Ibovespa fecha em alta; Vale também; dólar cai mais de 1%
A elevação do petróleo ajudou a Petrobras, que ajudou a Bolsa. Muitos investidores aproveitaram a queda no preço da Vale para comprar barato a ação

A Bolsa de Valores de São Paulo encerrou o pregão desta terça-feira em alta de 0,20%, com 95.639 pontos - beneficiada pela alta do petróleo, e da Vale. Depois de perder mais de R$ 70 bilhões em valor de mercado (nunca uma empresa brasileira perdeu tanto em um único dia na Bolsa), o papel da mineradora, que havia despencado 25% na véspera, teve valorização hoje de 0,85% (depois de chegar, durante o dia, a mais de 5%).
O UBS conversou com investidores locais e estrangeiros sobre o que pensam em relação à Vale: alguns investidores de fora do Brasil acompanham a percepção dos locais, de que o momento é bom para comprar a ação da mineradora, após a grande queda de ontem. No entanto, entre os estrangeiros, existe também a impressão de que o fluxo de notícias vai piorar...
Dólares chegando
O dólar fechou com queda expressiva de 1,27%, cotado a R$ 3,71. É o menor valor em onze pregões. Internacionalmente, a divisa americana perdeu valor diante da maioria dos países emergentes, principalmente os exportadores de commodities, como Brasil. A entrada de dólares que fez a cotação baixar aconteceu por meio de investidores estrangeiros que aproveitaram preços de papéis em baixa depois da sessão de ontem, quando o Ibovespa caiu mais de 2%, ajudou a provocar a queda da divisa.
Energia roubada
A bolsa brasileira vinha subindo bem pela manhã mas perdeu energia no período da tarde e diminuiu os ganhos depois de uma piora nas bolsas de Nova York, que bateram nas mínimas do dia. A perda de força das bolsas em NY veio a propósito de dados fracos da economia dos EUA. O índice de confiança do consumidor dos Estados Unidos caiu de 126,6 em dezembro (dado revisado) para 120,2 em janeiro - queda superior a estimada por analistas.
Minoritários
Os acionistas minoritários da Vale estudam entrar com ação contra a empresa e seus administradores no caso do rompimento da barragem em Brumadinho, a exemplo dos acionistas norte-americanos. Mas na avaliação do vice-presidente da Associação dos Investidores Minoritários (Aidmin), Aurélio Valporto, dificilmente terão a mesma sorte dos investidores estrangeiros. "Os Estados Unidos têm um arcabouço mais amplo para proteger os investidores, aqui o mercado de capitais é visto como um cassino, mas estamos sendo provocados pelos nossos associados a tomar um atitude", disse.
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Ratings
A agência de classificação de risco Moody's colocou os ratings da Vale em revisão para eventual rebaixamento, refletindo as perdas financeiras após o rompimento da barragem em Brumadinho (MG). Ontem à noite, a Fitch rebaixou o rating da mineradora e advogados de investidores nos EUA informaram que moverão uma ação coletiva contra a companhia.
Brasa para a própria sardinha
O Bradesco BBI manteve a recomendação de compra do papel, embora tenha baixado em 25% o preço-alvo, para R$ 53,50, o que ainda implica numa valorização de 26% em relação ao fechamento de ontem. Mas lembre-se: o Bradesco BBI pertence ao Bradesco, que é um dos maiores acionista da Vale, por meio da holding Bradespar.
Capitalização na Eletrobras
As ações da Eletrobras lideram as altas do Ibovespa no dia, com a ON em alta de 6,79% depois que o secretário-geral de Privatizações do Ministério da Economia, Salim Mattar, disse que a intenção do governo em um primeiro momento capitalizar a Eletrobras e, em seguida, sair do controle.
Com US$ 1 bilhão em bonds a vencer no início do segundo semestre, a Eletrobras está buscando alternativas para a rolagem da dívida e outras captações, e vem identificando melhores oportunidades no mercado local do que no mercado externo. "Pelo que tenho visto, conseguimos fazer operações locais com custo e prazo melhores do que bonds. A captação no mercado local é mais vantajosa que no externo, e não é pouco, é muito", disse o presidente da companhia, Wilson Ferreira Junior em evento do Credito Suisse.
Petrobras e Venezuela
Seguindo a alta do petróleo, as ações da Petrobras avançaram 2,42% (PN) e 2.18% (ON). Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta, apoiados por sanções impostas pelos Estados Unidos contra a estatal de petróleo venezuelana PdVSA, em uma tentativa de fortalecer o líder opositor e autointitulado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para entrega em março chegou ao fim do dia cotado a US$ 53,31por barril, em alta de 2,54%. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para abril, que passou a ser o contrato mais líquido, subiu 2,32%, para US$ 61,20.
Lojas abertas
A expectativa de juros mais baixos refletiu no preço das ações das varejistas. Entre as maiores altas do Ibovespa hoje estão Magazine Luiza ON, com elevação de 6,75% e Via Varejo ON, com 5,61%. "Todas as empresas do setor estão em um movimento de alta neste mês por conta da melhora da expectativa de retomada da demanda interna e do emprego, por exemplo. As varejistas voltadas a classe C ganham novamente valor", diz Álvaro Frasson, economista da Necton Corretora.
Drogas
Após fechar entre as maiores altas do Ibovespa, ontem, os papéis ON da Raia Drogasil passaram por realização nesta terça-feira e fecharam com queda de 2,96%. As ações foram beneficiadas ontem pela mudança de posicionamento por parte dos investidores. A queda de 18% nas importações da China em dezembro fez com que os investidores vendessem ações de produtoras de commodities, e se concentrassem mais em papéis de empresas voltadas para a demanda doméstica.
Estrada fora
As ações da CCR subiram 6,61% depois que a empresa declarou que não faz parte da denúncia feita pelo Ministério Público Federal, no âmbito da força-tarefa Lava Jato. Ontem, a força-tarefa denunciou o ex-governador Beto Richa (PSDB), preso na sexta-feira, 25, por supostos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa relacionados a propinas de R$ 35 milhões de concessionárias de rodovias contratadas pelo Paraná.
Sabesp
As ações ON da Sabesp valorizaram 1,39% se beneficiando do fluxo de notícias sobre privatização. O secretário-geral de privatizações, Salim Mattar, disse hoje pela manhã que a meta é superar "em 25% a 50%" o montante que o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse em Davos que pretende arrecadar com as vendas de estatais, US$ 20 bilhões.
MRV e BNDESPar
As ações da MRV ficaram entre as principais quedas do Ibovespa , com 2,55% de queda. O fundador e presidente da MRV, Rubens Menin, afirmou que não vê impedimentos para que a BNDESPar venda sua participação acionária na empresa. O questionamento veio depois que o secretário-geral de Privatizações do Ministério da Economia, Salim Mattar, disse que o novo governo pretende acabar com a BNDESPar, a empresa de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), vendendo todos os seus ativos.
“Mas acho prematuro dizer que a queda das ações ocorre por conta disso. Ontem, a MRV estava subindo. Atribuo a alta a uma realização”, disse um operador.
*Com Estadão Conteúdo
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