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Eduardo Campos
Eduardo Campos
Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.
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Paulo Guedes tem celular invadido por hacker

Ministério da Economia pede para que a Polícia Federal seja acionada para investigar o caso. Mensagens suspeitas foram enviadas via Telegram, mas Guedes nunca utilizou o aplicativo

Eduardo Campos
Eduardo Campos
23 de julho de 2019
12:10 - atualizado às 14:09
Paulo Guedes
O ex-ministro da Economia, Paulo Guedes - Imagem: Jefferson Rudy/Agência Senado

Às 23h25 de ontem, chegou uma mensagem no grupo de setoristas do Ministério da Economia avisando que o celular do ministro Paulo Guedes tinha sido hackeado e pedindo para que fossem desconsideradas as mensagens vindas do número dele e das pessoas do gabinete.

Por volta das 11h35 desta terça-feira, foi enviada nova mensagem oficial sobre o assunto, afirmando que “está sendo apurada a possível invasão do telefone do ministro Paulo Guedes”.

Entre as providências tomadas pelo Ministério está o envio de um ofício ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, para que acione a Polícia Federal.

O próprio Moro está às voltas com uma invasão de celular e divulgação de conversas suas com membros da Operação Lava-Jato. Também na semana, a deputada Joice Hasselmann disse ter sido vítima de hacker.

Ainda de acordo com o Ministério da Economia, na segunda-feira, vários jornalistas receberam mensagens e ligações em nome do ministro por meio do aplicativo Telegram.

“O Ministério da Economia ressalta que o ministro nunca teve conta nesse serviço e pede para que desconsiderem qualquer mensagem recebida do número antigo do ministro, que já será desativado”, conclui a nota.

Ainda falta esclarecer se o referindo invasor também teve acesso às demais mensagens trocadas pelo ministro via outros aplicativos. Certamente o conteúdo é relevante e pode ser devastador dependendo do contexto. Não se pode descartar, também, o eventual uso de informações para negociação de ativos no mercado financeiro.

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