Fala de Guedes sobre eventual saída do cargo não tem tom de ameaça
Ministro Paulo Guedes fez as colocações à “Veja” de forma tranquila, como se disse que: “se não querem meu trabalho, vou-me embora”. Não tem alarme nenhum para ele sair.
Correu e corre pelos grupos de “Whatsapp” a entrevista do ministro da Economia, Paulo Guedes, à revista “Veja”. Com o título “Aposta no tudo ou nada”, a publicação diz que o ministro renunciará se a reforma da Previdência virar uma reforminha. A primeira impressão é de que temos um ministro no limite, fazendo uma ameaça ao Congresso ou ao presidente, mas fui ter com gente próxima a ele e o tom não é bem esse.
A fala no ministro se deu como a tranquilidade de quem diz algo como: “se não querem meu trabalho, vou-me embora”. Não tem alarme nenhum para ele sair.
Já dissemos, mais de uma vez, que o lema de Paulo Guedes e equipe é “não recuar e não se render”, mas o ministro também sabe quando não se faz necessário.
Ainda assim, podemos apostar que a fala será utilizada pela oposição no Congresso, como mais uma “ameaça” do ministro aos parlamentares, como já vimos outras vezes nas sessões das comissões que debatem a reforma da Previdência.
Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, em 27 de março, tivemos episódio semelhante, com o ministro falando que se o presidente, o Congresso ou ninguém mais apoiasse as coisas que ele acha que podem resolver o país, ele voltaria para onde sempre esteve.
“Tenho uma vida fora daqui, daí eu venho para ajudar, acho que tenho algumas ideias interessantes. Daí o presidente não quer, a Câmara não quer. Vocês acham que eu vou brigar para ficar aqui? Estou aqui para servi-los. Se ninguém quiser o serviço, vai ser um prazer ter tentado”, disse ele na ocasião.
Leia Também
Essas colocações do ministro, tanto na CAE quanto à "Veja", podem ser encaradas mais como um sinal de seu desapego ao cargo, algo que ele também deixou claro na CAE, onde disse, ainda, que não tinha a irresponsabilidade de sair na primeira guerra. (Sua ida à comissão foi logo depois de o Congresso aprovar a PEC do orçamento impositivo em poucas horas de votação).
Agora, à “Veja” a frase foi essa, abaixo do comentário de que ele sairia com reforma inferior a R$ 800 bilhões: “Deixa eu te falar um negócio que é importante. Eu não sou irresponsável. Eu não sou inconsequente. Ah, não aprovou a reforma, vou embora no dia seguinte. Não existe isso. Agora, posso perfeitamente dizer assim: ‘Olha, já fiz o que tinha de ter sido feito. Não estou com vontade de ficar, vou dar uns meses, justamente para não criar problemas, mas não dá para permanecer no cargo’. Se só eu quero a reforma, vou embora para casa. Se eu sentir que o presidente não quer a reforma, a mídia está a fim só de bagunçar, a oposição quer tumultuar, explodir e correr o risco de ter um confronto sério… pego o avião e vou morar lá fora.”
O ministro tem um diagnóstico claro sobre o que nos trouxe até a situação atual: o crescimento do Estado para um patamar que corrompeu todas as relações políticas, econômicas e até morais.
Partindo do diagnóstico, elegeu a prioridade, que é dar sustentabilidade ao endividamento público. Primeiro passo, reforma da Previdência para equacionar o fluxo de receitas e despesas ao longo do tempo.
Feito esse equacionamento, vamos para um novo modelo, o de capitalização, pois não teremos mais jovens em número suficiente para manter um regime de repartição. A ideia da capitalização é simples, usar o temido juro composto em favor das novas gerações.
Para fazer essa transição, o ministro diz que precisa de potência fiscal, por isso insiste no R$ 1 trilhão de impacto em dez anos. Ele já falou que se o impacto for menor, não lança a capitalização e volta a dizer isso à “Veja”.
“Se os parlamentares aprovarem algo que represente uma economia menor que 800 bilhões de reais, não há a menor possibilidade de lançar uma nova Previdência. Estaríamos só remendando a velha”, disse.
O termo “reforminha” aparece quando Guedes comenta a declaração do deputado Paulinho da Força (SD-SP) de que o Centrão quer uma reforma que não reeleja Bolsonaro.
“Paulinho estava falando o que muitos pensam. Ou seja, ele sabe que a reforma da Previdência vai resultar em prosperidade ao Brasil e que o presidente Bolsonaro pode se beneficiar politicamente disso. Eu até usei essa declaração dele numa conversa com o presidente. Disse assim: ‘Presidente, uma reforminha dói pouco, mas ela interessa aos seus opositores’. Ele compreendeu’”, disse à revista.
Guedes e sua equipe propõem um redesenho do Estado em moldes ainda pouco compreendidos por grande parte do Congresso e da população. A ideia traduzida no “mais Brasil e menos Brasília” passa por uma revisão do tamanho do Estado via privatizações, modernização da economia com simplificação burocrática e tributária e maior justiça social, com menos assistencialismo.
Mercado de previdência cresce a dois dígitos por ano, mas investimento ainda gera polêmica entre especialistas e beneficiários
No Brasil, o tema costuma ser um dos mais polêmicos e desafiadores, tanto para especialistas quanto para beneficiários
Previsão de déficit zero, corte no Bolsa Família e salário mínimo de R$ 1.509: o plano do governo para o Orçamento de 2025
Projeto de lei com os detalhes do Orçamento de 2025 foi enviado por Lula ao Congresso Nacional na noite de sexta-feira
Marcação a mercado: o ponto de discórdia entre o Ministério da Fazenda e os fundos de previdência complementar
Ministério da Fazenda defende a marcação a mercado também nos saldos dos fundos de previdência complementar; entidades temem que percepção de volatilidade leve a saques
Voltas e reviravoltas: Ibovespa tenta manter alta em semana de dados de inflação enquanto bolsas repercutem eleições na França
Ibovespa ainda não sabe o que é cair em julho; testemunhos de Powell, futuro de Biden e regulamentação da reforma tributária estão no radar
Previdência em risco: desvincular benefício do salário mínimo para cumprir meta fiscal pode criar efeito rebote nas contas
Em entrevista à Agência Brasil, especialista em Previdência Social afirma que os benefícios previdenciários e assistenciais não vão para a poupança, mas para custo de vida
PGBLs e VGBLs escaparam, mas fundos de pensão ainda podem ser taxados; veja o impacto no benefício na aposentadoria
Taxação dos fundos de pensão de estatais e daqueles que as empresas privadas oferecem aos funcionários ainda será debatida no Congresso no âmbito da reforma tributária
INSS vai pagar R$ 2,4 bilhões por decisões judiciais; veja se você pode receber uma parte desse dinheiro
Valores serão pagos a quem aguarda pelo benefício do INSS, pensões e auxílio-doença, entre outros
Como declarar aposentadorias e pensões da Previdência Social no imposto de renda
Aposentados e pensionistas da Previdência Social têm direito à isenção de imposto de renda sobre uma parte de seus rendimentos. Veja os detalhes de como declará-los no IR 2024
Quanto você precisa juntar para se aposentar aos 40, 50 e 60 anos com uma renda de R$ 5 mil por mês
Simulamos quanto um jovem de 30 anos precisa investir por mês em prazos de 10, 20 ou 30 anos para garantir uma “mesada” de R$ 5 mil por duas décadas
Por que FoFs de previdência privada serão os grandes vencedores das mudanças recentes na tributação
Esse tipo de fundo mantem a mesma característica tributária de um exclusivo de previdência, mas, por ser um fundo coletivo, de varejo, não tem o limite de R$ 5 milhões de patrimônio
Novidades na previdência privada: como o governo quer incentivar você a contratar renda ao se aposentar com um PGBL ou VGBL
Resoluções que restringiram a criação de fundos exclusivos de previdência privada trouxeram também outras mudanças aos planos, potencialmente benéficas ao público geral
Informe de rendimentos do INSS para o IR 2024 já está disponível; veja como baixar
Documento serve como comprovação do recebimento de benefícios da Previdência Social em 2023
Previdência privada não entra em inventário, mas existe um caso em que esta regra não se aplica; entenda
Entendimento do STJ no ano passado abriu a porta para que previdência privada pudesse eventualmente integrar inventário
Teto do INSS supera os R$ 7.700 com reajuste para aposentadorias acima do salário mínimo
O decreto com o valor do salário mínimo, que responde pela maior parte dos benefícios da Previdência Social, foi assinado no fim de dezembro pelo presidente
Previdência privada: Agora você pode trocar a tabela de imposto de renda a qualquer momento; saiba quando vale a pena
Governo acaba de sancionar lei que facilita planejamento da aposentadoria; veja cinco perguntas e respostas sobre a nova regra de tributação dos planos de previdência
Segunda parcela do 13º salário cai até quarta-feira (20) – e você tem até o fim do ano para usá-la para ‘fugir’ do Leão
Um bom destino para esse dinheiro nesta época do ano é o investimento em previdência privada; entenda os benefícios do produto e saiba para quem é indicado
Previdência privada vs. Tesouro RendA+: qual dos dois escolher para poupar para a aposentadoria?
No fim do ano, bancos começam a oferecer planos previdenciários, mas agora eles têm um concorrente no Tesouro Direto! Veja as semelhanças, diferenças e qual opção é mais indicada para você
O que você precisa saber antes de investir em um fundo de previdência
Fundos de previdência possuem benefícios interessantes, mas você precisa prestar atenção a seus limites e diferenças em relação a fundos tradicionais antes de investir
“Alguém vai ter que pagar essa conta”: crise previdenciária pode deixar milhões vulneráveis no mundo todo — mas Brasil pode ter uma solução, destaca PhD pelo MIT
“Cinquenta por cento das pessoas nos Estados Unidos não têm reservas para a aposentadoria. O governo vai ter que resgatá-las. Este será um problema existencial para o país, porque todas essas pessoas vão se aposentar sem dinheiro. E alguém vai ter que pagar essa conta”. Quem disse isso foi Arun Muralidhar, economista e PhD pelo […]
Se eu fosse brasileiro, estaria comprando Tesouro RendA+ ao máximo, diz idealizador do novo título público em parceria com Nobel de Economia
Em entrevista ao Seu Dinheiro, Arun Muralidhar, autor das ideias que embasam o Renda+ e o Educa+ ao lado do Nobel Robert Merton, explica os conceitos por trás dos novos títulos do Tesouro e diz que Brasil servirá de exemplo para outros países, que já mostraram interesse em desenvolver produtos semelhantes