Sérgio Rial ganha mais poderes no Santander e passa a comandar banco na América do Sul
Rial passará a chefiar as operações do banco no Chile, Argentina, Uruguai e na região andina e vai acumular a nova função com o comando do Santander Brasil. Mas as novas responsabilidades vêm acompanhadas de metas ambiciosas para o país
Depois de colocar a unidade brasileira do Santander na briga entre os bancos mais rentáveis do país, Sérgio Rial vai ganhar mais poderes no banco espanhol. Ele foi anunciado hoje como responsável pelas operações em toda a América do Sul.
Com a mudança, os executivos do banco responsáveis pelas unidades no Chile, Argentina, Uruguai e na região andina passarão a se reportar a Rial, que permanece no comando do Santander Brasil.
O anúncio foi feito hoje em Londres e faz parte de uma reestruturação que dividiu as áreas de atuação do banco em três regiões: América do Sul, Europa e América do Norte. Os chefes de cada região vão responder a José Antonio Álvarez, CEO do Grupo Santander.
Acima de 20%
Junto com mais poderes, Rial ganha metas ambiciosas para o comando da operação brasileira. Depois de ampliar a rentabilidade do banco para o patamar de 20% no ano passado, a expectativa da matriz espanhola é que o indicador fique acima desse nível no médio prazo.
Para manter a lucratividade nas alturas, o Santander aposta no aumento da penetração bancária e nos juros baixos no país para aumentar a concessão de crédito. Na entrevista que concedeu ao Seu Dinheiro na estreia do site, Rial afirmou que pretende aumentar a atuação do banco fora dos grandes centros e na chamada base da pirâmide.
Desde que o executivo assumiu a unidade brasileira do Santander, no início de 2016, os recibos de ações (units) do banco negociados na B3 acumulam uma alta de 233%. No mesmo período, o Ibovespa subiu 120%. Os papéis eram negociados hoje pela manhã em alta de 1,57%, cotados a R$ 44,60.
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Maquininha global
O Santander também pretende exportar outro caso bem sucedido da operação brasileira: a empresa de maquininhas de cartão Getnet. O banco vai converter a companhia em uma plataforma global para o comércio. A expansão começará pelo México e depois seguirá para o resto da América Latina e Europa.
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