Oi pode arrecadar até R$ 7 bilhões com venda de ativos, mas plano precisa avançar diz BTG
Para manter as suas operações, a companhia precisa levantar dinheiro e espera garantir até R$ 7 bilhões com a venda de ativos como torres de transmissão e a participação na empresa angolana Unitel
A aprovação do novo marco das teles no Senado e a indicação de Rodrigo Abreu, ex-presidente da Tim, para o cargo de diretor operacional deram algum fôlego recente ao plano de recuperação judicial da Oi. Mas para os analistas do BTG Pactual, a conclusão do processo de venda de ativos, que pode render de R$ 6 a R$ 7 bilhões, é crucial para o sucesso do plano da operadora de telefonia e para a atração de novos investidores para o grupo.
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A Oi, afinal, precisa levantar dinheiro para manter as suas operações — e seu plano estratégico, anunciado em julho, reitera o papel fundamental da venda de ativos para que esse projeto tenha êxito.
O plano da Oi
"A lista [para venda] é longa e poderia captar cerca de R$ 6 a R$ 7 bilhões, o suficiente para reduzir o buraco no seu financiamento no exercício de 2020-21, mas até agora, a Oi não concluiu a venda de nenhum desses ativos", diz o documento.
No topo da lista está a venda da participação na angolana Unitel. Em conversa recente com os investidores, a empresa se mostrou confiante de que a transação será realizada até o quarto trimestre deste ano. Segundo o BTG, a operação é estimada em cerca de R$ 4 bilhões.
Além disso, a empresa também espera vender algumas torres de transmissão (que trariam de R$ 300 a 400 milhões para o caixa) antes do fim de 2019. Também estão na lista a venda de redes de fibra ótica em São Paulo (estimados de R$ 1 a R$ 1,5 bilhão) e data centers (avaliados de R$ 400 a R$ 500 milhões). A Oi também estuda a venda de outros imóveis.
Atualmente, o BTG possui recomendação de compra para as ações ON da Oi (OIBR3), com preço-alvo de 12 meses de R$ 3,50 para os ativos. Nesta segunda-feira (30), os papéis recuaram 2,06%, a R$ 0,95 — assim, a meta estabelecida pelo banco implica num potencial de valorização de mais de 250% em relação à cotação atual.