Maia diz que destaque sobre policiais vai causar polêmica na votação da reforma da Previdência em plenário
Categoria defende que a idade mínima para a aposentadoria seja menor do que a prevista no relatório aprovado na Comissão Especial
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta sexta-feira, 5, que o destaque sobre o abrandamento da regra de aposentadoria para policiais que servem à União é um dos que tem o maior risco de gerar polêmicas na votação da reforma da Previdência no plenário da Casa, e, inclusive, de causar mais desidratações à proposta.
A categoria defende que a idade mínima para a aposentadoria seja menor do que a prevista no relatório aprovado nesta quinta-feira (55 anos para homens e mulheres). Um acordo quase chegou a ser fechado nesta semana, com a previsão de aposentadoria aos 52 anos para mulheres e 53 anos para homens, mas o mesmo caiu porque os policiais não aceitaram os termos. "Não dá para dizer que com 55 anos se está velho para aposentar", disse Maia.
O deputado esclareceu que a bancada da segurança pública deve dar cerca de 60 a 80 votos para que a questão seja revertida pelo plenário da Câmara. A oposição também deve apoiar este destaque.
Maia fez a afirmação em entrevista ao programa de rádio Pânico nesta manhã. Durante a conversa sobre a reforma da Previdência, Maia lamentou não ter conseguido ainda reincluir Estados e municípios no texto. O presidente da Câmara destacou que a aprovação da proposta é fundamental para recuperar a economia e para reorganizar as contas públicas do Brasil.
Questionado pelos apresentadores sobre ter comemorado a aprovação da reforma na comissão especial nesta quinta-feira, Maia afirmou que ninguém comemora uma reforma como esta, mas que, por dentro, ficou feliz porque considera que a proposta vai organizar as despesas previdenciárias. "A Previdência é necessidade, sabemos que vai ser importante", disse.
Maia também disse que os líderes dos partidos de centro, que foram criticados tanto pelo governo quanto por eleitores do presidente Jair Bolsonaro, por supostamente quererem fazer o chamado "toma lá, dá cá", foram os que garantiram a aprovação da proposta na comissão especial nesta madrugada.
Leia Também
"Todos os que foram criticados por ser do Centrão, por querer o 'toma lá, dá cá', foram os que ficaram até duas horas da manhã engajados para aprovar a reforma da Previdência na comissão especial", disse.
Maia também ressaltou que a nova relação entre o Executivo e o Legislativo é fruto de uma mudança de postura que, para ele, partiu do próprio presidente Jair Bolsonaro quando ele decidiu não formar uma base de apoio ampla no Congresso. "O presidencialismo sem coalizão tem dado mais responsabilidade aos parlamentares", disse.
O deputado, no entanto, afirmou que uma discussão sobre a mudança do presidencialismo para o parlamentarismo no início de um governo é um "sinal invertido" porque atacaria o poder do presidente.
O número mágico
Maia afirmou também que a Câmara deverá ter um quórum de 495 a 500 deputados, do total de 513, para a votação da reforma da Previdência em plenário. O objetivo é garantir a aprovação da proposta, que deverá ser votada em dois turnos na semana que vem.
"Vamos começar a trabalhar amanhã (sábado) para aprovar a reforma na semana que vem. Eu ordenei aos deputados em Brasília nesta semana", disse em entrevista ao programa de rádio Pânico. De acordo com ele, as reuniões para tratar da questão começarão já neste sábado, quando deverá reunir alguns líderes partidários para contar quantos votos favoráveis a matéria deverá ter.
A pressa para garantir a votação é justificada porque o Congresso iniciará um recesso no dia 18 de julho. Se a reforma não for votada pela Câmara até lá, os deputados só voltarão a analisá-la em agosto. Numa contagem prévia, Maia espera um placar de mais de 340 votos favoráveis à reforma, o que daria segurança para garantir a aprovação. São necessários 308 votos a favor para a matéria ser aprovada.
Tributária
Maia disse ainda que instalará nesta semana a comissão especial para analisar a reforma tributária. O projeto em análise foi apresentado pelo deputado Baleia Rossi (MDB-SP) com base nas propostas do economista Bernard Appy.
O governo, no entanto, também elabora uma proposta própria e deve encaminhá-la ao Congresso em breve. Segundo Maia, quando o texto da equipe econômica chegar à Câmara, ele poderá ser apensado ao de Rossi para que as duas propostas tramitem em conjunto, desde que ele não trate da criação de um imposto nos moldes da CPMF. Para Maia, é necessário reduzir a carga tributária do País.
Maia também afirmou que a Casa dará início à análise do pacote anticrime patrocinado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, em agosto. O deputado voltou a elogiar Moro pela relação próxima que ele tem desenvolvido com o Congresso. Para Maia, ele é um dos poucos ministros que têm interlocução com o Legislativo.
Sobre a proposta de prisão após condenação em segunda instância, incluída no pacote de Moro, Maia disse achar que é necessário que essa questão seja resolvida por uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e não por um projeto de lei. Por isso, a Casa deve apresentar uma PEC sobre isso. Já a PEC que acaba com o foro privilegiado deverá ser pautada após a aprovação da reforma da Previdência, segundo Maia.
Outra proposta que deve entrar no radar da Câmara é a do abuso de autoridade, que foi aprovado recentemente pelo Senado, mas, como foi modificado, deverá voltar à análise dos deputados. Maia disse que ainda não viu o teor final do texto chancelado pelos senadores.
Aécio
Durante a conversa, os apresentadores lembraram o apoio de Maia à candidatura do deputado Aécio Neves (PSDB-MG) às eleições presidenciais de 2014, quando ele foi derrotado pela ex-presidente Dilma Rousseff. Questionado sobre sua relação com o tucano, Maia afirmou que os dois são amigos até hoje e que Aécio, embora pareça não ter protagonismo, está atuando nos bastidores.
Questionado sobre a possibilidade de disputar o governo do Rio de Janeiro em 2022 ou até mesmo a prefeitura da capital no ano que vem, Maia afirmou que primeiro é preciso organizar as contas públicas porque, caso contrário, como gestor só ficaria administrando despesa. "Se antes como deputado eu não ajudar a organizar a despesa pública, como eu vou ser governador ou prefeito? Só vale a pena assumir uma prefeitura, governo estadual ou até mesmo federal depois de organizar as contas públicas", disse.
Copa América
Maia também negou que irá aceitar eventual convite de Bolsonaro para acompanhá-lo no jogo da final da Copa América, no domingo, em que o Brasil enfrentará o Peru. "O Maracanã vaia até minuto de silêncio, vou ficar em Brasília trabalhando a reforma da Previdência", disse.
*Com Estadão Conteúdo.
Como um acordo entre o Brasil e a Suécia deve impulsionar as vendas da Embraer (EMBR3)
De acordo com a carta de intenções, a FAB irá comprar caças suecos Gripen, enquanto os europeus irão adquirir as aeronaves C-390 Millennium da Embraer
Ibovespa segue com a roda presa no fiscal e cai 0,51%, dólar fecha estável a R$ 5,6753; Wall Street comemora pelo 2° dia
Por lá, o presidente do BC dos EUA alimenta incertezas sobre a continuidade do ciclo de corte de juros em dezembro. Por aqui, as notícias de um pacote de corte de gastos mais modesto desanima os investidores.
Lula fala em aceitar cortes nos investimentos, critica mercado e exige que Congresso reduza emendas para ajuda fazer ajuste fiscal
O presidente ainda criticou o que chamou de “hipocrisia especulativa” do mercado, que tem o aval da imprensa brasileira
Eleições EUA: Por que a votação é sempre na terça? Trump e Kamala podem empatar? Saiba a resposta para essas e mais 8 perguntas
O intrincado funcionamento do Colégio Eleitoral é apenas uma das muitas peculiaridades das eleições presidenciais nos EUA; confira este guia rápido com tudo o que você precisa saber
Ganhou (n)a Loteria: por R$ 600 milhões e valorização de 130%, governo de São Paulo leiloa loteria estadual
Segundo o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o valor será convertido para a construção de dois novos hospitais, em Birigui e em Itapetininga
“A esquerda morreu”: o que Lula precisa fazer para se reeleger em 2026 e onde o discurso se perdeu, segundo Felipe Miranda
O segundo turno das eleições municipais consolidou o que já vinha sendo desenhado desde antes do primeiro turno: a força da centro-direita no país. Não dá para esquecer que o resultado das urnas em 2024 é um indicativo de como deve ser a corrida para a presidência em 2026 — e as notícias não são […]
Eleições Goiânia 2024: Sandro Mabel (União) confirma favoritismo e vence Fred Rodrigues (PL); veja o resultado
Apoiado por Ronaldo Caiado, Mabel venceu candidato de Jair Bolsonaro em eleição bem dividida na capital de Goiás
Concorrente da Embraer à beira da falência, novas regras de previdência, a ‘mágica’ de Elon Musk e o futuro dos juros no Brasil
Além disso, Inter Asset revelou 5 ações para investir na bolsa até o final de 2024; veja os destaques de audiência do Seu Dinheiro nesta semana
Vale (VALE3) em tempos de crise na China e preço baixo do minério: os planos do novo CEO Gustavo Pimenta após o resultado que agradou o mercado
Novo CEO fala em transformar Vale em líder no segmento de metais da transição energética, como cobre e níquel; ações sobem após balanço do 3T24
Resgate ou renda? Bradesco muda a grade da previdência privada de olho nas mudanças das regras de PGBL e VGBL
Após nova regulação para estimular a contratação de renda na fase de desacumulação dos planos de previdência privada, a Bradesco Vida e Previdência criou novos produtos, de olho nos segurados que estão prestes a se aposentar
Campos Neto defende “choque fiscal positivo” como condição para Selic cair de forma sustentável
Falta de confiança na política fiscal dificulta o processo de convergência da inflação para a meta, disse o presidente do BC; saiba mais
Vale virar a chavinha? Em dia de agenda fraca, Ibovespa repercute PIB da China, balanços nos EUA e dirigentes do Fed
PIB da China veio melhor do que se esperava, assim como dados de vendas no varejo e produção industrial da segunda maior economia do mundo
Governo envia ao Congresso proposta bilionária para socorrer companhias aéreas — mas valor é bem menor do que se esperava
A previsão é de que os empréstimos sejam operacionalizados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
Greve volta a paralisar venda de títulos públicos do Tesouro Direto nesta terça-feira (15); resgates serão mantidos?
Esta é a terceira vez que a greve dos servidores do Tesouro Nacional paralisa as operações do Tesouro Direto em menos de um mês
Risco fiscal nas alturas: como a situação dos gastos públicos pode se deteriorar de forma acelerada e levar a Selic aos 13%
Se o governo não adotar medidas para controlar o crescimento das despesas obrigatórias, enfrentaremos o risco de desancoragem da inflação, levando os juros para 13% ou mais
Felipe Miranda: Não estamos no México, nem no Dilma 2
Embora algumas analogias de fato possam ser feitas, sobretudo porque a direção guarda alguma semelhança, a comparação parece bastante imprecisa
Eleições municipais 2024: Bolsonarismo e centro-direita mostram força nas prefeituras e elegem sete dos dez vereadores mais votados do país
Líder na votação para vereador, Lucas Pavanato apoiou Marçal em São Paulo; Na disputa para a prefeitura, Boulos vira maior trunfo da esquerda
Eleições municipais 2024: Veja o resultado da apuração para prefeito; 15 capitais terão segundo turno
A votação de segundo turno acontece no dia 27 de outubro, das 8h às 17h
Regulação das bets deve sair na semana que vem, diz Lula — enquanto mais sete casas de apostas são proibidas de atuar no Brasil
O presidente afirmou que não aceita que os recursos do Bolsa Família sejam usados para apostas e disse que, se a regulamentação não der certo, ele não terá dúvidas de “acabar definitivamente com isso”
Quem ganhou, quem perdeu e quem se destacou no último debate para prefeitura de São Paulo em meio triplo empate técnico entre candidatos
Na mais recente pesquisa do Datafolha, Boulos estava à frente com 26% das intenções de voto, seguido por Nunes e Marçal, ambos com 24% das intenções