Bitcoin é furada? O que “eles” viram que você ainda não viu?
Enquanto cresce o número de pessoas com medo das criptomoedas, cresce também o número de pessoas e empresas que aprenderam “um novo jeito” de ficar rico com elas.
Só entre nós: quem investiu em bitcoin e criptomoedas antes de 2017, ficou com um olho roxo difícil de esconder. As altas recordes dos ativos deixaram as pessoas tão eufóricas, que quando o bonde freou todo mundo caiu junto.
Muitas pessoas achavam que as altas seriam ad infinitum, e esqueceram a lição mais importante que a economia e governos nos ensinaram: tudo é cíclico. Há o dia do caçador e o dia do leão.
Todos se achavam “caçadores de bitcoin”, e então em 2017 ele decidiu mostrar seus dentes.
Mas da mesma forma que a Crise Econômica de 1929 levou o mundo a um dos períodos mais difíceis da história; a crise do subprime em 2008 levou o mercado imobiliário e bancos ao colapso; e a crise de 2016 que levou o Brasil a alguns dos piores anos da recente República, todas passaram (ou estão passando).
O mercado se auto-regulariza, instituições e governos se ajudam, novas regras são criadas, mas a bola não para de rolar no gramado.
A “Bolha do Bitcoin” teve consequências drásticas para o bolso de quem investiu nelas. Mas os impactos no mundo offline foram bem menores que as crises anteriores.
Ela morreu mesmo?
A pergunta mais comum é se o mundo das criptomoedas morreu mesmo ou não. A resposta divide especialistas, mas provas mostram que, se estão tentando matá-la, ela ainda consegue se esquivar dos tiros.
Um dos indícios é fácil de identificar: o número de criptomoedas que estão surgindo de todos os lugares. Hoje existem 2.521 moedas ativas, e o número aumenta todos os dias.
Ninguém criaria novas e melhoradas versões de algo que “morreu”, se não vissem um potencial absurdo em cima desta ideia.
Fato é: as pessoas ficaram milionárias com bitcoin porque viram ali uma forma fácil e rápida de ganhar dinheiro. Notícias de pessoas que investiram alguns dólares na moeda e ficaram milionárias surgiam nos jornais.
E como ela era a única criptomoeda vigente, todos foram para lá como se tivessem achado um Cálice Sagrado. Mas então perguntas começaram a surgir: É seguro? Qualquer um pode investir? Como recupero meu dinheiro? E as instituições financeiras, a se preocuparem. Ao mesmo tempo que outras moedas foram surgindo.
Essas altas e baixas te lembram o quê?
O que aconteceu é que as criptomoedas se tornaram quase uma BM&FBovespa paralela.
E hoje estão mais para “ações” do que para “ativos digitais”. Moedas como a Etheera teve valorização de +8.86K% nos últimos 7 dias. Enquanto a BitF despencou -99,36%.
A Freecoin foi para a Lua com valorização de +2,09K% em 24h enquanto a bitqy despencou incríveis -610,46% no mesmo período.
Essas são apenas 4 das mais de 2 mil moedas que estão por aí. O que mostra que ainda há pessoas ganhando e perdendo (muito) dinheiro por aí. Igual à Bolsa, igual à Renda Fixa, igual aos Fundos Imobiliários.
Enquanto suas regulações são discutidas e filosofadas (uma moeda regulada ainda pode ser descentralizada? Se não, qual a diferença do bitcoin para outra moeda qualquer?), empresas e países criam soluções criativas para utilizá-las.
Países criam suas próprias criptomoedas, diversos lugares já as aceitam como forma de pagamento. E muitas das maiores empresas do mundo estão usando algo mais valioso que as moedas em si (a tecnologia por trás delas) para ganharem dinheiro.
Outras formas de ganhar (e economizar) dinheiro
Wall Street, talvez o mais importante centro financeiro do mundo, vai começar a usar tecnologia blockchain em suas transações também.
A DTCC (Depositary Trust and Clearing Corporation), uma depositária para grande parte de Wall Street vai eliminar seus bancos de dados centrais para funcionar de forma descentralizada (como o bitcoin).
Segundo o CEO da DTCC, Michael Bodson, “esse é um passo real e tangível para algo bem diferente no futuro para Wall Street”. Eles enxergaram que essa tecnologia é uma nova forma de fazer velhos processos que melhoram (e muito) o dia a dia do setor financeiro.
A empresa Spotify está trabalhando em parceria com a Mediachain Labs para usar blockchain nos direitos autorais das músicas da plataforma de streaming.
É uma forma de unir os artistas, a plataforma e outros detentores sobre as músicas evitando fraudes ou que faixas sejam compartilhadas sem permissão no streaming.
O HSBC realizou uma transação de carregamento de soja entre Argentina e Malásia utilizando blockchain também.
Foi a primeira operação do tipo entre dois países e o resultado foi uma economia enorme de tempo de transação, custos, trabalho, papelada e aumento da segurança.
Se essa operação for adotada em massa, uma indústria de US$ 9 trilhões de dólares será transformada e transacionada graças a uma única tecnologia. Isso era impossível anos atrás (e ainda parece impossível para muita gente).
O Banco Itaú também conseguiu realizar a primeira transação com dinheiro de verdade (não criptomoedas) entre instituições com uso da tecnologia.
E para mostrar que o blockchain está chegando no Brasil com força total, aqui está duas notícias fresquinhas do mercado que você pode não ter lido nos grandes jornais:
A Casa da Moeda (responsável pela impressão de todo papel-moeda do Brasil) estuda aplicações práticas de blockchain na instituição, algo que até então era impensável.
Eva Netto, assessora de imprensa da Casa da Moeda dá duas informações bem interessantes sobre a tecnologia no setor:
“A Casa da Moeda tem estudado aplicações potenciais da tecnologia blockchain para aprimorar seus produtos e processos. especificamente em relação à segurança da impressão do dinheiro físico”.
E completa que o blockchain “apresenta um grande potencial para a redução da burocracia, o aumento da transparência e aceleração de processos. O potencial da blockchain tem sido estudado pelos setores público e privado, e certamente inúmeras inovações surgirão nos próximos anos em benefício dos cidadãos”.
O Banco Bradesco, assim como o Itaú, está permitindo realização de transações via blockchain. Testes foram feitos entre o banco e o banco japonês MUFG (ex-Bank of Tokyo Mitsubishi).
As estimativas são de que até setembro de 2019 essa opção esteja disponível nas agências do banco e depois para os canais digitais. Para, em seguida, seguir com a expansão internacional.
Vale a pena ou não?
A resposta é: sim, mas depende. O número de moedas digitais é tão alto que uma pessoa sozinha não consegue acompanhar todas elas para aproveitar o melhor de cada uma.
Com tantas delas nascendo, como saber qual irá explodir ou qual será um tiro n’água?
Como a regulação e a tecnologia por trás dessas moedas pode alterar o valor (talvez até o futuro) de cada uma delas?
Para saber tudo isso e entender como ainda existem pessoas e empresas ganhando dinheiro com criptomoedas (inclusive sem investir um centavo nelas), clique aqui e veja porque no dia 28 de março, em São Paulo, tudo o que você sabia sobre elas poderá mudar para sempre.