Maia volta a disparar contra Bolsonaro e diz que país vive ‘quase um Estado autoritário’, inclusive no Meio Ambiente
Presidente da Câmara também classificou como desculpa as ameaças da Europa sobre a questão das queimadas na Amazônia

Numa semana em que a questão da Amazônia se tornou uma crise internacional, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta sexta-feira, 23, que o Brasil vive "quase um estado autoritário", inclusive na área do meio ambiente.
"Vivemos quase num Estado autoritário, pelo poder que muitos setores, eu não digo só não área da segurança pública, no Judiciário, mas os setores como um todo, inclusive no meio ambiente, em relação à vida da sociedade brasileira", disse o parlamentar.
O comentário de Maia foi feito enquanto ele participava de evento da Associação dos Advogados de São Paulo, que entregou ao presidente da Câmara um relatório crítico ao projeto anticrime do ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro.
"O projeto tem pontos positivos, mas parte dele precisa se revisto, analisado, para que um lado da sociedade tenha uma preocupação por parte do Parlamento", disse o deputado.
Ameaça europeia é desculpa
Após França e Irlanda sinalizarem que querem voltar atrás no acordo comercial entre União Europeia e Mercosul, em razão da crise envolvendo a Amazônia, Maia afirmou que a ameaça foi uma "desculpa" para que o acordo não avance, em função de supostos interesses econômicos desses países.
"Eu acho que utilizar isso (a Amazônia) para falar que não vai avançar com o acordo é querer usar uma desculpa para proteção da economia de algum país, como é o caso da França", disse, após evento com advogados em São Paulo. "Tudo bem, é direito deles, mas o Brasil não tomou nenhuma atitude concreta, de leis, de ação do governo, para, meses depois (do anúncio do acordo), eles não quererem cumprir o acordo", acrescentou.
Leia Também
Acionistas da Petrobras (PETR4) votam hoje a eleição de novos conselheiros e pagamento de dividendos bilionários. Saiba o que está em jogo
Respira, mas não larga o salva-vidas: Trump continua mexendo com os humores do mercado nesta terça
Em seguida, Maia disse que há um "certo exagero" e "algum excesso" em fazer essa ameaça e insistiu na tese de que há interesses econômicos por trás do movimento da França e da Irlanda, apesar de reconhecer que a crítica é válida. "Depois de tantos meses e anos de diálogo para chegar ao acordo, anunciar rapidamente que não vai cumprir é porque tem algum interesse econômico por trás que não estamos vendo", disse.
Na avaliação de Maia, se os países da Europa estão mesmo preocupados com a Amazônia, precisam entender que o acordo com o Mercosul vai ajudar, por causa do diálogo constante, da troca de informações, de recursos e de tecnologia.
"Só dois países ajudavam. A França, por exemplo, nunca ajudou. Então, podem todos ajudar", disse. "Todos os recursos para proteger a região é bem-vindo. A gente precisa compreender que essa é uma solução que precisa ser dada pelos brasileiros, no diálogo com países europeus e da região da América do Sul", afirmou.
Na visão de Maia, o Brasil não oferece motivos "ainda" para que seja dito que o governo brasileiro avançou numa política de desmatar, em vez de proteger.
O presidente da Câmara garantiu que, da parte do Parlamento, não haverá a aprovação de nenhuma lei que sinalize contra a preservação da floresta amazônica. "O que pudermos fazer no diálogo com outros parlamentos na região do Mercosul e na Europa nós faremos, e esperamos que a Europa compreenda que o acordo precisa ser cumprido", disse.
Maia declarou também que vai visitar países que fazem parte da região amazônica e, num segundo momento, quer ir à Europa. "Acho que a diplomacia parlamentar, que muitas vezes é criticada por parte da sociedade e da imprensa, é um instrumento importante", disse.
*Com Estadão Conteúdo.
Com eleições de 2026 no radar, governo Lula melhora avaliação positiva, mas popularidade do presidente segue baixa
O governo vem investindo pesado para aumentar a popularidade. A aposta para virar o jogo está focada principalmente na área econômica, porém a gestão de Lula tem outra carta na manga: Donald Trump
Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell
Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem
Eleições 2026: Lula tem empate técnico com Bolsonaro e vence todos os demais no 2º turno, segundo pesquisa Genial/Quaest
Ainda segundo a pesquisa, 62% dos brasileiros acham que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deveria se candidatar à reeleição em 2026
A resposta de Lula às tarifas de Trump: Brasil pode pegar pesado e recorrer à OMC
O governo brasileiro estuda todas as opções para se defender das medidas do governo norte-americano e, embora prefira o diálogo, não descarta acionar os EUA na Organização Mundial do Comércio
Trump-palooza: Alta tensão com tarifaço dos EUA força cautela nas bolsas internacionais e afeta Ibovespa
Donald Trump vai detalhar no fim da tarde de hoje o que chama de tarifas “recíprocas” contra países que “maltratam” os EUA
Brasil não aguarda tarifas de Trump de braços cruzados: o último passo do Congresso antes do Dia da Libertação dos EUA
Enquanto o Ibovespa andou com as próprias pernas, o Congresso preparava um projeto de lei para se defender de tarifas recíprocas
Esporte radical na bolsa: Ibovespa sobe em dia de IPCA-15, relatório do Banco Central e coletiva de Galípolo
Galípolo concederá entrevista coletiva no fim da manhã, depois da apresentação do Relatório de Política Monetária do BC
STF torna Bolsonaro réu por tentativa de golpe; o que acontece agora
Além de Bolsonaro, a primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) tornou réus sete aliados do ex-presidente
Cuidado com a cabeça: Ibovespa tenta recuperação enquanto investidores repercutem ata do Copom
Ibovespa caiu 0,77% na segunda-feira, mas acumula alta de quase 7% no que vai de março diante das perspectivas para os juros
Isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil: o que muda para cada faixa de renda se proposta de Lula for aprovada
Além da isenção para quem ganha até R$ 5 mil por mês, governo prevê redução de imposto para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil; já quem ganha acima de R$ 50 mil deve pagar mais
O rugido do leão: Ibovespa se prepara para Super Semana dos bancos centrais e mais balanços
Além das decisões de juros, os investidores seguem repercutindo as medidas de estímulo ao consumo na China
Na presença de Tarcísio, Bolsonaro defende anistia e volta a questionar resultado das eleições e a atacar STF
Bolsonaro diz que, “mesmo preso ou morto”, continuará sendo “um problema” para o Supremo Tribunal Federal (STF)
Comissão confirma votação do Orçamento na próxima semana depois de suposto adiamento; entenda o que causou a confusão
Congresso vem sendo criticado pela demora na votação; normalmente, o orçamento de um ano é votado até dezembro do ano anterior
Popularidade de Lula em baixa e bolsa em alta: as eleições de 2026 já estão fazendo preço no mercado ou é apenas ruído?
No episódio do podcast Touros e Ursos desta semana, o professor da FGV, Pierre Oberson, fala sobre o que os investidores podem esperar do xadrez eleitoral dos próximos dois anos
De onde não se espera nada: Ibovespa repercute balanços e entrevista de Haddad depois de surpresa com a Vale
Agenda vazia de indicadores obriga investidores a concentrarem foco em balanços e comentários do ministro da Fazenda
Como não ser pego de surpresa: Ibovespa vai a reboque de mercados estrangeiros em dia de ata do Fed e balanço da Vale
Ibovespa reage a resultados trimestrais de empresas locais enquanto a temporada de balanços avança na bolsa brasileira
PGR denuncia Bolsonaro e mais 33 por tentativa de golpe de Estado; veja tudo o que você precisa saber sobre as acusações
As acusações da procuradoria são baseadas no inquérito da Polícia Federal (PF) sobre os atos de 8 de janeiro de 2022, quando apoiadores de Bolsonaro invadiram e depredaram os prédios dos Três Poderes
Datafolha: Aprovação de Lula cai ao pior patamar de todos os seus mandatos, enquanto rejeição bate recorde; veja os números
Queda de 11 pontos em dois meses é inédita, segundo a pesquisa feita com 2.007 eleitores em 113 cidades do Brasil
Haddad apresenta nova estimativa de corte de gastos em meio a negociações para aprovar Orçamento de 2025
Nova estimativa da Junta de Execução Orçamentária agora prevê economia de R$ 34 bilhões em 2025, segundo Fernando Haddad
Governo divulga resultados individuais do “Enem dos Concursos”; veja como conferir se você foi aprovado no Concurso Público Nacional Unificado
A divulgação dos resultados do “Enem dos Concursos” veio em meio a polêmicas sobre as avaliações. Já a lista definitiva ainda será publicada