Depois de colocar os gastos na ponta do lápis, Santander revoga contratação de seu novo CEO global
Justificativa do banco foi que não seria possível arcar com os custos de compensação pela saída de Andrea Orcel do UBS
Foi, mas não foi! O banco Santander anunciou na tarde desta terça-feira, 15, que seu conselho de administração desistiu da nomeação de Andrea Orcel como CEO do Grupo. A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa da instituição espanhola e posteriormente confirmada ao mercado.
O nome de Orcel havia sido anunciado em setembro do ano passado e estava sujeito a "condições habituais", incluindo seis meses de "garden leave", expressão em inglês para uma espécie de quarentena que os executivos têm ao mudar de uma empresa para outra.
O impasse estaria no valor que o Santander teria que pagar para Orcel como compensação pela bolada que o banqueiro deixaria de receber do UBS, onde ocupava a chefia de investimentos. De acordo com o Santander, não seria possível justificar esse desembolso.
O banco explicou que, no momento em que havia sido definido o salário de Orcel, não era possível antecipar o custo final desses pagamentos e que o valor só ficou claro depois da sua nomeação. O Santander afirma que essa seria uma "soma significativamente maior" do que o originalmente planejado pelos conselheiros.
O conselho argumentou que seria inaceitável para um banco comercial como o Santander lidar com o custo de contratar com os valores que vieram à tona. "Como banco comercial, tivemos que pesar o alto custo de contratar um profissional, mesmo que seja alguém do talento de Andrea Orcel, para quem tivemos que compensar a perda de sete anos de salário diferido, com nossa cultura corporativa, que implica compromisso e responsabilidade com nossos funcionários, clientes e acionistas. Portanto, o conselho e eu, estamos convencidos de que, embora seja uma decisão difícil, tomamos o caminho certo", considerou a presidente do Banco Santander, Ana Botín.
A nomeação de Orcel foi interpretada como uma intensificação da estratégia da instituição espanhola de adquirir novos bancos, como fez com o Popular. No UBS, o executivo reformou a instituição suíça desde o seu ingresso no banco. O executivo também já teve passagem pelo alto escalão do americano Merrill Lynch.
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Com a saída de Orcel, José Antonio Álvarez seguirá como CEO do Grupo Santander e também ocupará a vice-presidência do conselho. Já Rodrigo Echenique permanecerá como presidente do Santander Espanha até a nomeação de seu sucessor. Vale lembrar que Álvarez estava se preparando para ocupar a presidência do Santander Espanha em março.
Enquanto isso, na bolsa...
As Unit's do Santander, negociadas na B3, fecharam o pregão entre as maiores baixas do Ibovespa. Os papéis registraram queda de 2,29%, valendo R$ 47,00.
*Com Estadão Conteúdo.
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