Você ainda está otimista com a bolsa em 2019?

A abertura da bolsa ontem foi como aquela injeção que você sabe que vai doer, só não sabe quanto. 10%, 15%, 20%, 30%, quando a ação da Vale poderia cair no pregão de ontem depois do triste episódio em Brumadinho? Todos os olhos no monitor nos primeiros minutos do pregão. Começou o caindo 19%, terminou em 24%.
A Vale é uma gigante e sua queda pode provocar um “terremoto” na bolsa brasileira. A mineradora responde sozinha por cerca de 11% do Ibovespa, o principal índice de ações do mercado nacional. Então o problemão da Vale acabou com a festa na bolsa e interrompeu uma sequência de recordes.
Com a nova realidade da Vale, resolvi consultar novamente o Alexandre Mastrocinque, autor da coluna Que Bolsa é essa?, do Seu Dinheiro, para saber se ele ainda está confiante no potencial do Ibovespa. “Você mantém sua avaliação”, perguntei. “Mantenho”, respondeu o Alê.
Ele está na turma dos otimistas com a bolsa em 2019. Para ele, o cenário econômico é favorável aos investimentos em empresas de capital aberto no Brasil e o Ibovespa tem muito espaço para crescer. Um dos seus gigante está ferido e não dá para contar com ele para carregar o índice até os 100 mil pontos. Mas os fundamentos que puxam todas as outras permanecem. Saiba mais sobre a perspectiva do Alê para a Bolsa neste ano aqui.
Alguém foi preso?
Uma força-tarefa para buscar alguns dos culpados pela tragédia de Brumadinho começou hoje cedo. Em São Paulo, o Ministério Público e a Polícia Civil prenderam dois engenheiros responsáveis por atestar a segurança da barragem. A Polícia Federal também participa das investigações em busca de documentos que apontem indícios de fraudes nas inspeções de segurança. Acompanhe os desfechos da operação aqui.
Leia Também
Em queda livre
A Vale segue sofrendo as consequências pelo rompimento da barragem em Brumadinho. Ontem, a agência de classificação de risco Fitch anunciou o rebaixamento do rating da mineradora para BBB- e deixou a porta aberta para novos cortes. O pesado custo para arcar com as indenizações foi o fator determinante para o pessimismo com relação à empresa. Saiba mais.
Dias de luta
A Cielo vive um pesadelo público nos últimos meses: queda das ações, fortalecimento da concorrência, troca de comando… E o balanço divulgado ontem à noite foi mais um revés, com números decepcionantes. O Vinícius Pinheiro preparou esta análise especial para você do resultado. Recomendo a leitura!
Uma pressãozinha
Donald Trump aproveita a crise de Nicolás Maduro na Venezuela para aumentar a pressão contra seu inimigo. O governo americano decidiu impor sanções à petroleira venezuelana PDVSA, bloqueando US$ 7 bilhões em ativos da companhia, o que deve resultar em uma perda de US$ 11 bilhões em exportações. Tudo isso para ver se o Maduro cai e se vê forçado a apoiar o autoproclamado presidente interino, Juan Guaidó. Leia mais
Falando nisso…
Os EUA e a China devem retomar conversas para amenizar os impactos da guerra comercial amanhã. Nos bastidores, há rumores de que a delegação chinesa planeja oferecer um grande aumento nas compras de produtos agrícolas e de energia americanos. Já do lado de Washington, as demandas continuam por baixo dos panos. Mas agora a preocupação é que outro escândalo envolvendo a chinesa Huawei acabe ofuscando o diálogo entre ambos, apesar de Pequim já dizer que o caso é “independente”. Saiba mais
Dia de expectativas
Após um início de semana com os holofotes voltados à Vale após a tragédia de Brumadinho, o mercado deve começar a voltar à rotina hoje. O exterior deve ganhar os holofotes novamente. Nos EUA, a expectativa é grande com a véspera da decisão do Fed, que deve adotar um tom suave (“dovish”) em relação à condução da política monetária, diminuindo as chances de mais duas altas nos juros neste ano.
O BC americano também deve decidir os rumos da taxa básica de juros enquanto o mercado segue otimista de que um acordo entre China e EUA é possível.
Ontem, o tombo da Vale puxou o Ibovespa para baixo, que encerrou em queda de 2,49%, a 95.443 pontos. O dólar terminou o dia em alta de 0,12%, a R$ 3,76.
Consulte a Bula do Mercado para saber como devem se comportar bolsa e dólar hoje!
Um grande abraço e ótima terça-feira!
Agenda
Índices
- Banco Central divulga dados sobre o crédito em dezembro e em 2018
- Tesouro Nacional divulga o resultado primário do Governo Central em dezembro e em 2018
Mercados
- Credit Suisse promove a Conferência Latinoamericana de Investimentos
Banco Centrais
- Fed inicia sua reunião de política monetária
Balanços 4º trimestre de 2018
- Lá fora: Pfizer, Verizon, 3M, Apple,
- Teleconferências: Cielo (10h)
Política
- Ministério de Minas e Energia e Vale se reúnem em Brasília para discutir a tragédia de Brumadinho
- Governo faz mais uma reunião do conselho ministerial
- Parlamento britânico debate e vota proposta de acordo do Brexit
Ações da Brava Energia (BRAV3) sobem forte e lideram altas do Ibovespa — desta vez, o petróleo não é o único “culpado”
O desempenho forte acontece em uma sessão positiva para o setor de petróleo, mas a valorização da commodity no exterior não é o principal catalisador das ações BRAV3 hoje
Correr da Vale ou para a Vale? VALE3 surge entre as maiores baixas do Ibovespa após dado de produção do 1T25; saiba o que fazer com a ação agora
A mineradora divulgou queda na produção de minério de ferro entre janeiro e março deste ano e o mercado reage mal nesta quarta-feira (16); bancos e corretoras reavaliam recomendação para o papel antes do balanço
Acionistas da Petrobras (PETR4) votam hoje a eleição de novos conselheiros e pagamento de dividendos bilionários. Saiba o que está em jogo
No centro da disputa pelas oito cadeiras disponíveis no conselho de administração está o governo federal, que tenta manter as posições do chairman Pietro Mendes e da CEO, Magda Chambriard
Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta
Bolsas continuam de olho nas tarifas dos EUA e avaliam dados do PIB da China; por aqui, investidores reagem a relatório da Vale
Península de saída do Atacadão: Família Diniz deixa quadro de acionistas do Carrefour (CRFB3) dias antes de votação sobre OPA
Após reduzir a fatia que detinha na varejista alimentar ao longo dos últimos meses, a Península decidiu vender de vez toda a participação restante no Atacadão
Respira, mas não larga o salva-vidas: Trump continua mexendo com os humores do mercado nesta terça
Além da guerra comercial, investidores também acompanham balanços nos EUA, PIB da China e, por aqui, relatório de produção da Vale (VALE3) no 1T25
Bolsas perdem US$ 4 trilhões com Trump — e ninguém está a salvo
Presidente norte-americano insiste em dizer que não concedeu exceções na sexta-feira (11), quando “colocou em um balde diferente” as tarifas sobre produtos tecnológicos
Alívio na guerra comercial injeta ânimo em Wall Street e ações da Apple disparam; Ibovespa acompanha a alta
Bolsas globais reagem ao anúncio de isenção de tarifas recíprocas para smartphones, computadores e outros eletrônicos
Azul (AZUL4) busca até R$ 4 bilhões em oferta de ações e oferece “presente” para acionistas que entrarem no follow-on; ações sobem forte na B3
Com potencial de superar os R$ 4 bilhões com a oferta, a companhia aérea pretende usar recursos para melhorar estrutura de capital e quitar dívidas com credores
Smartphones e chips na berlinda de Trump: o que esperar dos mercados para hoje
Com indefinição sobre tarifas para smartphones, chips e eletrônicos, bolsas esboçam reação positiva nesta segunda-feira; veja outros destaques
Gigantes da bolsa derretem com tarifas de Trump: pequenas empresas devem começar a chamar a atenção
Enquanto o mercado tenta entender como as tarifas de Trump ajudam ou atrapalham algumas empresas grandes, outras nanicas com atuação exclusivamente local continuam sua rotina como se (quase) nada tivesse acontecido
Tarifa total de 145% dos EUA sobre a China volta a derrubar bolsas — Dow perde mais de 1 mil pontos e Ibovespa cai 1,13%; dólar sobe a R$ 5,8988
A euforia da sessão anterior deu lugar às incertezas provocadas pela guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo; Wall Street e B3 devolvem ganhos nesta quinta-feira (10)
Dia de ressaca na bolsa: Depois do rali com o recuo de Trump, Wall Street e Ibovespa se preparam para a inflação nos EUA
Passo atrás de Trump na guerra comercial animou os mercados na quarta-feira, mas investidores já começam a colocar os pés no chão
Brava Energia (BRAV3) e petroleiras tombam em bloco na B3, mas analistas veem duas ações atraentes para investir agora
O empurrão nas ações de petroleiras segue o agravamento da guerra comercial mundial, com retaliações da China e Europa às tarifas de Donald Trump
Sem pílula de veneno: Casas Bahia (BHIA3) derruba barreira contra ofertas hostis; decisão segue recuo de Michael Klein na disputa por cadeira no conselho
Entre as medidas que seriam discutidas em AGE, que foi cancelada pela varejista, estava uma potencial alteração do estatuto para incluir disposições sobre uma poison pill; entenda
“Trump vai demorar um pouco mais para entrar em pânico”, prevê gestor — mas isso não é motivo para se desiludir com a bolsa brasileira agora
Para André Lion, sócio e gestor da estratégia de renda variável da Ibiuna Investimentos, não é porque as bolsas globais caíram que Trump voltará atrás na guerra comercial
Taxa sobre taxa: Resposta da China a Trump aprofunda queda das bolsas internacionais em dia de ata do Fed
Xi Jinping reage às sobretaxas norte-americanas enquanto fica cada vez mais claro que o alvo principal de Donald Trump é a China
CEO da Embraer (EMBR3): tarifas de Trump não intimidam planos de US$ 10 bilhões em receita até 2030; empresa também quer listar BDRs da Eve na B3
A projeção da Embraer é de que, apenas neste ano, a receita líquida média atinja US$ 7,3 bilhões — sem considerar a performance da subsidiária Eve
Ação da Vale (VALE3) chega a cair mais de 5% e valor de mercado da mineradora vai ao menor nível em cinco anos
Temor de que a China cresça menos com as tarifas de 104% dos EUA e consuma menos minério de ferro afetou em cheio os papéis da companhia nesta terça-feira (8)
Trump dobra a aposta e anuncia tarifa de 104% sobre a China — mercados reagem à guerra comercial com dólar batendo em R$ 6
Mais cedo, as bolsas mundo afora alcançaram fortes ganhos com a sinalização de negociações entre os EUA e seus parceiros comerciais; mais de 70 países procuraram a Casa Branca, mas a China não é um deles