Covas tira prefeitura de acordo com a Odebrecht e o MP
Decisão foi tomada “por cautela” em razão das “graves circunstâncias” relatadas pelo próprio órgão após a assinatura do acordo, em abril de 2018
Menos de um ano após chancelar um polêmico acordo entre a Odebrecht e o Ministério Público de São Paulo, a gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB) decidiu suspender a participação da Prefeitura da capital no negócio e abriu uma investigação para apurar as vantagens oferecidas à empreiteira no acerto.
Em ofício encaminhado à Procuradoria-Geral do Município no dia 21 de fevereiro, ao qual o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso, o secretário de Justiça, Rubens Rizek, afirma que a decisão foi tomada "por cautela" em razão das "graves circunstâncias" relatadas pelo próprio órgão após a assinatura do acordo, em abril de 2018.
No documento, Rizek diz ainda que a Corregedoria-Geral do Município abriu em dezembro passado um procedimento para apurar a "conformidade das contrapartidas originalmente previstas" no acordo, "sobretudo em razão da ampla indenidade que os efeitos do instrumento confeririam à empreiteira infratora".
Questionada pela reportagem, a gestão Covas não informou quais são as "graves circunstâncias" relatadas pela Procuradoria.
Batizado de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), o acordo foi assinado no dia 24 de abril de 2018 por um grupo de seis promotores do Patrimônio Público e Social, por um advogado da Odebrecht e pelo procurador-geral do Município, Guilherme Bueno de Camargo, indicado pelo próprio Rizek, já na gestão Covas.
O acerto permitia que a Odebrecht retomasse um contrato de R$ 503 milhões que ela mesmo admitiu ter conquistado em 2011 mediante formação de cartel e pagamento de propina para executar um lote das obras do túnel da Avenida Roberto Marinho, na zona sul de São Paulo.
Leia Também
A empreiteira também se livraria de uma ação na Justiça na qual poderia ser condenada a pagar uma multa milionária e ficar proibida de assinar novos contratos com o poder público. Em troca, além de admitir o crime, a Odebrecht devolveria R$ 7 milhões à Prefeitura, 25% dos R$ 28 milhões que recebeu para iniciar a obra, e teria de apresentar provas das acusações envolvendo agentes públicos e outras empresas.
Segundo o Ministério Público, executivos da Odebrecht afirmaram no âmbito do TAC que outras 11 empreiteiras formaram um cartel para dividir R$ 4 bilhões em contratos de obras viárias da Prefeitura entre 2008 e 2011, na gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD), atual secretário licenciado do governo João Doria (PSDB).
O esquema, de acordo com os delatores da Odebrecht, foi coordenado pelo engenheiro Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da Dersa condenado e preso pela Lava Jato e apontado como operador do PSDB e da empreiteira, e contou com a participação do ex-secretário municipal de Infraestrutura e braço direito de Kassab, Elton Santa Fé Zacarias. Ambos negam as acusações.
Em julho do ano passado, o Estado mostrou que o TAC e outros acordos firmados por promotores do Patrimônio Público com a Odebrecht eram alvo de questionamento dentro do próprio Ministério Público por causa das vantagens oferecidas à empreiteira. À época, o promotor Silvio Marques, que lidera o grupo, disse que o acordo seguia os mesmos parâmetros estabelecidos pela força-tarefa da Lava Jato no âmbito federal e era necessário para a obtenção de provas.
"Irregularidade"
A gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB) afirmou em nota que vai rescindir, "em função da irregularidade", o contrato de R$ 503 milhões assinado em 2011 pela Prefeitura de São Paulo com o consórcio liderado pela Odebrecht para executar obras do túnel da Avenida Roberto Marinho.
Segundo a Prefeitura, a decisão de suspender sua participação no acordo assinado em abril de 2018 foi tomada porque o texto não foi homologado pelo Conselho Superior do Ministério Público e porque "surgiram novos elementos em processo semelhante conduzido pelo Cade".
A Odebrecht disse que "tem colaborado de forma eficaz com as autoridades em busca do pleno esclarecimento dos fatos narrados pela empresa e seus ex-executivos". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Em vitória dos minoritários, Braskem (BRKM5) sobe forte na B3 após Novonor ser condenada a pagar indenização bilionária à companhia
Controladora da Braskem, Novonor foi condenada a indenizar a petroquímica em cerca de R$ 5,5 bilhões em processo aberto por acionistas minoritários
Braskem (BRKM5) desaba mais de 15% na B3 após petrolífera árabe desistir de virar sócia da petroquímica
Após a desistência dos árabes, a antiga Odebrecht informou que segue comprometida com a venda da participação na Braskem, que controla ao lado da Petrobras
Entenda por que o México rompeu relações diplomáticas com Equador em três pontos
A polícia equatoriana entrou à força na Embaixada do México, em Quito, prendeu o ex-vice-presidente Jorge Glas; Brasil condenou a invasão
A Braskem (BRKM5) vai ser vendida aos árabes? Ação aparece entre as maiores altas do Ibovespa com nova movimentação da Petrobras (PETR4)
Em meio ao processo de venda da participação da Novonor, BTG Pactual recomenda cautela com a petroquímica e reafirma recomendação neutra para os papéis da empresa
Delações da Odebrecht: STF suspende pagamento de multa bilionária do acordo com a Operação Lava Jato — e pode abrir porta para outras empreiteiras
A Odebrecht assumiu o compromisso de pagar R$ 2,72 bilhões ao longo de 20 anos, sendo que o valor corrigido chegaria a R$ 6,8 bilhões ao final do período
Se um pode, o outro também quer: Odebrecht pede ao STF o mesmo benefício concedido à J&F
Hoje conhecida como Novonor, a Odebrecht reivindica na justiça a suspensão da multa bilionária definida em seu acordo de leniência
Braskem (BRKM5): Com dona da JBS na disputa, veja como estão as ofertas pela participação da Novonor na petroquímica
A J&F Participações é a terceira candidata a formalizar uma proposta pela participação da Novonor na Braskem
Braskem: Unipar (UNIP6) “passa de fase” nas negociações para comprar fatia da ex-Odebrecht; ações BRKM5 sobem forte na B3
A Unipar, esclarece, no entanto, que a sinalização recebida nesta terça-feira (4) não engloba a concessão de exclusividade no processo de venda do controle da petroquímica
Petrobras (PETR4) aguarda o veredicto: Lula é quem vai dar a última palavra sobre destino da Braskem (BRKM5)?
Pelo menos foi isso que disse o presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social, Aloizio Mercadante — o BNDES é credor da petroquímica
Por que os minoritários da Braskem (BRKM5) deveriam torcer contra a Petrobras na disputa pela fatia da Novonor
A Petrobras tem o direito de preferência na compra da participação da antiga Odebrecht na petroquímica, mas os minoritários podem não receber nada nesse caso
Braskem (BRKM5): Oferta da Unipar tem prêmio de 42,5% sobre cotações na B3, mas depende da Petrobras
Unipar ofereceu R$ 36,50 por ação da Novonor na petroquímica e pretende fazer oferta por papéis dos minoritários, mas negócio depende de decisão da Petrobras
Braskem (BRKM5): Novonor tem proposta na mesa para vender participação; ações disparam novamente na B3
A Braskem não revelou detalhes, mas na sexta-feira o Seu Dinheiro revelou que a Novonor recebeu uma oferta da Adnoc, petroleira dos Emirados Árabes Unidos, em conjunto com o fundo americano Apollo
EXCLUSIVO: Adnoc e Apollo fazem proposta de R$ 47 por ação da Braskem (BRKM5) para comprar fatia detida pela Novonor, dizem fontes
A operação, segundo fontes ouvidas pelo Seu Dinheiro, ganhou tração após a visita de Lula aos Emirados Árabes; a Braskem dispara na B3
Justiça bloqueia R$ 1,1 bilhão em contas da Braskem (BRKM5) no caso do afundamento de bairros em Maceió; ações caem na B3
O bloqueio das contas da Braskem se refere ao pedido de reparação feito pelo Estado de Alagoas por perdas em áreas nas regiões afetadas
Braskem (BRKM5): ações podem subir mais de 20% este ano – se Odebrecht e Petrobras não atrapalharem, diz UBS BB
Banco muda recomendação para papéis da petroquímica, mas negociação da fatia da Odebrecht na empresa pode mudar o cenário
Venda da Braskem (BRKM5) tem novo capítulo e Novonor recusa proposta de R$ 9 bi de empresa dos irmãos Batista
Depois das diversas negociações frustradas dos últimos anos, a companhia acaba de recusar uma proposta da J&F Investimentos, holding dos irmãos Batista. As informações são do jornalista Lauro Jardim, em sua coluna d’O Globo.
Novonor pede colaboração da Braskem (BRKM5) no processo de venda da petroquímica — e ações disparam
Os papéis da companhia disparam após a divulgação da comunicação por parte da Braskem.
Morre Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras (PETR4) e primeiro delator da Operação Lava Jato
Paulo Roberto Costa tinha 68 anos, morava no Rio de Janeiro e foi vítima de um câncer; engenheiro foi condenado a mais de 70 anos
Odebrecht e outras três construtoras investigadas na Lava Jato assinam acordo milionário com o Cade para evitar novas punições; saiba mais
As empresas e os executivos implicados se comprometeram a pagar R$ 454,9 milhões e colaborar com as apurações ainda em curso no orgão regulador
Petrobras (PETR4) e Novonor iniciam oficialmente processo para vender participações na Braskem; veja quanto a operação bilionária pode levantar
O pedido de registro para a oferta pública secundária, que será realizada no Brasil e no exterior, foi publicado na madrugada deste sábado (15) na CVM