PIB anima, mas foco deve permanecer no ajuste fiscal
Controle do gasto público é fundamental para manutenção da Selic baixa e do protagonismo do setor privado na retomada da atividade

O Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre surpreendeu positivamente e pode ser visto como uma confirmação de que a economia engrena uma recuperação. Os dados serão comemorados pelo mercado e pelo governo, mas o fator fundamental para que esse otimismo se sustente é a continuidade da agenda de reformas fiscais.
Resumindo uma longa história, foi o redesenho da política fiscal brasileira desde 2015/2016 que permitiu a queda nas taxas de juros. Boa parte da alta da bolsa e do resultado das empresas decorre desse menor custo do dinheiro, dessa queda no custo de capital e consequente melhora no “valuation” das empresas (BTG fez um interessante estudo sobre isso).
Tanto o Ministério da Economia quanto o Banco Central (BC) têm falado sobre uma mudança estrutural da economia brasileira, um ambiente de política fiscal restrita e juros mais baixos. Discutimos as implicações disso sobre a taxa de câmbio, mas esse “novo normal” também tem impactos sobre a matriz de crescimento da economia.
Crowding in
Os dados do terceiro trimestre reforçam a tese do governo de que “à medida que se observam esforços para reduzir o tamanho do Estado, o setor privado vai tomando seu lugar, e a economia de mercado passa a ser protagonista do crescimento ao invés das expansões periódicas de gasto público, que se mostraram insustentáveis”.
É chamado efeito “crowding in”, que segundo a própria Secretaria de Política Econômica (SPE), do Ministério da Economia, significa que os investimentos privados passam a substituir os investimentos públicos na economia.
Nesse terceiro trimestre, para dar um dado sobre esse movimento, temos que o consumo das famílias cresceu 0,8%, enquanto as despesas de consumo do governo recuaram em 0,4%. Destaque também para os investimentos privados, que seguem em recuperação.
Leia Também
Isso evidencia uma melhora na qualidade do crescimento. Segundo o governo, um crescimento feito com dinheiro privado resulta em maior produtividade, e a expectativa é que a continuidade desse movimento leve a um crescimento mais sustentado ao longo dos próximos anos.
O fator primordial para a continuidade desse movimento é a persistência no ajuste fiscal, pois é isso que abre a possibilidade de termos juros baixos, notadamente as taxas de longo prazo, por longo período.
A reforma da Previdência foi o primeiro e mais urgente ajuste, mas a trajetória do gasto público segue preocupante. Teremos mais um ano com déficit nominal e dívida bruta rondando a linha dos 80% do PIB.
A melhora do crescimento, que já está contratada, é vetor favorável ao ajuste das contas públicas, mas também pode trazer consigo um risco de complacência da classe política com relação a algumas medidas ainda amargas que precisam ser tomadas.
Ainda dá para ganhar com as ações do Banco do Brasil (BBAS3) e BTG Pactual (BPAC11)? Não o suficiente para animar o JP Morgan
O banco norte-americano rebaixou a recomendação para os papéis BBAS3 e BPAC11, de “outperform” (equivalente à compra) para a atual classificação neutra
Casas Bahia (BHIA3) quer pílula de veneno para bloquear ofertas hostis de tomada de controle; ação quadruplica de valor em março
A varejista propôs uma alteração do estatuto para incluir disposições sobre uma poison pill dias após Rafael Ferri atingir uma participação de cerca de 5%
Tanure vai virar o alto escalão do Pão de Açúcar de ponta cabeça? Trustee propõe mudanças no conselho; ações PCAR3 disparam na B3
A gestora quer propor mudanças na administração em busca de uma “maior eficiência e redução de custos” — a começar pela destituição dos atuais conselheiros
Vale tudo na bolsa? Ibovespa chega ao último pregão de março com forte valorização no mês, mas de olho na guerra comercial de Trump
O presidente dos Estados Unidos pretende anunciar na quarta-feira a imposição do que chama de tarifas “recíprocas”
O e-commerce das brasileiras começou a fraquejar? Mercado Livre ofusca rivais no 4T24, enquanto Americanas, Magazine Luiza e Casas Bahia apanham no digital
O setor de varejo doméstico divulgou resultados mistos no trimestre, com players brasileiros deixando a desejar quando o assunto são as vendas online
Nova York em queda livre: o dado que provoca estrago nas bolsas e faz o dólar valer mais antes das temidas tarifas de Trump
Por aqui, o Ibovespa operou com queda superior a 1% no início da tarde desta sexta-feira (28), enquanto o dólar teve valorização moderada em relação ao real
Não é a Vale (VALE3): BTG recomenda compra de ação de mineradora que pode subir quase 70% na B3 e está fora do radar do mercado
Para o BTG Pactual, essa mineradora conseguiu virar o jogo em suas finanças e agora oferece um retorno potencial atraente para os investidores; veja qual é o papel
Nem tudo é verdade: Ibovespa reage a balanços e dados de emprego em dia de PCE nos EUA
O PCE, como é conhecido o índice de gastos com consumo pessoal nos EUA, é o dado de inflação preferido do Fed para pautar sua política monetária
Não existe almoço grátis no mercado financeiro: verdades e mentiras que te contam sobre diversificação
A diversificação é uma arma importante para qualquer investidor: ajuda a diluir os riscos e aumenta as chances de você ter na carteira um ativo vencedor, mas essa estratégia não é gratuita
Tarifas de Trump derrubam montadoras mundo afora — Tesla se dá bem e ações sobem mais de 3%
O presidente norte-americano anunciou taxas de 25% sobre todos os carros importados pelos EUA; entenda os motivos que fazem os papéis de companhias na América do Norte, na Europa e na Ásia recuarem hoje
CEO da Americanas vê mais 5 trimestres de transformação e e-commerce menor, mas sem ‘anabolizantes’; ação AMER3 desaba 25% após balanço
Ao Seu Dinheiro, Leonardo Coelho revelou os planos para tirar a empresa da recuperação e reverter os números do quarto trimestre
Oncoclínicas (ONCO3) fecha parceria para atendimento oncológico em ambulatórios da rede da Hapvida (HAPV3)
Anunciado a um dia da divulgação do balanço do quarto trimestre, o acordo busca oferecer atendimento ambulatorial em oncologia na região metropolitana de São Paulo
Esporte radical na bolsa: Ibovespa sobe em dia de IPCA-15, relatório do Banco Central e coletiva de Galípolo
Galípolo concederá entrevista coletiva no fim da manhã, depois da apresentação do Relatório de Política Monetária do BC
Braskem (BRKM5) salta na bolsa com rumores de negociações entre credores e Petrobras (PETR4)
Os bancos credores da Novonor estão negociando com a Petrobras (PETR4) um novo acordo de acionistas para a petroquímica, diz jornal
JBS (JBSS3): Com lucro em expansão e novos dividendos bilionários, CEO ainda vê espaço para mais. É hora de comprar as ações?
Na visão de Gilberto Tomazoni, os resultados de 2024 confirmaram as perspectivas positivas para este ano e a proposta de dupla listagem das ações deve impulsionar a geração de valor aos acionistas
Não é só o short squeeze: Casas Bahia (BHIA3) triplica de valor em 2025. Veja três motivos que impulsionam as ações hoje
Além do movimento técnico, um aumento da pressão compradora na bolsa e o alívio no cenário macroeconômico ajudam a performance da varejista hoje; entenda o movimento
É hora de comprar a líder do Ibovespa hoje: Vamos (VAMO3) dispara mais de 17% após dados do 4T24 e banco diz que ação está barata
A companhia apresentou os primeiros resultados trimestrais após a cisão dos negócios de locação e concessionária e apresenta lucro acima das projeções
Hapvida (HAPV3) salta na B3 com Squadra reforçando o apetite pela ação. É o nascer de uma nova favorita no setor de saúde?
A Squadra Investimentos adquiriu 388.369.181 ações HAPV3, o equivalente a 5,15% da companhia de saúde
Sem sinal de leniência: Copom de Galípolo mantém tom duro na ata, anima a bolsa e enfraquece o dólar
Copom reitera compromisso com a convergência da inflação para a meta e adverte que os juros podem ficar mais altos por mais tempo
Cuidado com a cabeça: Ibovespa tenta recuperação enquanto investidores repercutem ata do Copom
Ibovespa caiu 0,77% na segunda-feira, mas acumula alta de quase 7% no que vai de março diante das perspectivas para os juros