Você vem sempre aqui?

Sei que você não está acostumado a me ver aqui pela manhã, mas a Marina Gazzoni e eu trocamos de horário porque tenho um compromisso inadiável com o ex-beatle Paul McCartney, que se apresenta hoje e amanhã aqui em São Paulo.
Mas antes de curtir o show preciso pagar uma dívida com os leitores do Seu Dinheiro. Recebemos vários pedidos para comentar como fica a situação da Embraer em meio à crise envolvendo a americana Boeing, nova sócia da empresa brasileira.
Afinal, parte da confiança no sistema aéreo global está justamente na segurança das aeronaves que são liberadas para voos comerciais. Não sei quanto a você, mas o modelo da aeronave que vai me transportar é uma das minhas últimas preocupações quando compro uma passagem aérea.
Mas os acidentes com dois Boeing 737 MAX em um curto intervalo de tempo e em circunstâncias parecidas colocaram todo o setor em alerta.
Ainda não há nenhuma conclusão sobre o que provocou a queda das aeronaves, mas a desconfiança de um erro no projeto do modelo que tem uma carteira de pedidos de mais de 5 mil unidades pesou sobre as ações da Boeing lá fora.
E quanto à Embraer? Afinal, uma das justificativas para a fusão com a americana era justamente fortalecer a companhia em um cenário de competição cada vez mais acirrada entre as grandes fabricantes de aeronaves.
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Quem traz a resposta para você é o nosso colunista Alexandre Mastrocinque. Confira na análise que ele preparou por que a Embraer não só não deve ser prejudicada como as ações da empresa ainda guardam um “valor escondido” depois da associação com a Boeing.
Nosso primeiro podcast
Assim como aquela peça de roupa íntima, o primeiro investimento a gente nunca esquece. Eu já contei em alguma edição passada da newsletter quando me sentei diante do gerente do meu banco para aplicar as economias que eu começava a juntar no começo da minha vida profissional. Quer saber como a Luciana Seabra e a Julia Wiltgen desbravaram o mundo dos investimentos? Pois esse é justamente o tema de estreia do Podcast Seu Dinheiro, outro pedido antigo dos nossos leitores (e agora ouvintes)!
Pisando em ovos
Quem esperava por alguma ousadia do Banco Central sob a nova gestão de Roberto Campos Neto deve cair na real depois da leitura da ata da última reunião do Copom, que manteve a taxa básica de juros em 6,5% ao ano. Sim, vai ter “cautela, serenidade e perseverança”, as palavras preferidas do ex-presidente da autoridade monetária, Ilan Goldfajn, de acordo com o documento divulgado nesta manhã. Saiba o que isso significa na análise do Eduardo Campos.
Jairzinho paz e amor?
Bolsonaro parece ter se dado conta que bater de frente com o Congresso traria muito mais problemas do que benefícios. Tanto é que o capitão decidiu abaixar a guarda ontem e sinalizou o que seria uma espécie de trégua com o legislativo e, sobretudo, com Rodrigo Maia. Em pronunciamento, o porta-voz do Planalto deixou claro que a prioridade do presidente será a reforma da Previdência. O Edu Campos acompanhou essa história de perto e conta aqui sobre essa nova fase do presidente.
Na cova dos leões
No meio da crise vivida entre o governo e o Congresso, o ministro da Economia, Paulo Guedes, terá um grande teste: ele participa de audiência às 14h na CCJ da Câmara. O Posto Ipiranga de Bolsonaro tem o desafio de dobrar uma audiência bem pouco amistosa e retomar o apoio dos deputados ao projeto de reforma da Previdência. Quem conta mais sobre esse clima de drama que aguarda o ministro é a nossa colunista Angela Bittencourt.
Tudo bem no ano que vem?
A abertura de capital mais aguardada do ano pode ficar para 2020. Os planos da XP Investimentos de fazer uma oferta de ações na bolsa americana Nasdaq devem ficar na melhor das hipóteses para o fim deste ano, segundo o jornal Valor Econômico. A expectativa é que a corretora seja avaliada em R$ 50 bilhões na operação. Saiba por que os planos da XP devem atrasar.
Dependentes no IR
A declaração de dependentes no Imposto de Renda costuma ser um dos pontos de maior dúvida na hora de fazer a prestação de contas ao Leão. A principal novidade deste ano é a obrigatoriedade do CPF de dependentes de qualquer idade. Embora o programa da Receita calcule automaticamente o valor a ser deduzido, você pode abater gastos com saúde, educação e previdência privada tipo PGBL. Tudo o que você precisa saber para fazer a declaração dos dependentes você encontra nesta reportagem da Jasmine Olga.
Bula do Mercado: novela política perde audiência
Para seguir sua lua de mel com o governo, o mercado financeiro brasileiro quer se desviar da novela política e focar suas atenções nas questões econômicas.
Hoje, a fala do ministro Paulo Guedes na CCJ para explicar a reforma dos civis e dos militares deve chamar a atenção. A expectativa é que as palavras do ministro desviem a discussão do eixo "nova política versus velha política" dos últimos dias.
Para o investidor, o governo deve estar centrado na Previdência, mantendo credibilidade e capital político para outras reformas. Mas a disputa política entre Executivo e Legislativo deve continuar sendo o foco dos ativos locais. A melhora do humor do investidor está ligado ao clima das discussões em Brasília.
O crescimento da economia global continua preocupando os mercados internacionais, com atenção especial para os próximos movimentos do Federal Reserve, que pode cortar a taxa de juros, e a votação no Parlamento Britânico sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, que pode acabar sem um acordo.
Ontem, o Ibovespa fechou o dia em queda de 0,08%, aos 93.962,01 pontos. O dólar encerrou com baixa de 1,16%, a R$ 3,8562. Consulte a Bula do Mercado para saber o que esperar de bolsa e dólar hoje
Um ótimo dia pra você e aquele abraço!
Agenda
Índices
- IBGE divulga prévia da inflação de março
- França divulga PIB do 4º trimestre e de 2018
- Argentina divulga balança comercial em fevereiro
- China divulga lucro industrial do 1º bimestre de 2019
Banco Central
- Copom divulga ata de sua última reunião de política monetária
Política
- Paulo Guedes comparece à CCJ da Câmara para debater a reforma da Previdência
- Bolsonaro reúne seu conselho de governo no Palácio do Planalto
- Donald Trump recebe deputados republicanos para discutir aprovação de novo acordo EUA-México-Canadá
- Emmanuel Macron recebe visita do presidente chinês Xi Jinping, da chanceler alemã Angela Merkel, do secretário da ONU, Antonio Guterres, e do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker
- Câmara dos Representantes discute o veto de Trump sobre limites à emergência nacional americana
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