Inflação abre o ano surpreendendo para baixo
IPCA-15 é o menor para meses de janeiro desde 1995. E o que a Selic tem com isso?
Visto como prévia da inflação oficial, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) marcou 0,3% em janeiro, ficando pouco da mediana de 0,33% da “Projeções Broadcast”, com estimativas que variavam entre 0,27% a 0,51%. Em 12 meses, a inflação é de 3,77%.
Desde o fim do ano passado, a surpresa positiva com a inflação vem fomentado um debate sobre o espaço para o Banco Central (BC) deixar a política monetária ainda mais estimulativa. Em português claro, nas contas de alguns especialistas, a Selic poderia testar patamares abaixo de 6,5% ao ano, que vem sendo respeitado desde março do ano passado.
A discussão toda passa pela taxa neutra ou estrutural de juros. Essa é taxa que permite crescimento com inflação nas metas. É uma variável não observável e estaria variando entre 4% a 4,5% segundo pesquisa feita pelo BC em 2017.
No entanto, algumas estimativas alternativas já sugerem que essa taxa poderia estar na casa dos 3% ou menos, reflexo de mudanças no mercado de crédito e outros fatores. Atualmente nossa taxa real (juro nominal descontado da inflação projetada em 12 meses) está ao redor de 2,4% ao ano.
Essa conversa toda nos interessa, pois quanto menor a Selic, melhor o cenário para os ativos de risco como bolsa de valores. Boa notícia, também, para o setor imobiliário e fundos imobiliários. Na renda fixa, os prêmios já caíram bastante nos papéis do Tesouro Direto, mas ainda é possível garimpar oportunidades. Mas há outros bons negócios em outros ativos de renda fixa.
Reafirmando a mensagem
Na terça-feira, uma entrevista do presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, à agência de notícias “Reuters” gerou algum ruído no mercado conforme uma frase do presidente foi lida como um sinal de que o BC estaria disposto a avaliar quão estimulativa está a política monetária, ou seja, quanto o juro real atual está abaixo da chamada taxa neutra ou estrutural.
Leia Também
No fim dia, após um firme ajuste de baixa nos contratos de juros futuros, o BC divulgou uma nota de esclarecimento, dizendo que: “a mensagem de política monetária não se alterou desde a última reunião do Copom e a autoridade monetária continua priorizando a cautela, a perseverança e a serenidade”.
Essa mensagem vem sendo reafirmada desde o fim do ano passado, quando Ilan disse que o Comitê de Política Monetária (Copom) se pauta por mudanças de tendências e não embarca em momentos nos quais os cenários para as variáveis econômicas são mais voláteis para a definição da taxa Selic.
De fato, inflação passada não têm influência sobre as decisões futuras de juro, pois a ingrata tarefa do BC é mirar a inflação de 12 meses a 18 meses para frente. O compromisso do BC é com um IPCA de 4,25% neste ano e de 4% em 2020.
Por ora, a avaliação do Copom é de que Selic em 6,5% é compatível com o atingimento desse objetivo. Estamos em um processo de convergência da inflação às metas “por baixo” desde o IPCA de 2,95% de 2017.
O BC também presta especial atenção aos núcleos de preços, que são uma forma de tentar captar a tendência da inflação. Apesar de continuarem em patamares considerados consistentes com as metas, algumas medidas se aceleraram na passagem de dezembro para janeiro.
O próximo encontro do Copom acontece no dia 6 de fevereiro, quando o Copom volta a analisar o conjunto de dados macroeconômicos e também julga como diferentes fatores podem vir a influir no comportamento da inflação e das expectativas ao longo do tempo.
Outro fator que pode vir a influir na inflação de 2019 é o regime de chuvas, que tem se mostrado aquém do esperado. Algo que pode impacto sobre as bandeiras tarifarias de energia e sobre o preço dos alimentos.
A ver, mas tudo indica que o BC vai seguir com cautela, perseverança e serenidade ao menos até março, quando Ilan deve passar o comando a Roberto Campos Neto, que ainda precisa ser sabatinado pelo Senado.
Tesouro IPCA+ é imbatível no longo prazo e supera a taxa Selic, diz Inter; título emitido há 20 anos rendeu 1.337%
Apesar de volatilidade no curto prazo, em janelas de tempo maiores, título indexado à inflação é bem mais rentável que a taxa básica
Vale (VALE3) é a nova queridinha dos dividendos: mineradora supera Petrobras (PETR4) e se torna a maior vaca leiteira do Brasil no 3T24 — mas está longe do pódio mundial
A mineradora brasileira depositou mais de R$ 10 bilhões para os acionistas entre julho e setembro deste ano, de acordo com o relatório da gestora Janus Henderson
Regulação do mercado de carbono avança no Brasil, mas deixa de lado um dos setores que mais emite gases estufa no país
Projeto de Lei agora só precisa da sanção presidencial para começar a valer; entenda como vai funcionar
‘O rali ainda não acabou’: as ações desta construtora já saltam 35% no ano e podem subir ainda mais antes que 2024 termine, diz Itaú BBA
A performance bate de longe a do Ibovespa, que recua cerca de 4% no acumulado anual, e também supera o desempenho de outras construtoras que atuam no mesmo segmento
“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente
Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital
A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear
No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Felipe Miranda: O Brasil (ainda não) voltou — mas isso vai acontecer
Depois de anos alijados do interesse da comunidade internacional, voltamos a ser destaque na imprensa especializada. Para o lado negativo, claro
Rali do Trump Trade acabou? Bitcoin (BTC) se estabiliza, mas analistas apontam eventos-chave para maior criptomoeda do mundo chegar aos US$ 200 mil
Mercado de criptomoedas se aproxima de uma encruzilhada: rumo ao topo ou a resultados medianos? Governo Trump pode ter a chave para o desfecho.
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial
O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada
O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil
Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias
No G20 Social, Lula defende que governos rompam “dissonância” entre as vozes do mercado e das ruas e pede a países ricos que financiem preservação ambiental
Comentários de Lula foram feitos no encerramento do G20 Social, derivação do evento criada pelo governo brasileiro e que antecede reunião de cúpula
Nova York naufragou: ações que navegavam na vitória de Trump afundam e bolsas terminam com fortes perdas — Tesla (TSLA34) se salva
Europa também fechou a sexta-feira (15) com perdas, enquanto as bolsas na Ásia terminaram a última sessão da semana sem uma direção comum, com dados da China e do Japão no radar dos investidores
Warren Buffett não quer o Nubank? Megainvestidor corta aposta no banco digital em quase 20% — ação cai 8% em Wall Street
O desempenho negativo do banco digital nesta sexta-feira pode ser explicado por três fatores principais — e um deles está diretamente ligado ao bilionário
Banco do Brasil (BBAS3) de volta ao ataque: banco prevê virada de chave com cartão de crédito em 2025
Após fase ‘pé no chão’ depois da pandemia da covid-19, a instituição financeira quer expandir a carteira de cartão de crédito, que tem crescido pouco nos últimos dois anos
CEO da AgroGalaxy (AGXY3) entra para o conselho após debandada do alto escalão; empresa chama acionistas para assembleia no mês que vem
Além do diretor-presidente, outros dois conselheiros foram nomeados; o trio terá mandato até a AGE marcada para meados de dezembro