Para analistas, economia caminha para ano perdido
Em 2019, 11 instituições financeiras já estão com estimativas inferiores a 1,0% para o crescimento desta ano. Em pesquisa anterior, apenas 3 previam crescimento menor

A economia brasileira caminha para mais um ano perdido, na avaliação de analistas. As projeções do início do ano de crescimento em torno de 2,6% agora estão em 1,0%. Há, porém, risco de o PIB ficar abaixo disso, conforme pesquisa com 26 instituições financeiras. Em 11 delas, as estimativas são inferiores a 1,0% para o crescimento deste ano. Na pesquisa anterior, feita após a divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), de 26 consultadas, 3 previam menos de 1,0%.
Citibank, JP Morgan e MB Associados estão entre as que cortaram projeções. A previsão do Citibank era de alta de 1,4% em 2019, mas caiu para 0,9%. O JP Morgan reduziu sua projeção de 1,5% para 0,9%, e a MB Associados de 1,1% para 0,9%.
O economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, disse que ainda não é o caso de falar em recessão. Segundo ele, caso o PIB do segundo trimestre registre nova queda, configuraria uma "recessão técnica", quando há dois trimestres seguidos de retração. "A virada de expectativa em poucos meses trouxe um gosto amargo para quem imaginava que o governo poderia ser mais agressivo com as reformas e mais equilibrado politicamente", disse Vale.
Em relatório, a LCA Consultores considera “ser pouco provável que tenhamos um quadro de recessão técnica no PIB na primeira metade de 2019”, mas ressalta que, se no segundo trimestre variar perto de 0,1% sobre os três primeiros meses do ano, piso da estimativa da consultoria, "nossa projeção de crescimento anual, hoje em 1,0%, se tornaria relativamente otimista".
Para Juliana Cunha, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV), uma economia mais acelerada no segundo semestre não bastaria para o PIB fechar, na média, muito acima de 2018, mesmo que empresários e consumidores vejam "as coisas acontecendo" na segunda metade do ano. "As taxas dos trimestres poderão estar boas, mas (a variação) do ano carregará o desempenho ruim do início do ano."
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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