A barreira do milhão pode se romper

Já ouvi muitas histórias de pessoas que ficaram ricas e não sabem o que fazer com o seu dinheiro. São pessoas que se deram muito bem nas suas áreas - empresários, modelos, produtores rurais, engenheiros, médicos, etc- mas que não se dedicaram a aprender um pouquinho sobre finanças. Também conheço gente que tem pouco dinheiro, mas administra com primor suas contas e consegue fazer seu punhado render muito bem, obrigado.
O primeiro grupo me parece ter presas mais fáceis para espertalhões do que o segundo. Realmente não acho que ter dinheiro é um indicativo de que alguém entende sobre finanças e sobre os riscos de cada investimento. Então por que parte dos investimentos ainda é restrita aos chamados investidores qualificados, aqueles que têm mais de R$ 1 milhão para investir?
Reconheço que a intenção de quem inventou essa regra foi boa, de proteger o pequeno investidor. Mas ela parte do princípio de que o cara precisa ter R$ 1 milhão (ou trabalhar na área de finanças) para estar apto a decidir colocar seu dinheiro em algumas aplicações mais arriscadas. Você concorda com isso?
Esse tema rende boas discussões nas reuniões de pauta aqui no Seu Dinheiro. Pessoalmente, acho que esse tipo de tutela mais atrapalha do que ajuda hoje em dia. Existe muita informação sobre investimentos disponível em projetos como Seu Dinheiro e o pequeno investidor tem condições de se informar, avaliar riscos e decidir se quer entrar neste ou naquele investimento. Deixar a porta fechada não me parece a melhor solução.
Um passo para romper a barreira do milhão foi dado nesta semana. A lei da Liberdade Econômica, aprovada pelo Senado na quarta-feira, ganhou o noticiário pela questão dos trabalhos aos domingos, mas traz alterações interessantes nas normas que regem os fundos de investimento. O Eduardo Campos passou um pente fino na proposta e explica aqui a novidade que ela traz.
O texto dá um recado para Comissão de Valores Mobiliários, que é quem define a regra do jogo dos mercados. Aguardamos as cenas do próximo capítulo para saber se eles vão entender o recado.
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A Bula do Mercado: Powell no palco
O mercado financeiro aguarda ansiosamente pelo discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, durante simpósio em Jackson Hole (Wyoming, EUA). Os investidores esperam uma indicação de abordagem do BC americano para os próximos meses, já que a ata da reunião de julho não captou a escalada da guerra comercial no início de agosto nem a inversão da curva de juros norte-americana.
Por ora, o sinal positivo prevalece entre as bolsas, vindo desde a Ásia, passando pela Europa até chegar em Nova York. Mas os ganhos modestos exibidos nos mercados asiáticos já refletiam a espera pelo discurso de Powell, ao mesmo tempo em que monitoram o aumento da tensão entre Japão e Coreia do Sul. Ainda na região, o yuan é negociado ao nível mais fraco desde 2008. Já o petróleo caminha para o primeiro ganho semanal desde junho e o minério de ferro também sobe.
O mercado doméstico pode tirar proveito do ambiente externo favorável ao risco. Ontem, o Ibovespa teve baixa de 1,18%, aos 100.011,28 pontos. O dólar à vista fechou em alta de 1,19%, a R$ 4,0780. Consulte a Bula do Mercado para saber o que esperar de bolsa e dólar hoje.
Me dá um final de semana
A entrega do relatório preliminar da reforma da Previdência seria um dos eventos mais importantes do dia para o mercado local. Mas o senador Tasso Jereissati avisou que o documento vai atrasar. Ele pediu mais um fim de semana para se debruçar sobre a Previdência com sua equipe. O parlamentar também deu indicações do que pode mudar no projeto vindo da Câmara e comentou que a indicação de Eduardo Bolsonaro para a embaixada em Washington deve atrapalhar o andamento da reforma. Entenda.
Casa em chamas
O governo está tendo de lidar com uma crise de proporção global. A repercussão das queimadas na Amazônia sofreu uma escalada após o presidente da França, Emmanuel Macron, publicar no Twitter que deve discutir o assunto no G-7. "Nossa casa está queimando. Literalmente", escreveu. Brasília age: o presidente Jair Bolsonaro escalou uma equipe ministerial para combater os incêndios e Rodrigo Maia disse que a Câmara dos Deputados vai criar uma comissão externa para acompanhar a crise na região. Saiba mais.
Visita da PF
O dia começa agitado com mais uma fase da operação Lava Jato. A Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão para apurar irregularidades em negócios no pré-sal e na venda de ativos na África. Entre os alvos da operação estão a ex-presidente da Petrobras, Graça Foster, e o executivo André Esteves, do BTG Pactual.
Olha o gado
Depois de um segundo trimestre de resultados fortes, o JBS quer dinheiro para comprar gado - mais especificamente R$ 600 milhões. A companhia aprovou a emissão de debêntures (títulos de dívida) que serão lastros para a emissão de CRA (Certificados de Recebíveis do Agronegócio). Saiba mais.
Combo de fundos
Você já pensou em comprar uma cesta de fundos de investimentos? Em vez de ter que escolher um a um na prateleira, você pode levar para casa um combo com a carteira de vários gestores. Essa é a proposta dos fundos de fundos, ou “Fof”, como também são conhecidos. A Julia Wiltgen explica como eles funcionam no vídeo de hoje. Dê o play e entenda quais as vantagens e desvantagens desta solução.
Um grande abraço e ótima sexta-feira!
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