prazos não cumpridos. Pior ainda é mexer em casa quando se mora no local. A única compensação no meio de tanta dor de cabeça e dinheiro investido é ver a casa arrumada no final.
Por falar em reforma, depois da dura batalha da Previdência – que impediu a casa brasileira de desmoronar – o governo lançou hoje um novo e ambicioso programa de mudança nas contas públicas.
Para você ter uma ideia da complexidade do pacote, foram enviadas três Propostas de Emenda à Constituição (PEC), que demandam um trâmite no legislativo semelhante ao da Previdência.
Um resumo do chamado Plano Mais Brasil, que foi entregue hoje pessoalmente no Congresso por Jair Bolsonaro e Paulo Guedes, você confere nesta matéria.
É claro que não faltam medidas polêmicas. O primeiro alvo dos críticos é a PEC Emergencial, que tem o objetivo de reduzir as despesas obrigatórias do governo e abrir espaço para investimentos.
Na prática, porém, a mudança mexe novamente com os servidores públicos, ao permitir a redução temporária da jornada de trabalho – e dos salários na mesma proporção.
Seriam esses inconvenientes necessários dentro de uma reforma que pretende transformar por completo o projeto arquitetônico do Estado brasileiro?
Creio que seja cedo para ter uma resposta definitiva. A entrevista coletiva com Paulo Guedes, que depois passou a palavra para os demais integrantes da equipe econômica, começou por volta das 13h30 e ainda não havia terminado.
Quem acompanha tudo bem de perto é o Eduardo Campos, que traz para você todo o clima e a expectativa do ministro com o plano.
A união faz a força
Essa deve ser a palavra de ordem no megaleilão do pré-sal marcado para amanhã. Com regiões de exploração mais caras (e nobres) entre todas as leiloadas até agora, a expectativa no fim das contas é de que poucas empresas tenham cacife para participar sozinhas na disputa. Com isso, resta apelar ao bom e velho consórcio para dividir custos e o risco no evento. Nesta matéria do Estadão você confere todos os números e a expectativa para esse leilão bilionário.
Me deixem competir!
Hoje pela manhã, quando entrei na sala virtual de teleconferências do Itaú para saber mais sobre o balanço do terceiro trimestre, sabia que um assunto não passaria batido: a guerra das maquininhas. Dito e feito! O presidente do bancão, Candido Bracher, aproveitou para fazer uma defesa da estratégia do Itaú nessa disputa, que foi contestada pelo Cade, o órgão de defesa da concorrência. E olha que a posição do executivo ficou bastante clara, como você confere nesta matéria , que também traz os planos do banco para sua rede de agências.
Síndrome de Djavan
Em dia de novo plano econômico do governo, o Ibovespa acabou sendo engolido pela força do zero a zero. Motivos não faltaram para que os mercados assumissem uma posição mais firme, como bem mostra o Victor Aguiar, mas acontece que nenhum desses motivos vieram com a força necessária para abrir o apetite do investidor que, na dúvida, sempre opta pela cautela. Resultado: leve queda de 0,06% no Ibovespa, aos 108.719 pontos.
Parem as máquinas
Foi basicamente essa a ordem dada pelo procurador-geral da República sobre os acordos de delação premiada dos irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da JBS, e dos executivos Ricardo Saud e Francisco de Assis. Augusto Aras mandou cancelar todos esses processos alegando que nenhum dos beneficiados foram leais ou agiram com boa-fé no processo. Entenda o caso e as consequências da decisão do procurador.
Precisamos falar sobre debêntures
A renda fixa varia, e quem investiu diretamente ou via fundos em debêntures – títulos de dívida emitidos por empresas – aprendeu isso de forma amarga recentemente. Como as taxas de muitas emissões saíram muito apertadas em meio à demanda crescente, o efeito da chamada marcação a mercado foi sentida na cota de vários fundos. O tema é bem complexo, mas o nosso colunista Felipe Miranda traz algumas reflexões sobre esse mercado que certamente vão ajudar você a se tornar um investidor melhor.