Fazer reforma em fases é decisão política, diz Appy
Segundo Appy, é possível fazer a unificação de tributos federais, estaduais e municipais num Imposto de Valor Agregado (IVA) nacional em fases
Diretor do Centro de Cidadania Fiscal (CCiF), o ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda Bernard Appy, cuja proposta de reforma tributária embasa as discussões tanto no governo quanto no Congresso, avaliou como "muito boa" a reunião técnica que teve nessa quinta-feira, 11, com técnicos da Secretaria de Receita Federal. Appy não deu detalhes, mas frisou que é política a decisão de fazer a reforma em fases, com a unificação de tributos federais como um primeiro passo, como antecipado pelo secretário Marcos Cintra ao jornal O Estado de S. Paulo.
Tecnicamente, segundo Appy, é possível fazer a unificação de tributos federais, estaduais e municipais num Imposto de Valor Agregado (IVA) nacional em fases. Embora a decisão de fazer em fases ou não seja política, o CCiF defende uma reforma ampla, que inclua tributos estaduais e municipais.
O diretor do CCiF também evitou comentar a proposta de Cintra de retirar encargos previdenciários da folha de salários e trocá-los por um imposto sobre movimentações financeiras ou por uma elevação adicional do imposto único. Segundo Appy, o CCiF tem uma proposta de redução dos encargos na folha. A ideia é mais complexa do que uma simples redução linear das alíquotas, explicou, mas não se posicionou sobre qual seria melhor forma de substituir essa receita.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.