Analistas dizem que intervenção do governo na Petrobras põe em risco plano de venda de ativos
Decisão de Bolsonaro sobre a política de preços da estatal injeta mais incerteza sobre o programa de desinvestimento, sobretudo para o refino
A decisão do presidente Jair Bolsonaro de intervir no reajuste do diesel da Petrobras colocou uma grande pulga atrás da orelha dos analistas. Há agora uma grande dúvida em relação ao futuro do programa de venda de ativos da estatal.
De acordo com o sócio-fundador e diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, após a decisão da empresa de voltar atrás no reajuste de 5,7%, empresários podem ver como mais arriscado comprar ativos da Petrobras.
"Você acha que alguém vai comprar uma refinaria no Brasil se ele achar que a qualquer momento o governo vai obrigá-lo a vender combustível mais barato no mercado nacional?", disse, colocando em xeque o sucesso da venda de unidades na área de refino e da BR Distribuidora.
"O papel da Petrobras agora - e ela tem de ser ajudada pelo governo -, é falar que esse evento de ontem foi aleatório. Que isso não vai se repetir. E que o governo vai retomar a política de preço", disse Pires, que chegou a ser cogitado para compor o ministério de Bolsonaro.
Segundo os analistas André Hachem e Leonardo Marcondes, do Itaú BBA, a decisão da estatal injeta mais incerteza sobre o programa de desinvestimento, sobretudo no refino - etapa considerada por eles importante para demonstrar de fato uma melhora na governança corporativa da empresa. "A interferência na política de preços da Petrobras e sua liberdade de acompanhar a paridade internacional poderiam levantar dúvidas" entre os interessados nos ativos, disseram.
Ainda conforme a equipe do Itaú BBA, a capacidade da Petrobras de definir os preços dos combustíveis no mercado doméstico decorre do seu monopólio. "Abrir o segmento a terceiros garantiria que as práticas de mercado fossem aplicadas no mercado doméstico e restringiria a capacidade da empresa de controlar os preços."
Leia Também
Na mesma direção, a equipe do BTG Pactual ressaltou o risco que paira agora sobre o processo de venda de refinarias, que deve se iniciar em breve. Os desinvestimentos, segundo os analistas, são cruciais para a redução do risco da empresa. Além disso, os analistas Thiago Duarte e Pedro Soares, do BTG, disseram que os acontecimentos do dia elevam também a percepção de risco sobre a liberdade operacional da estatal de controlar o preço dos combustíveis.
FMI
Em Washington, o diretor do departamento de Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI), Alejandro Werner, disse que tudo que impedir uma "operação comercial saudável" da Petrobras pode gerar problemas à empresa.
Questionado sobre o efeito da interferência de Bolsonaro no preço do diesel, ele afirmou que é preciso aguardar para saber a "natureza exata" da questão dos preços do combustível e o "quão duradoura" será. "Temos de avaliar qual será o impacto disso na empresa e se isso pode ter um efeito em toda a economia", afirmou Werner.
*Com o jornal O Estado de S. Paulo.
BRK Ambiental: quem é a empresa que pode quebrar jejum de IPO após 4 anos sem ofertas de ações na bolsa brasileira
A BRK Ambiental entrou um pedido na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar um IPO; o que esperar agora?
Os bastidores da nova fase da Riachuelo (GUAR3), segundo o CEO. Vale comprar as ações agora?
Em entrevista ao Money Times, André Farber apresenta os novos projetos de expansão da varejista, que inaugura loja-conceito em São Paulo
O rombo de R$ 4,3 bilhões que quase derrubou o império de Silvio Santos; entenda o caso
Do SBT à Tele Sena, o empresário construiu um dos maiores conglomerados do país, mas quase perdeu tudo no escândalo do Banco Panamericano
Citi corta recomendação para Auren (AURE3) e projeta alta nos preços de energia
Banco projeta maior volatilidade no setor elétrico e destaca dividendos como diferencial competitivo
De sucos naturais a patrocínio ao campeão da Fórmula 1: quem colocou R$ 10 mil na ação desta empresa hoje é milionário
A história da Monster Beverage, a empresa que começou vendendo sucos e se tornou uma potência mundial de energéticos, multiplicando fortunas pelo caminho
Oi (OIBR3) ganha mais fôlego para pagamentos, mas continua sob controle da Justiça, diz nova decisão
Esse é mais um capítulo envolvendo a Justiça, os grandes bancos credores e a empresa, que já está em sua segunda recuperação judicial
Larry Ellison, cofundador da Oracle, perdeu R$ 167 bilhões em um só dia: veja o que isso significa para as ações de empresas ligadas à IA
A perda vem da queda do valor da empresa de tecnologia que oferece softwares e infraestrutura de nuvem e da qual Ellison é o maior acionista
Opportunity acusa Ambipar (AMBP3) de drenar recursos nos EUA com recuperação judicial — e a gestora não está sozinha
A gestora de recursos a acusa a Ambipar de continuar retirando recursos de uma subsidiária nos EUA mesmo após o início da RJ
Vivara (VIVA3) inicia novo ciclo de expansão com troca de CEO e diretor de operações; veja quem assume o comando
De olho no plano sucessório para acelerar o crescmento, a rede de joalherias anunciou a substituição de sua dupla de comando; confira as mudanças
Neoenergia (NEOE3), Copasa (CSMG3), Bmg (BMGB4) e Hypera (HYPE3) pagam juntas quase R$ 1,7 bilhão em dividendos e JCP
Neoenergia distribui R$ 1,084 bilhões, Copasa soma R$ 338 milhões, Bmg paga R$ 87,7 milhões em proventos e Hypera libera R$ 185 milhões; confira os prazos
A fome pela Petrobras (PETR4) acabou? Pré-sal é o diferencial, mas dividendos menores reduzem apetite, segundo o Itaú BBA
Segundo o banco, a expectativa de que o petróleo possa cair abaixo de US$ 60 por barril no curto prazo, somada à menor flexibilidade da estatal para cortar capex, aumentou preocupações sobre avanço da dívida bruta
Elon Musk trilionário? IPO da SpaceX pode dobrar o patrimônio do dono da Tesla
Com avaliação de US$ 1,5 trilhão, IPO da SpaceX, de Elon Musk, pode marcar a maior estreia da história
Inter mira voo mais alto nos EUA e pede aval do Fed para ampliar operações; entenda a estratégia
O Banco Inter pediu ao Fed autorização para ampliar operações nos EUA. Entenda o que o pedido representa
As 8 ações brasileiras para ficar de olho em 2026, segundo o JP Morgan — e 3 que ficaram para escanteio
O banco entende como positivo o corte na taxa de juros por aqui já no primeiro trimestre de 2026, o que historicamente tende a impulsionar as ações brasileiras
Falta de luz causa prejuízo de R$ 1,54 bilhão às empresas de comércio e serviços em São Paulo; veja o que fazer caso tenha sido lesado
O cálculo da FecomercioSP leva em conta a queda do faturamento na quarta (10) e quinta (11)
Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo
A corrida do Nubank por uma licença bancária expõe a disputa regulatória e tributária que divide fintechs e bancões
Petrobras (PETR4) detalha pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos e JCP e empolga acionistas
De acordo com a estatal, a distribuição será feita em fevereiro e março do ano que vem, com correção pela Selic
Quem é o brasileiro que será CEO global da Coca-Cola a partir de 2026
Henrique Braun ocupou cargos supervisionando a cadeia de suprimentos da Coca-Cola, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação, gestão geral e operações de engarrafamento
Suzano (SUZB3) vai depositar mais de R$ 1 bilhão em dividendos, anuncia injeção de capital bilionária e projeções para 2027
Além dos proventos, a Suzano aprovou aumento de capital e revisou estimativas para os próximos anos. Confira
Quase R$ 3 bilhões em dividendos: Copel (CPLE5), Direcional (DIRR3), Minerva (BEEF3) e mais; confira quem paga e os prazos
A maior fatia dessa distribuição é da elétrica, que vai pagar R$ 1,35 bilhão em proventos aos acionistas